8- Date.

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O domingo amanheceu incrivelmente agradável; fazendo com que Victoria pulasse da cama bem cedo para correr no parque.

Em uma animação incomum, calçou os sapatos e foi correr. Quando estava no meio do caminho esbarrou com alguém, e se surpreendeu ao levantar seu olhar e ver quem era. Era jéssica sua ex namorada, a pessoa que havia quebrado seu coração, e sua confiança da pior maneira possível.

- Desculpe... Victoria? - A mulher tentava se aproximar, mas Victoria dava um passo para trás a cada mera ação.

- Foi apenas um esbarrão, ninguém deve se desculpar. Então, por favor, não tente puxar conversa comigo.

- Eu entendo você, te fiz muito mal, mas...

- Sem "mas". Não preciso ouvir suas lamentações, e, tampouco palavras de falso arrependimento. Agora eu realmente preciso ir.

Sem sequer olhar para trás voltou a correr; não conseguindo dar continuidade quando tinha sua cabeça revivendo tudo o que Jéssica a fez. Nada na vida poderia ser pior do que a dor que ela causou.

- Não, eu não me permito reviver isso. Eu não sou feita da dor que ela me causou, eu sou mais forte do que tudo isso. - Falava em voz baixa para si mesma, se convencendo de que nunca deixaria essas lembranças a fazerem se sentir um nada novamente.

Respirando fundo até que estivesse em si novamente, voltou para casa; dessa vez andando. Tomou um banho, comeu algo leve e resolveu dar uma passada no estúdio. Mesmo sendo domingo queria deixar as coisas adiantadas para o dia seguinte.

No estúdio arrumou tudo, deixando da forma que queria para o dia seguinte; embora, muito possivelmente, fotografaria fora da li. Arrumar o studio foi a forma de distração que encontrou para não pensar no ocorrido de mais cedo. Deu certo, pois quando decidiu voltar para casa já nem se recordava do que houve.

Pediu comida japonesa para seu almoço, não se arriscaria na cozinha. Sabendo do seu histórico desastroso, isso seria pedir para icendiar a casa.

Para passar o tempo enquanto a comida não chegava, pegou um livro para ler; fazia tanto tempo que não parava para ler um bom livro que só se deu conta de que havia um mundo fora da literatura quando a campahia começou a tocar.

Rapidamente fechou a página, antes a marcando para não esquecer de retornar à leitura assim que lhe fosse possível. Pegou o pedido, dando uns trocados a mais para o entregador, se o gosto estivesse tão bom quanto o cheiro, o gasto não teria sido em vão.

- Finalmente, estava morrendo de fome. - Serviu o conteúdo em um prato, indo para a sala. Ligou a tv colocando sua série preferida.

Mesmo depois de já ter comido, depositou o prato na mesinha do centro, esparramando-se no sofá assistindo um episódio atrás do outro até acabar cochilando ali.

O cochilo foi tão longo que acordou no susto com seu celular notificando mensagens. Ainda sonolenta sentou-se  pegando o aparelho para ver quem a incomodava. Quando viu que eram mensagens de Lia, se deu conta que era o dia do encontro delas. Abriu a conversa:

Lia
Te pego que horas?

A noite toda se eu deixar!rs

O que?

As 19:00 está bom, não se atrase, não gosto de esperar.

Pode deixar, serei pontual!

Bloqueou o aparelho. Retirou o prato sujo da mesinha colocando-o na pia, rumando para o quarto.

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