[2091] || pjm + jjk

[DOZE: A traição de Goda.]

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POV PARK JIMIN.

— Eu posso te ajudar com isso. - A voz do Jungkook chega em meus ouvidos se referindo ao meu pedido de ir para cama, enquanto ele dá um pequeno passo em minha direção com um sorriso malicioso.

Seu olhar tá mais intenso que o normal e eu sinto a minha boca secar pela forma que ele se coloca na frente do meu corpo. Dou um passo para trás, instantaneamente, saindo da batente da porta e ficando no corredor.

— Eu fico feliz em só ir para minha cama. - Digo me esforçando para manter minha voz firme.

Como ele consegue me deixar assim só de me olhar desse jeito?

— Você sente isso também, não sente? - Ele dá outro passo em minha direção e eu acabo indo outro para trás de novo.

— O quê? - Se for do meu coração batendo forte que ele ta se referindo, com certeza eu tô sentindo.

— Eu não sei explicar. - Ele abaixa seu olhar pros meus lábios. — É isso que envolve nós dois. Dá impressão que eu consigo até tocar essa atmosfera.

Eu sei muito bem do que ele tá falando, porque eu também sinto como se a gente se enfiasse em uma bolha e ficasse nesse mundinho paralelo.

— Por que você tá fazendo isso de novo? - Meus passos para trás são parados quando sinto a parede do outro lado do corredor nas minhas costas.

Ele mantém seu olhar constelado em mim mas para de seguir o meu corpo, ficando na metade do corredor.

— Tem que ter um por quê?

— Sim! Em um momento você me pede para não gostar de você e no outro ta assim, me provocando. - Digo apontando para ele dos pés a cabeça.

Ele sorri de lado e qualquer movimento brusco que ele faça sorrindo assim para mim eu faria qualquer coisa por ele.

— Eu tô confuso tanto quanto você. - Ele diz em um tom mais baixo.

— Eu não tô confuso! Você disse para eu não gostar de você e eu não vou. - Rebato firme.

— Você repetiu isso três vezes? - Ele continua sorrindo de lado, me olhando divertido.

— Quê?

— Tem que repetir três vezes para virar realidade.

Ele dá os últimos passos que separam nossos corpos e a sua cintura se encaixa na minha pelas nossas pernas que acabam ficando intercaladas por esse seu movimento. Eu me recuso a levantar meu rosto até me sentir preparado para isso e assim eu fico encarando a pele descoberta do seu pescoço e sentindo sua respiração no topo da minha cabeça.

Seu peitoral sobe e desce de acordo com essa respiração e seu calor enfim chega arrebatando o meu corpo, me deixando completamente extasiado com essa sensação.

E ele é tão cheiroso.

— A gente tá tão perto do meu quarto... - Sua voz em sussurro me estremece.

E a possibilidade do quarto perto também.

— A gente tá tão perto de dar errado... - Digo em um tom baixo, ainda encarando os movimentos do seu peito.