Capítulo 22

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ANGEL

Saio do trabalho feliz por ter encerrado mais um dia. Caminho pelas ruas até que vejo um homem acenar para mim.

Olho mais atentamente mais não o conheço.

Que estranho.

Mesmo longe, o homem continua insistindo em acenar para mim, aceno de volta pois sou educada, e não vou deixar o homem falar sozinho. Devo conhecê-lo de algum lugar.

O homem me olha com estranheza enquanto se aproxima. Insisto em acenar com a mão até que ele para alguns passos de distância de onde estou.

Lhe dou um sorriso educado e realmente constato que não o conheço.

Ele olha por cima do meu ombro e quase morro de vergonha quando vejo uma mulher — alguns anos mais velha do que eu —, passar por mim com uma carranca.

Ela vai até o homem que também me olha estranho.

Sem saber o que fazer aceno outra vez, mas agora para o táxi que se aproxima. Para a minha sorte, ele para.

Entro no veículo mais ainda consigo ouvir a voz da mulher perguntar:

— Quem é ela?

— Eu não sei, querida. Juro que não sei.

Acabei rindo alto da situação.

— Boa tarde. Para onde, moça?

Cumprimento o taxista e dou o endereço de Alex. Acabo rindo outra vez quando vejo a mulher voltar por onde veio e o homem correr atrás dela.

— Está tudo bem? — o taxista pergunta me olhando pelo retrovisor.

— Aí moço, se você soubesse...

(...)

Contei quase a minha vida toda para o taxista, também descobri que ele está noivo e sua noiva está prestes a dar a luz.

Agradeci a ele pega corrida e pela conversa quando paro em frente a mansão de Alex.

Não demora muito até a porta abrir e um Alex sorridente aparecer.

— Você demorou. — diz me abraçando e me beijando em seguida.

— Você não sabe o que aconteceu...

Conto a ele sobre minha vergonha na rua enquanto entramos e ele ri alto.

O encaro desconfiada e cruzo os braços enquanto ele fecha a porta. Alex se vira e levanta as sobrancelhas quando me vê parada.

— O que foi?

Dou uma boa olhada nele. Descalço, roupas confortáveis e aparentemente seu rosto está muito saudável.

— Por que estou aqui? — semicerro os olhos.

— Porque... Hum... Eu estou doente?

— Eu não acredito que você fingiu estar doente.

Depois da festa na empresa, fiquei o fim de semana com ele mas na semana seguinte tive muito trabalho a fazer e estava cansada. Nos falamos todos os dias, porém é óbvio que não é a mesma coisa.

Uma Mulher em Minha Vida - Livro 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora