58 - Afeto.

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Olá, queridos.!
Voltei com mais um capítulo. Espero  genuinamente, que gostem.
Ps: Se passou algum erro, estarei corrigindo quando estiver bem e disposta.

Boa leitura à todos!
Atenciosamente, SraAdria.

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O cheiro da cafeína tomava os ares; a claridade do novo dia que surgia dava suas caras. Vilarin, gradativamente, abria seus olhos, deixando suas retinas se acostumarem com a luminosidade.
Desperta o bastante, não conteve o sorriso ao ver sua parceira dormindo tranquilamente.

Seus lábios estavam entreabertos, algumas mechas de cabelo caíam por sobre a face. Era, indubitavelmente, uma das imagens preferidas da fotógrafa.

- Tão linda. - A mulher murmurou, deslizando sua palma pela pele macia do rosto angelical da jovem. Profundo era o sono, nenhuma movimentação fora feita por parte da outra. Tudo bem. Vilarin não queria desperta-la, apenas curtia seu momento de apreciação; sentia-se confortável em admirá-la silenciosamente; sem que, a mesma captasse sua feição. Era melhor assim: evitaria uma indagação.

Disposta a deixá-la descansar, afastou-se, saindo lentamente da cama. Caminhou em passos curtos até o banheiro, fechando a porta com máximo cuidado. Aproximou-se do espelho, olhando bem para o que ele refletia. Sua aparência em nada se comparava aos dias anteriores; e, embora estivesse com a cara "amarrotada" sua coloração estava mais próxima do que era antes. Já não tinha a palidez de um doente. 

"Pareço mais viva do que morta. Rum, é um bom sinal." Pensou, deixando um riso baixo escapar. De certo que, suas preocupações não dariam trégua; correria maratonas em prol da justiça. Os culpados pagariam pelos estragos causados. Mas, nesse instante, se ter de volta; acordar por conta própria sem que um pesadelo a seguisse como uma sombra. Ah, era divino. Deixando-se levar pela leveza, deu início a sua higienização matinal.

Após os cuidados consigo, vestiu-se em trajes despojados. Sendo guiada pelo deleitoso cheiro de café, saiu do quarto, rumando para o andar inferior.

 - Bom dia, mama! - Vilarin, sorrateiramente, aproximou-se da mãe, enlaçando sua cintura. Apoiou a cabeça no ombro, inalando o cheiro maravilhoso que amanava da cafeína sendo preparada. - Acordada tão cedo?

- Bom dia, filha. - A olhou pelo canto de olho, dando um risinho faceiro. - Sempre acordo cedo. E, esse dengo todo, hum? Sua namorada dormiu sem roupa, foi? - Zombou.

Bastou o dito saltar para que Vilarin engasgasse com a própria saliva, dando passos para trás ao mesmo que dava batidas fracas em seu próprio peito. Para quê inimigos quando se tinha uma mãe dessas?

- Não acha que está cedo para começar com tuas graças? - Indagou em meio a crise de tosse.

Madalena gargalhou. Passando batido pela mulher, levava seus preparos para a mesa; regressou e, parando ao lado da filha, disse animadamente:

- Ah, meu bem, jamais perderia a chance de fazer uma piadinha. - Deu de ombros, ignorando o revirar de olhos que ganhou em resposta. - Agora, vamos tomar café enquanto suas crianças estão num sono tranquilo. Sabemos que quando acordarem, hum... O silêncio não terá vez.

- É, Vero. - Concordou, seguindo Madalena.

Sentaram-se à mesa. Como de praxe, Victoria serviu-se de uma generosa xícara de café, pegando algumas torradas e biscoitos amanteigados. Madalena se limitava ao chá e um pão que passou na chapa.

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