Capítulo 38

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ANGEL

Parecia que eu estava sentada nas nuvens.

Me reclinei e colei minhas costas no encosto da poltrona de couro. Sem dúvidas, esse era o melhor lugar do cinema que tinha aqui na casa de Alex.

— Amor, você quer pipo... — Alex se aproximou da porta e foi parando lentamente ao meu ver. — Nem fodendo!

Franzi o cenho, sem saber o que tinha acontecido.

— O que foi? — perguntei.

Ele estava branco feito um papel.

— Esse é o meu lugar! — sua voz soou ameaçadora.

Olhei as diversas poltronas, todas exatamente iguais a essa.

— Tá de brincadeira, não é?

Ele caminhou até mim com um olhar que poderia facilmente me fazer ter um infarto.

Foi rápido. Quando percebi que ele passou um braço pelas minhas pernas e o outro puxou minhas costas.

— Alex! — gritei.

Gentilmente, ele me jogou na poltrona ao lado como se eu fosse a merda de um saco de batatas.

— Meu lugar!

Bufei irritada e cruzei os braços.

— Isso não é justo! — resmunguei.

Eu havia passado cinco minutos decidindo qual era o melhor lugar para assistir ao filme, e ele me tirou de lá em meio segundo.

— A vida não é justa, my ángel. — tocou meu queixo. — Minha casa, minhas regras.

Ainda estava com uma carranca quando ele beijou meus lábios de maneira suave. Isso foi o suficiente para me render aos seus braços e retribuir o beijo.

— Vou trazer a pipoca. — falou enquanto se afastava me dando a visão das costas musculosas que estava sem a blusa.

Pouco tempo depois Alex e eu estávamos cantando great balls of fire junto com Maverick e todos os outros. Essa era uma das minhas cenas preferidas de Top Gun.

Alex cantava bem demais!

— Porque isso tinha que acontecer com ele? — perguntei secando a lágrimas insistente que persistem em cair.

Eu jamais superaria a morte do Coose.

— Realmente, foi uma pena. — Alex acariciou meu cabelo, minha cabeça repousava em seu ombro.

Continuamos a assistir o filme até o final e eu suspirei quando acabou.

— Ele tem uma pegada que arranca o fôlego de qualquer uma. — deixei escapar do nada e me arrependi quando vi seu pescoço virar como a menina do exorcista.

— Como é a história, Angelique?

Merda!

— Não é nada...

Uma Mulher em Minha Vida - Livro 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora