Sexta feira, exatas 20:00h. Victoria resolveu que iria à uma masmorra, apenas para apreciar sessões. Pelo menos era o que tinha em mente. Tomou um longo banho, optando por trajar um macacão de latex que valorizava seu corpo. No rosto, uma maquiagem pesada, sempre ressaltando bem os olhos castanhos e nos lábios, ressaltando a boca carnuda, um batom vermelho.Desde aquela noite com Lia, não tinha saído com ninguém, mas também não reuniu coragem para ligar, isso já estava ficando patético para uma mulher como ela.
Por isso, essa noite resolveu que iria na Luxury, a masmorra de uma amiga. Sempre que desejava conhecer pessoas interessantes, era para lá que corria; o lugar onde se sentia, realmente, em casa.
Devidamente vestida, pegou sua bolsa, entrou em seu carro e foi para o local. Como sempre a faixada era iluminada apenas por uma luz na tonalidade vermelha, o que dava um charme ao enorme prédio. Adentrou o bar que tem na parte térrea e já se deparava com novos rostos, pessoas que deviam ser curiosas a respeito desse mundo ou apenas estavam ali pensando que era somente um bar temático.
Antes de subir ao andar de cima, o que realmente interessava, resolveu ficar por ali um pouco. Sentando-se em um banco, chamou Diogo que bem a conhecia, vindo sorridente.
- Boa noite, Senhora. Gostaria de tomar algo?
- Dessa vez vou querer uma água com gás, obrigada!
O rapaz se distanciou para pegar seu pedido, então Victoria resolveu mexer em seu celular para dar uma distraída. Durou muito pouco, pois, logo foi tirada de sua distração por uma voz conhecida a chamando. Patrícia. Uma moça com quem já havia feito avulsas, inclusive nessa masmorra.
- Patrícia! Quanto tempo, continua impecável. - Olhava a moça de cima abaixo, deixando-a corada de vergonha.
- Obrigada, Senhora, saiba que continua esbelta como sempre. Faz um bom tempo que não te vejo por aqui, arrumou uma parceira fixa?
Victoria deu um gole em sua água que acabara de chegar, se virando completamente para Patrícia.
- Não. É difícil achar alguém que valha tal posição. Você me conhece, sabe como posso ser exigente em relação ao conhecimento das parceiras.
Patricia abaixou a cabeça, mordendo levemente o lábio para disfarçar o nervosismo. Ela sabia bem o porquê de não ter conseguido agradar Victoria o suficiente para se tornar uma parceira fixa.
- Ei, levanta essa cabeça. - Com o indicador levanta o rosto da moça. - Me olhe nos olhos quando estiver falando comigo.
A moça se desculpa pelo ato. Mesmo que não tenham tido avulsas nos últimos tempos, seu respeito pela mulher que a ajudou a ter certa experiência no meio sempre seria o mesmo.
- Se não estiver com alguém, me acompanhe até a masmorra. - Se levantou do banco indo em direção às escadas. Sem olhar para trás, ela sentiu que Patrícia logo vinha, o que a faz soltar um sorrisinho de canto. Essa menina nunca muda. Chegando no andar de cima, Victoria respirou fundo, sentindo-se leve por estar ali mais uma vez, no ambiente que tanto ama. O ambiente era bem amplo, com luzes na tonalidade vermelha, como as da faixada do prédio, haviam poltronas espalhadas em diversos pontos, estas, posicionadas sempre de frente para onde ocorrem as cenas. No lugar onde se encontrava mais forte a luz, destacava-se uma grande cruz de Santo André. É em direção à ela que Victoria vai.
- Vem, vamos ver aquela cena bem ali, não sei quem são os praticantes, mas o som do chicote eu reconheço de longe.
Vai até uma poltrona sentando na mesma, tendo uma bela visão da submissa presa a Cruz de Santo André, sendo espancada por uma Dominante. Patrícia se posiciona ao lado da poltrona de joelhos, por sua própria escolha. Uma música toca alto, se misturando aos gemidos da submissa que não conseguia se conter, acarretando em golpes mais acertivos e fortes vindo da parte dominante. Victora, como sádica e Voyeur que era, sentia a excitação surgir, a cada golpe que era desferido na submissa que tremia pedindo para sua Dominante lhe acertar mais e mais. Era fato que, ali se tinha uma masoquista.
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Nosso Prazer [BDSM]
ChickLitAtravés das lentes, Victoria Vilarin captava formas, coisas e pessoas. Sendo uma fotógrafa no apogeu de seus bem vividos 30 anos, possuía uma carreira brilhante no ramo fotográfico. Mas, como nada era 100% como se via, ela mantinha uma outra faceta...