Uma Mulher em Minha Vida - Livro 2 (CONCLUÍDO)

Prólogo

No dia da descoberta...

Saio do apartamento de Jake com o coração nas mãos. 

Tudo aconteceu tão de repente. Quando Jacob disse que Ally ia ficar um tempo com ele eu entendi, afinal ele estava longe por tanto tempo, é claro que quando ele voltasse ela iria querer passar mais tempo com ele. Mas ela começou a não atender minha ligações e nem respondia as minhas mensagens.

Eu surtei.

Sempre fui apegada a minha irmã. Quando a conheci criamos um laço tão forte e desde então foi incapaz de nos separamos.

Saber que seu, até alguns dias atrás, "namorado" foi o causador da morte dos meus pais foi um fato que me deixou chocada.

Allyson me contou como foi que eles se conheceram, e como ele a tratou mal, mas eu jamais imaginava que o nosso passado tinha se cruzado a tanto tempo atrás.

Caminho pelas ruas perdida em pensamentos, então decido entrar em uma cafeteria.

Talvez cafeína acalme minha mente.

Faço o meu pedido a atendente e me sento em uma das mesas. Meus pensamentos me levam até parte da minha infância, quando Ally chegou em nossas vidas.

Sorrio com a lembrança feliz e uma lágrima desce.

— Angel? — uma voz conhecida me chama.

Viro a cabeça e olho por cima do ombro vendo o portador da voz rouca.

Suspiro pesadamente.

— Você? — falo receosa.

Ele assente e caminha se sentando a minha frente.

Que atrevido!

— Estava chorando? — sua mão imediatamente percorre meu rosto, seu polegar acaricia meu rosto retirando a lágrima que havia ali.

Sinto meu corpo estremecer sobre seu toque.

— Alex, não. — tento afastá-lo mas sua mão pega a minha.

O encaro.

— Você pode falar comigo. — sua mão aperta a minha, me incentivando.

Não queria conversar justo com ele, mas preciso falar com alguém. Acabo contando tudo o que descobri com a voz vacilando em alguns momentos. Seus olhos não desviaram dos meus, sempre me olhando atentamente.

— Eu sinto muito que as coisas tenham sido assim. — noto a sinceridade em seu modo de falar.

Me movo inquieta na cadeira.

— Então... Você sabia? — pergunto.

Ele abaixa a cabeça por um momento e isso confirma minhas suspeitas. Sim, ele sempre soube.

— Foi por isso que ele a tratou tão mal na entrevista, não é? Ele foi o causador de tudo e ele quis a machucar. — falo sem vacilar.

Ele limpa a garganta.

— Sim.

Sinto a raiva me dominar.

— Como ele pode entrar na nossa vida, em nossa casa como se ele não nos tivesse feito nada? — tento controlar a voz.

— Angel, Scott errou. Eu sou o primeiro a admitir isso assim como fui o primeiro a dizer que ele estava cometendo um grande erro. Ele não é um santo, mas ele ama a sua irmã. — tenta argumentar.

— Sabe o mais engraçado disso tudo? — rio sem humor — Eu fui atrás dela para pedir uma explicação e estava disposta a entrar em uma conversa com ela pedindo para ela se acertar com ele. Eu via o seu desespero quando ele me procurava e tive pena. - cerro os punhos. - Eu sou uma idiota!