[TRÊS: Promessas.]

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POV PARK JIMIN.

Eu lembro de pouquíssimas coisas depois que acabei usando o dinheiro que tava conseguindo roubar no bar pra beber; não faz sentido algum eu sair de casa na intenção de ganhar dinheiro e ao consegui-lo, gastar em bebida.

Aliás, muitas coisas não estão fazendo muito sentido desde que o meu pai foi despedido. É impressionante como um fio de mudança na sua vida pode acarretar uma cascata de situações adversas.

Além do fato totalmente sem sentido de acordar em uma cama totalmente diferente da minha e em um quarto que eu nunca vi antes. E mais uma vez as coisas acontecem na minha vida de uma forma inesperada que me desvia do caminho que estava fazendo, do foco que estava tendo, me dando outra perspectiva.

Eu não faço a mínima ideia se isso vai dar certo. Eu não conheço esse cara, não conheço sua casa, não conheço sua vida, muito menos seu estilo de vida se ele realmente for do padrão A. Eu nunca estive do lado de lá do A. Não faço ideia de como é.

Ao mesmo tempo que isso me assusta, isso me causa uma ansiedade boa. E é por isso que me arrisco a ir com ele, a aceitar ir trabalhar sabe-se lá onde pra ganhar dez vezes mais o que eu ganho.

Eu pensei que meu pai dificultaria muito a minha ida. Mas quando mencionei a quantia, eu consegui observar seus olhos brilharem. Ele ainda não me contou de quem apanhou ou o quanto está devendo, mas eu tenho certeza que esse dinheiro será usado pra quitar seja lá o que ele está devendo.

Me sinto triste de deixá-lo sozinho, mas eu to confiante que isso vai dar certo. Que eu vou conseguir mandar esse dinheiro pra ele nem que seja por algum período. Isso já vai nos deixar mais tranquilos quando eu voltar pra casa.

É isso. Eu vou estipular um período.

Três meses.

Três meses ganhando dez vezes o que eu ganho será mais do que suficiente pra estabilizar nossa vida. Isso vai dar um tempo de sobra pro meu pai conseguir um emprego e a gente apenas manter a nossa renda como sempre fizemos.

Por mais que o cara de lá ache que eu só penso em dinheiro, não é assim também. Não preciso de excessos; só quero conseguir deitar a noite com a cabeça tranquila por saber que não estamos devendo nada pra ninguém e que no outro dia teremos o que comer.

Ajeito a minha bolsa de lado no meu corpo ao virar a esquina pra casa de hospedagem que sai mais cedo. Dois corpos estão parados na frente da porta, reconhecendo apenas um que agora mudou de roupa, vestindo-se totalmente de preto

Puta merda. É padrão A mesmo. Puta merda.

O homem na sua frente também se veste de preto e ambos se viram em minha direção quando me aproximo.

— Ora, ora. O passarinho branco sabe voar sozinho. - O homem que eu não conheço se refere a mim.

— Eu não sei se quero saber o que isso significa. - Digo parando ao lado deles, com seus olhares em mim.

— Significa que ontem você tava com as suas asinhas machucadas pra andar, logo, pra voar. - Ele mantém sua voz e essa analogia que não faz muito sentido na minha cabeça.

— Por que você tá falando comigo como se eu fosse uma criança que não sabe ler e escrever? - O questiono, franzindo o cenho.

— Deixa ele pra lá. - O suspeito se dirige a mim. — Essas são suas coisas?

Ele pergunta apontando pra minha bolsa de lado. Olho pra ela e olho pra ele, olho pros lados, confuso. — Sim. O que mais queria que eu trouxesse?

[2091] || pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora