Uma Mulher em Minha Vida - Livro 2 (CONCLUÍDO)

Capítulo 5

ANGEL

Cinco dias.

Já tinham se passado cinco dias que eu havia reatado o meu namoro com Gustavo. E desde então ele não me deixava respirar, nem por um momento.

Nem havíamos reatado a muito tempo e ele já fazia diversos planos, disse que pretendia fazer uma viagem comigo mas que não falaria quando, seria uma surpresa.

Eu penso, se é para ser surpresa, por quê disse que faria?

As palavras de Rebecca ficaram gravadas em minha cabeça. Quando eu disse que tinha voltado com Gustavo, ela não teve reação alguma.

— Eu imaginei que faria algo assim. — ela disse.

— Você esperava por isso?

— Na verdade, sim.

Ela me olha, seu semblante deixa claro que não era isso o que ela queria.

— Angel, eu te conheço a pouco tempo mas já me considero sua amiga. — ela continua. — Eu não tenho o direito de opinar em nada mas depois de tudo o que você disse... — Faz uma longa pausa. — É tão óbvio que Gustavo não é o mocinho bonzinho da história. Mas só você que não quer ver!

Ela aperta minha mão.

— Estou confusa, Rebecca. — massageio minha têmpora com uma das mãos. — Eu não sei o que fazer.

— Se não quer escutar sua  nova amiga, escute sua irmã. — agora eu a encaro. — O que ela acha disso tudo?

Quando ela me fez essa pergunta, eu apenas me desvenciliei do assunto e mudei completamente o rumo da conversa.

Acho que não seria um bom momento para avisá-la que Ally ainda não sabe de nada.

Se tenho medo da reação dela? Talvez...

Allyson é só a pessoa que me conhece mais do que ninguém, na vida.

Não tenho medo de que ela vá me acusar ou reclamar, longe disso, Ally não é assim. Só tenho medo de desapontá-la...

Sei que ela não é a favor do Gustavo, não depois de tudo o que ele fez.

A questão é, se sei que minha irmã quer o meu bem e sei que ela está certa, por quê continuo insistindo nisso?

A campainha toca me tirando dos meus pensamentos que andam me torturando ultimamente.

Abro a porta e me deparo com Gustavo sorrindo para mim.

— Por que demorou tanto para atender a porta?

Seguro a vontade de revirar os olhos.

—Estava ocupada.

— Com o quê? — pergunta desconfiado, enquanto me encara com o cenho franzido.

— Vai entrar? — ignoro sua pergunta.

Ele entra no meu apartamento e me dá um selinho rápido, me pegando de surpresa.

— Eu não me canso de admirar esse lugar. — se joga no sofá quando chega a sala. — Mandou muito bem, baby.

— Trabalhei por isso.

Gustavo ama apreciar o meu apartamento. Desde que ele entro aqui pela primeira vez, disse que seria um sonho construir nossa família nesse lugar.

Fiquei me perguntando como daríamos certo, se enquanto ele tinha planos de morar em um apartamento, eu queria ter a minha casa. Um lugar para chamar de meu, com um jardim bonito onde eu pudesse observar meus filhos brincando.