[QUARENTA E TRÊS: Inúmeros Cenários. ]

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[PARK JIMIN]

Eu não sei há quanto tempo estou envolto pelos braços do Jungkook e do movimentar sereno do seu peito durante a sua respiração calma. A minha cabeça se mantém deitada na direção do batimento do seu coração que preenche a minha audição. Em tempos assim, com tantas incertezas que nos rodeiam, um simples ritmo contínuo do coração dele é o suficiente para me acalmar e agradecer pela vida que tenho ao seu lado, mesmo que eu tenha isso há pouco tempo.

O deslizar das pontas dos seus dedos em carícias longas e vagarosas pelas minhas costas me embalam, e se eu não escutasse o seu respirar sendo puxado para dentro do seu peito, me despertando junto com a sua voz, eu conseguiria dormir em pé aqui mesmo.

— A gente precisa conversar direito sobre essa ideia de você se enfiar no evento. Isso, se eu for realmente convidado. — o tom grave da sua voz compete junto com o seu coração contra o meu ouvido.

Eu solto um suspiro longo. — A gente só precisa pensar nisso se eu, realmente, quiser me incluir nesse movimento.

Mesmo não o vendo, eu sei que o Jungkook sorri.

— Alguma coisa me diz que você já está incluído no movimento, Jimin, e por isso eu quero dizer sobre a minha preocupação sobre isso. Eu não me importo de tentar entrar na cozinha e de fazer sabe-se lá o que dentro dela, mas você fazendo isso me preocupa.

Eu abro um sorriso sincero pela sua preocupação que me aquece internamente, de forma que sinto o topo do meu estômago gelar em suas extremidades. Me desvencilho aos poucos dos seus braços, trazendo as minhas mãos para a lateral da sua cintura e as apoio ali, ao que meus olhos se encontram com os deles sobre mim, acompanhando de perto meus movimentos.

— Jun, você sabe que nunca que deixariam um membro da regência ficar dentro de uma cozinha. Além do que, eu imaginei algo na surdina, escondido. Não tem como esconder um membro da família Jeon. Até porque você será o convidado da noite e eu diria até que o convidado principal.

Dessa vez, meu estômago se aperta dentro de mim, ao voltar a pensar sobre isso e sobre tudo que envolve esse movimento. Inclusive ela.

— Você realmente acha que ele faria um evento só para esfregar na minha cara que eu sai da Mansão? E que, supostamente, eu perdi?

— Me surpreende você não pensar isso. Eu tenho certeza, inclusive, que o seu convite está em cima da sua mesa nesse exato momento.

Ele entorta seus lábios no meu campo de visão. — Então você já tem um plano arquitetado?

Balanço negativamente a minha cabeça de forma sútil. — Não... não completamente. Eu acho que um ingrediente estragado não vai matar ninguém. E, convenhamos, que qualquer coisa faz mais sentido que fogo e explosão.

— Você tá me desconcentrando sendo inteligente assim. Eu não queria que fosse você. — em outra situação, essa frase seria dita por ele em um tom divertido, mas agora, ele se mantém realmente preocupado com essa hipótese.

Eu sorrio pequeno enquanto trago uma das minhas mãos rente ao seu rosto e com a ponta do dedos, acompanho o formato da sua bochecha até dedilhar sutilmente a sua mandíbula, tentando lhe passar alguma tranquilidade dessa fora conforme pontuo.

— Mas, nisso, ela tem um ponto... Eu era bom em roubar, e ate hoje eu não sei exatamente onde eu errei com você aquele dia. Eu consigo me movimentar sem ser notado. E da mesma forma que consigo tirar algo de alguém, eu consigo botar algo numa panela. Ainda mais em uma cozinha que não me trará nenhuma hostilidade.

[2091] || pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora