Espaço.
Quando se quer um espaço, pede-se que nos deixem em paz.
Quando se quer um longo momento a sós consigo mesmo, desativa-se as redes. Recusa-se inúmeras ligações. O telefone celuluar emudece. Silencioso. O telefone fixo, propositalmente, fica horas e horas fora do gancho.O corpo ergueu-se. Esteve repousando numa cama redonda, com lençóis e travesseiros que pareciam-se muito com nuvens; esteve estagnada por um longo período.
Os trajes eram delicados. Um vestido branco de seda; uma tiara fina, prateada, enfeitava a cabeça da jovem.
Lia, sem consentir, encontrava-se nesse período de "espaço". A mesma não buscou por um momento de solitude. Fora bruscamente colocada nesse lugar pacato e solitário.
- Oiiii. Tem alguém aí? - Sua voz ecoava pelo local. Batia contra as portas fechadas, regressava.
Com os pés descalços, a moçoila rumou em direção ao que parecia ser uma saída. Uma saída convidativa; fazia-se com um corredor luminoso. Cercado por jasmins. Lindo aos olhos. Tateou a vidraça. Ao tentar passar para o outro lado, vozes tomaram conta de tudo.
- Acha que vai sair daqui?
- Claro que vou. - Rebateu, tentando abrir novamente aquele vidro.
- Não irá. Os piores cenários atravessarão essas paredes, menina. Suas vísceras irão se revirar furiosamente. Seu corpo físico, tátil, sentirá espasmos. Seus batimentos irão acelerar. Então, será o momento em que correrão com seus jalecos brancos, prontos para ampararem. Te sedam mais; menos dor. Mas, quem a ver, sentirá como se arrancassem um pedaço do coração. Uma mãe, um pai, um amor? Não sei.
- O que? Do que você está falando? - Indagou.
- Está um passo mais perto de estar a muitos passos de distância de quem se ama. Quanto mais tempo "dormir" pior será.
- Eu não estou dormindo; estou buscando uma forma de voltar para casa.
- Há alguém te esperando, mas seu corpo não está preparado. Sabe-se lá em que momento aceitará seu próprio adeus, criatura. Lide com isso.
- Olha, eu não sei quem é você. Muito menos consigo compreender em que lugar estou. Porém, de uma coisa eu sei: Ela está lá. Eu sinto sua energia.
- Ela quem? - Questionou.
- Lia...
- Victoria! - Seu grito fizera com que sons estrondosos demolisse parte do ambiente desconhecido. - Eu estou aqui. - Uma lágrima escorrera por sua bochecha. Em seguida, outra e mais outra. Até que o chão abaixo de seus pés estivesse totalmente coberto por água com sal. - Me tira daqui!
Ela pedia.
Implorava.
Nada...
Lia não entendia que estavam a um oceano de distância; tampouco compreendia que estava em coma.
Continue...
Ei, galerinha!
Passei um tempo pensando se postava essa parte ou não. Então, resolvi publicar sim.
Aviso-lhes: Haverão capítulos em que tudo se dará na cabeça de Lia. Assim como haverão paralelos de diálogos de Victoria e consciência da jovem.
Agora, se ela voltará ou não, só lendo para saber!Atenciosamente, SraAdria!💋
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nosso Prazer [BDSM]
ChickLitAtravés das lentes, Victoria Vilarin captava formas, coisas e pessoas. Sendo uma fotógrafa no apogeu de seus bem vividos 30 anos, possuía uma carreira brilhante no ramo fotográfico. Mas, como nada era 100% como se via, ela mantinha uma outra faceta...