- Você acha que foi uma boa ideia brincar sozinha?
A voz calma da dominadora era bem mais assustadora do que quando levantava seu tom, isso fez Lia engolir seco.
- Eu fiz uma pergunta, odiaria ter que repeti-lá. - Afastou-se, vendo a menina abrir os olhos por completo, sentando-se na cama com um sorriso forçado nos lábios... estava fodida.
- Eu só... Aí... Só estava brincando um pouco, Senhora, não precisa me olhar com essa cara.
A dominadora deixou um riso escapar por entre os lábios enquanto cruzava os braços sem tirar os olhos da submissa que brincava com os dedos nervosamente.
- Que cara?
- Essa cara... Vamos lá, sabe do que estou falando.
- Sei?
Lia não sabia o que responder, aquele monte de perguntas da dominadora estavam deixando ela aflita, então apenas concordou com a cabeça na esperança de que esse questionário chegasse ao fim.
- Vem aqui. - A dominadora ordenou, chamando-a com o indicador.
- N-não, obrigada. Pode falar daí, eu ouço daqui
A dominadora olhou incrédula para a menina, isso era sério? Lia não se dizia brat, mas suas atitudes pareciam querer externar uma, mas não seria um problema ela ser. Victoria já havia deixado claro nas papeladas da negociação que curtia a dinâmica Tammer e Brat, claro que dentro de todo um contexto, não para algo no dia-a-dia.
- Vem, agora! Não é um pedido é uma ordem.
Lia bufou contrariada, indo em passos receosos até a mulher. Era inegável que o medo estava de mãos dadas com ela, mas... A mulher falando daquele jeito, toda autoritária e mandona, fazia com que ficasse excitada
- Quem te autorizou a entrar aqui?
- A porta estava aberta e...
Estava pronta para se justificar, mas foi cortada pela dominadora que fechou a expressão, fazendo um som de tststs com a língua.
- Fiz uma única pergunta menina: Quem te autorizou a entrar aqui?
Lia começava a achar que ter entrado ali fora um erro grave. - Mas se a mulher não queria que alguém entrasse, por qual razão deixara a bendita da porta aberta?
- Se não queria que alguém entrasse, porque deixou a porta aberta? - Lia soltou de uma vez. A culpa não era dela se foi a Domme quem deixou a porta aberta, poderia muito bem ser outra pessoa entrando ali.
Uau... Esse lado destemido da submissa Victoria não imaginaria ver tão cedo, em um movimento rápido pegou-lhe pelo braço, fazendo-a ficar de costa para ela, levantou sua blusa e desceu a mão em uma de suas nádegas.
Paft, Paft, Paft, Paft*** Oooooou, calma ae.
PAFT, PAFT, PAFT, PAFT**** Aíiii, caralho.
As quatro palmadas fizeram Lia saltar no lugar. Eita mão pesada que a mulher tinha, o que era uma chibata perto deste peso? Nada.
- Bocuda.
-Não fala assim... Esse tom de voz me deixa excitada, senhora. - Lia mordeu o lábio, não estava mentindo, estava ficando verdadeiramente excitada com a mulher falando firme daquele jeito.
A intenção da Domme não era de fazer qualquer jogo ao chegar em casa, mas já que a menina estava disposta a atentar, iria se divertir a suas custas, e isso significava uma única coisa: O sofrimento da submissa.
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Nosso Prazer [BDSM]
ChickLitAtravés das lentes, Victoria Vilarin captava formas, coisas e pessoas. Sendo uma fotógrafa no apogeu de seus bem vividos 30 anos, possuía uma carreira brilhante no ramo fotográfico. Mas, como nada era 100% como se via, ela mantinha uma outra faceta...