Uma Mulher em Minha Vida - Livro 2 (CONCLUÍDO)

Capítulo 50

ANGEL

Depois de descobrir a verdade sobre o passado de Alex, confesso que algo em mim mudou.

Não posso dizer que quero ele de volta na minha vida, mas, mais do que nunca, quero ele presenta na vida do meu filho.

Consigo ver que ele está em conflito. Mesmo que ele quisesse ter um filho, ele passou por um trauma muito grande e que deixou marcas profundas nele.

Ele precisa superar os medos da paternidade e eu estou disposta a ajudá-lo.

— Angel, você tem certeza que é uma boa ideia? — me pergunta pela milésima vez.

— É claro, Alex. Só não saia correndo outra vez, por favor.

— Eu não vou. — me garante. — Obrigada por estar fazendo isso.

Dou um sorriso em resposta. Estaciono o carro na frente de casa e vejo algumas luzes ligadas. Pelo jeito nem todos estão acordados.

— Você aprendeu mesmo a dirigir.

— Tive vontade e decidi aprender. — falei sorrindo. — Sofri um pouquinho mas aprendi. — olho outra vez para a casa. — Vamos lá?

Ele assente.

Abro a porta do carro e saio pegando a minha bolsa e as chaves de casa, mas antes de chegar a porta consigo ouvi-lo dizer:

— Que Deus me ajude...

Ele me segue e antes de girar a maçaneta pergunto se ele está preparado.

— Sim, estou.

Abro a porta e noto a luz do corredor e das escadas acessas. Dou passagem para ele entrar e fecho a porta. 

— Vou ver se ele está aqui embaixo. — aviso a ele.

Alex fica parado ao pé da porta enquanto procuro na sala de visitas, na sala de jantar, na cozinha e até no jardim da parte de trás da casa. Vejo que ele não está e volto para a entrada. 

— Ele deve estar lá em cima. 

— Tudo vem.

— Você tem certeza de que está pronto para isso? 

— Só estou um pouco nervoso, não sei o que esperar. — ele engole em seco. — Ele pode me mandar embora.

Respiro fundo e o puxo para a sala de visitas. 

— Você pode esperar um menino doce que te ama muito. Você pode não acreditar quando digo que jamais te privei da vida dele, mas vou deixar que você veja por si mesmo que falo a verdade. — ele abaixa a cabeça e eu toco no seu queixo fazendo com que ele olhe para mim.

Um arrepio percorre meu corpo ao encostar nele depois de tanto tempo. 

— Eu não vou te forçar a nada, só quero que entenda que ele também precisa de você. — retiro a minha mão.

— Vamos, já adiamos esse encontro por tempo demais. — diz com convicção.

Subo as escadas na frente e vejo o corredor que dá para os quartos. A porta da Ally está fechada assim como a minha, apesar da luz dela estar acessa. Ouço risadas do quarto de Thomas, o único que está com a porta aberta.