[TREZE: Até a lua com Jungkook.]

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POV PARK JIMIN.

— Não quero. - O respondo pela forma que me chama, não mexendo meu corpo parado ainda próximo da janela.

— Quê? - Sua expressão confusa fica nítida junto com a sua voz.

— Não quero ir até aí. - Respondo apontando a minha cama com a minha cabeça.

— Por que não? - Sua voz está mais divertida.

— Porque a gente tá no meu padrão, na minha casa, no meu quarto! É como se eu fosse obrigado a não obedecer você aqui. - Completo encostando minha bunda na batente da janela, ficando na sua direção, empinando um pouco meu nariz.

Ele bufa baixo, mas continua com uma expressão suave e divertida em seu rosto. — Ok! Então eu falo mesmo assim... - Sua expressão muda um pouco, ficando mais sério. — Eu descobri que não gosto de te ver chorando e por isso que preciso que converse comigo sobre isso.

Ele muda rápido o tom divertido que estava antes.

— Sobre o quê? - Mantenho firme meu olhar no dele.

— Preciso ter alguém do meu lado que tenha vivido o que você viveu, que tenha vivido numa casa como essa, num quarto como esse e numa cama como essa... - Ele diz dando breves tapinhas no colchão embaixo de si. — Eu não quero que as coisas continuem do jeito que estão; não quero saber que existe outro Jimin por aí que vive desse jeito.

— Você tem ideia do que você tá dizendo? Porque eu tô vendo o futuro líder da nação querendo mudar coisas nunca antes mudadas. - Cerro meus olhos.

— Sinceramente? Não sei se faço ideia do que eu tô dizendo! Eu não tô conseguindo pensar direito sobre essas coisas porque todo mundo ao meu redor não tem a mesma visão que você tem. - Sua constelação me olha com sinceridade.

— Pelo jeito você falou sério sobre desvincular sua imagem do seu pai. - Correspondo ao seu olhar.

— Sim, eu falei sério. Eu não quero que as pessoas olhem para mim e achem que eu vou continuar perpetuando o que ele e meu avô fizeram até agora. Quero realmente plantar essa dúvida nas pessoas! - Ele diz conforme inclina um pouco seu corpo para frente, apoiando seus cotovelos nas suas coxas.

— Você gosta de deixar as pessoas confusas. - Cruzo meus braços.

Ele sorri anasalado. — Você tá confuso?

— Um pouco, talvez. - Dou de ombros.

— Em relação a que?

— A tudo! - Solto os braços, batendo minhas mãos na lateral do meu corpo, exasperado. — Você aparece aqui do nada querendo roubar a minha carne e de repente tá me levando para sua casa que na verdade é a Mansão mais importante da nossa Nação. Depois eu descubro que faz escolhas burras como cortar a água, mas em seguida já muda de ideia. Aí diz que vai casar, o que manteria sua imagem, mas ao mesmo tempo tá fingindo que vai seguir as ordens da sua família porque justamente não quer manter essa imagem... - Solto o ar pela boca. - É difícil de acompanhar.

— Desculpa, eu parei de ouvir depois que me acusou injustamente que eu queria roubar a sua carne. - Ele volta a sua postura ao normal, fingindo ressentimento na sua voz.

Rio baixo enquanto rebato firme. — Mas você queria sim, nem vem!

— Você é muito cara de pau, Jimin! - Ele acaba rindo baixo comigo.

Nossos risos vão se enfraquecendo conforme nossos olhos se intensificam mais um pro outro; eu percebo quase que instantaneamente minha respiração pesar dentro de mim junto com as batidas fortes do meu coração que parecem pulsar dentro do meu ouvido. Eu poderia jurar que sinto a força de um imã me puxando para ele nesse momento, como se a sua constelação fosse o refúgio que eu poderia me enfiar e me proteger de tudo e de todos.

[2091] || pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora