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𝕾𝖆𝖓𝖙𝖔𝖗𝖎𝖓𝖎, 𝕲𝖗𝖊𝖈𝖎𝖆

— Você está ficando maluca? — Iago perguntou, me afastando dele

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— Você está ficando maluca? — Iago perguntou, me afastando dele.

Bufei e me ajeitei no sofá, ficando de joelhos e apoiando minha bunda em meus calcanhares em seguida, segurando no braço de Iago.

— Um namoro falso. — Falo e ele franze o cenho. — Fingimos que estamos tendo algo na frente do Theo até ele se ligar sobre mim e depois pronto.

— Malu, que ideia mais idiota. — Resmungou.

— Meus pais já fingiram um namoro. — Conto. — Deu certo.

— É, agora eles são casados e tem dois filhos. — Disse e afastou minhas mãos do braço dele. — Eu não quero acabar casado com você e muito menos com dois filhos.

— Você é idiota? — Pergunto, mesmo sabendo a resposta. — Vamos fingir para o Theo acordar pra vida, só isso. Meus pais ficaram juntos, mas foi porque eles se amavam.

— Ainda assim. É uma ideia bem idiota, até pra mim. — Falou. — Arruma outro doido pra fazer isso com você.

— Tem que ser você. Foi você que ele me viu beijando lá no bar. — Digo.

Iago continuou me olhando como se eu fosse maluca.

Eu concordava que a ideia não era lá das melhores, mas poderia dar certo. Se um namoro falso ajudou o meu pai com os problemas dele nas mídias sociais, então poderia muito bem me ajudar com o meu problema amoroso.

— Malu, isso não vai dar certo. — Iago disse com cuidado e eu abaixei os ombros. — Por que você não diz logo pra ele o que sente? Se ele também sentir alguma coisa por você, vocês já se juntam e pronto.

— Mas e se ele não sentir? — Pergunto.

— Aí você parte pra outra, homem é o que não falta nesse mundo. — Falou.

— Iago, eu não quero parecer uma idiota correndo atrás dele. — Digo.

— Você vai parecer uma idiota pra mim, se continuar com esse plano.

— Eu não ligo de parecer idiota pra você. — Mostro a língua e vejo o olhar dele descer para a minha boca por breves segundos.

— Eu não vou te ajudar com isso. — Afirmou e eu suspirei desanimada, me ajeitando no sofá e abraçando minhas pernas outra vez. — Fiona?

— Por que eu pensei que podia contar com você, não é? — Digo. — Eu estou aqui, te abrigando, colocando comida na mesa pra nós dois e você não me ajuda com uma coisa que eu te peço.

— Não vou cair nesse seu draminha. — Falou.

Funguei e continuei olhando para a TV.

— Vou morrer sozinha por sua causa. — Falo com a voz embargada.

Continuei com o meu teatro, até ouvir Iago soltar um suspiro fundo e se aproximar mais de mim.

— O que eu vou ganhar se te ajudar? — Perguntou e eu o olhei indignada.

— Um teto pra morar! — Respondo e apontando para o teto da minha casa. — Isso não é o bastante pra você?

— Não. — Respondeu e eu revirei os olhos.

— O que você quer? — Pergunto.

Iago pareceu pensar por alguns segundos e no fim fez uma careta.

— Eu ainda não sei. — Disse. — Mas eu vou pensar.

— Está bem. — Falo e me viro para ele, estendendo a minha mão. — Namorados?

Iago riu e olhou para a minha mão por alguns segundos, ignorando a mesma e voltando a atenção para o meu rosto.

Fui surpreendida com o selar dos lábios dele nos meus, iniciando mais um beijo.

As mãos de Iago agora estavam em meu rosto, me segurando próximo à ele. Eu continuei sem fazer nada com as minhas, sendo pega de surpresa com aquele beijo, mas retribuía na mesma intensidade.

Senti falta dos lábios dele imediatamente, assim que ele se afastou.

Abri os olhos devagar, encontrando os de Iago me encarando.

— Eu acho melhor você ir lavar a sua boca com água sanitária de novo. — Sussurrou e eu mordi o lábio com força. — Boa noite, namorada. — Sorriu de lado.

Ele se afastou e deu um pulo do sofá, voltando para o quarto e batendo a porta.

Me afundei no sofá, passando as mãos no rosto e pensando se aquilo tinha sido mesmo uma boa ideia.

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será?

Ainda em SantoriniOnde histórias criam vida. Descubra agora