Nosso Prazer [BDSM]

33- Enfim, o gozo.

Danadinhes, não fiquem com raiva no coração, tá? Assim como essa Top aqui, Vênus é apenas uma sádica! Hahaha!

Boa leitura e deliciosas palmadas no bumbum!

...

Restrição de movimento nunca fora uma problema, não grande. Angel adorava, se divertia com o fato de não poder morver-se enquanto a parte dominante lhe desafiava cara-a-cara. Porém, com Vênus, tudo parecia intenso demais. Sentia como se nunca a pudesse desafiar, deixá-la um pouco mais maleável.

Olhando-a atentamente, andando de um lado para o outro, trajando um hobby na cor marrom, sem mais nada por baixo, sentia-se tentada. Ela era realmente uma mulher interessante: sua postura ereta, traspassando confiança, sua feição séria, uma das sobrancelhas erguidas, enquanto tinha o maxilar levemente trincado, deixaria qualquer um intimidado em sua presença. Agora, estando a sós com a dominadora, Angel haveria de aguentar.

Por mais que, seus braços tremessem, suas pernas bailassem sobre o piso de madeira, tentaria ser o mais resistente possível; o que chegava a ser torturante: uma sádica andava de um lado para o outro bem a sua frente, com o controle do vibrador em mãos, deixando-a mais tensa. Seus trajes a deixando instigada, sua postura rígida a deixando excitada, ao ponto de, esquecer a raiva que sentia. Vênus jogava pesado, querendo tocar no desgosto do bottom, durante toda e qualquer punição. Isso estava mais do que evidente para a submissa.

- Senhora... - Angel chamou baixo, apelaria para sua entrega; agora, não tão genuína.

Vênus a olhou brevemente, então sorriu com escárnio ao responde-la:

- Não pense que sua submissão evidente irá te livrar. - Aproximou-se, olhando-a fixamente. - Quebrar regras é bom, não é? Mas, devo lembra-la que, nunca punirei uma masoquista com um delicioso spanking.

Angel abaixou a cabeça, um súbito arrepio percorrendo desde a base de sua coluna até sua nuca. Péssimo momento para se livrar de sua armadura, péssimo momento para deixar sua submissão gritar, tão alto, sendo capaz de ensurdecer e aplacar suas ações semelhantes a de uma bratzinha. O falar sério da dominadora a deixando temerosa, embora soubesse que, isso lhe acarretaria em uma explosão de libido em um piscar de olhos.

- Você deixou Carina lhe dar prazer na minha frente, eu não gostei disso...

Um levantar de queixo foi sentido pela submissa, um olhar rígido pairou sobre sua face, então... O estalo forte no rosto logo em seguida.

PAFT***

- Você? - Vênus indagou enraivecida.

- Senhora, senhora... - Corrigiu-se rapidamente. - Me perdoe.

Vênus moveu a cabeça em negativa, inspirando profundamente, soltando o ar devagar. O pequeno controle em uma de suas mãos sendo rodopiado habilmente em uma brincadeira. Faria a submissa chorar. De dor, arrependimento, frustração. E, talvez... de prazer.

- Consegue ser tão patética, minha doce Angel. - Sorriu, acariciando-lhe a face avermelhada. - Mas, devo admitir, consegue ser corajosa quando lhe convém. Cadê seu lado destemido agora, hum? - Provocou. - Devo desafiar minha submissa com jogos baixos de palavras?

Com os olhos inquietos em suas orbes, acompanhando o mover da palma em sua face, Angel sentia seu corpo quente. A vontade de rebater surgindo em doses homeopáticas, o medo a paralisando em todos os sentidos.

- Eu consigo ver a raiva em sua íris, eu consigo sentir o calor comedido de seu corpo. - Deslizou sua palma, encaixando-a perfeitamente no pescoço da submissa. - Se eu apertar, posso ouvir seu arfar. - Entreabiu os lábios, umidecendo-os lentamente ao levar os olhos do pescoço aos olhos da submissa. Então, pressionou seu pescoço, ouvindo-a arfar no mesmo momento, fechando os olhos automaticamente, deixando o esboço de um sorriso malicioso surgir em seus lábios. - Aí está! Sua perversidade, sua indecência. Sei que gosta quando lhe toco tão firme. - Afrouxou o aperto, assistindo-a buscar pelo ar, tornando a pressionar logo após. Com o controle na oposta, ligou em sua segunda velocidade.