[QUARENTA E OITO: Infiltrado.]

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[PARK JIMIN]

Chego rente a porta dos fundos da casa e, para a minha surpresa, a porta se abre antes mesmo que eu toque o amadeirado e a maçaneta. E me surpreendo ainda mais por ver quem abre a porta.

— Você estava escutando a conversa? — o questiono, observando a sua expressão sobre mim.

— Tentando, na verdade. Na próxima vez, fala mais alto, por favor. — reviro os olhos, escutando o pequeno riso do Taehyung em minha frente; ele continua. — Mas, o que você achou dos treinos?

— Sinceramente? — ele movimenta positivamente a sua cabeça no mesmo instante; e eu solto o ar preso dentro de mim. — Eu achei bom para um primeiro dia. Eu tava preocupado que ficasse algum clima esquisito.

— Sabe, Jimin, eu senti como se nada tivesse acontecido.

— Como assim?

O questiono juntando as minhas sobrancelhas, mas o Taehyung se movimenta em minha frente de forma que se afasta da porta, me dando espaço para seguir os seus passos para dentro da casa, especificadamente, para a cozinha. A sra. Hae está distraída com o seu corpo voltado para a pia, murmurando uma música em seu próprio mundinho, enquanto o meu nariz é preenchido pelo cheiro da comida emanado pela fumaça que esbranquece a cima do fogão.

— O jeito que ele te olhava e falava com você. Parecia que estava na frente de vocês dois na cozinha da Mansão; antes de tudo acontecer.

O Taehyung chama a minha atenção para a sua voz novamente enquanto o seu corpo rodeia o balcão central da cozinha, se sentando do lado oposto ao meu, ao que o meu olhar permanece sobre o meu amigo, acompanhamento seus movimentos não apenas com o olhar, mas também com o meu corpo, também me sentado no banco dali.

Cerro sutilmente meus olhos, tentando decifrá-lo. — E pelo seu tom, isso significa que não é bom.

— Não sei se é bom... Mas é algo para prestar atenção. Algo muito sério aconteceu, Jimin, você ficou preso dentro de uma cela e ele estava lá. Ele podia até te tocar, mas não fez nada para te ajudar. — Taehyung demonstra uma preocupação sincera em suas palavras, mas, principalmente, com o seus olhos sobre mim.

— Sim, eu sei... — resmungo mais baixo.

— Não quero ficar trazendo esse assunto o tempo todo pra você, mas tenta não esquecer disso.

— Eu não esqueço um minuto se quer, um dia se quer, Tae.

— Certo. — Ele sorri pequeno.

— Mas... — retorno, nos mantendo nesse assunto, de forma que o homem em minha frente sorri maior. — Foi estranho para mim também. Quando eu acordei e desci para o treino, eu estava focado apenas em fazer um bom treino, em tentar adquirir o máximo de conhecimento possível para o primeiro dia. E esse foco se potencializou quando encaramos ele lá fora, saindo da casa das celas... Mas, não sei, Tae...— dou de ombros. — Eu estou em uma briga interna de que deveria ficar muito bravo com ele ao mesmo tempo que eu não sinto que ele gostou do que fez. Ainda mais quando a gente pensa na família que ele tem.

— Você acha que ele foi obrigado?

— Ser obrigado ou não, não muda o fato do que aconteceu, mas eu acredito que ele esteja arrependido.

— Mas hoje foi a primeira vez que você o viu, e já acredita nisso?

— Não... Eu acredito nisso desde o primeiro dia que ele se deu conta que eu descobri que ele estava lá me vigiando na cela.

O Taehyung não estava presente nesse dia, mas foi logo em seguida do meu primeiro dia após sair da cela, em que eu estava deitado ao lado do Jungkook, nós dois fomos acordados com o Hyun entrando no quarto, querendo saber como eu estava. Ali, naquele momento, eu descobri que ele estava .

[2091] || pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora