quarent(ena)

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choro e depressão. ⤴️

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𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

Uma das poucas certezas que eu tinha na vida era que eu poderia, facilmente, reconhecer Malu assim que eu batesse o olho nela

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Uma das poucas certezas que eu tinha na vida era que eu poderia, facilmente, reconhecer Malu assim que eu batesse o olho nela. Em qualquer lugar do mundo, independente do ângulo e da distância que estivéssemos um do outro.

Ainda mais se ela estivesse usando verde.

Foi o que aconteceu quando eu olhei para o tapete vermelho da premiação e avistei a ruiva posando para uma foto.

Não sabia como descrever o que eu havia sentido no exatamente momento em que a vi ali, mas foi uma mistura de diversos sentimentos bons e saudade. Muita saudade.

— Pra quem está olhando? — Isago perguntou curioso, seguindo o meu olhar até o tapete.

A ruiva ajeitava o vestido longo, com uma leve expressão de irritação no rosto. Em seguida ajeitou a postura, colocando uma mão na cintura e deitando a cabeça no ombro do irmão, sorrindo abertamente para a foto.

— Tô passando mal. — Murmuro, pegando a taça de água a minha frente e bebendo o líquido rapidamente.

Ouvi a risada do meu irmão, que voltou a atenção para o meu rosto.

— Aquela é a Malu? — Michelle perguntou.

— Sim. — Isago respondeu, passando o braço pelo pescoço dela. — O amor da vida do Iago.

Reviro os olhos, olhando novamente para o tapete vermelho, mas encontrando apenas tia Olivia e tio Marcelo nele.

Movo o meu olhar por cada canto do salão, encontrando ela junto de Matheus, que cumprimentava algumas pessoas.

— Vai falar com ela, Iago! — Ouço Michelle falar.

— Você é doida? — Pergunto e vejo ela franzir o cenho.

— Não entendi. — Falou confusa. — Se você gosta dela, deveria ir falar com ela.

— Eu também acho. — Isago concordou.

Volto o olhar para Malu, encarando a mesma.

— Você ficar encarando ela não vai dar em nada. — Ouço o meu irmão e suspiro fundo. — Não sabia que você era tão frouxo, Iago.

— Cala a boca. — Resmungo, o olhando. — Se eu fosse falar com ela, o que eu diria? Não conversamos a meses.

— Por culpa sua, vale lembrar. — Ele falou e eu o olhei com tédio, apesar de ser verdade.

Talvez Malu e eu já estivéssemos numa boa se eu tivesse respondido direito a última mensagem que ela me mandou.

— Eu começo uma conversa dizendo "oi". — Michelle se pronunciou.

— Foi assim que você conquistou meu irmão? — Pergunto e ela sorri.

— Prefiro não dizer como conquistei o seu irmão. — Falou e eu fiz cara de nojo, ouvindo a risada deles. — Ouça o meu conselho: vá antes que você perca ela para algum jogador gatinho daqui. Tem vários.

— Como assim, Michelle?! — Isago perguntou com ciúmes e ela ignorou, ainda me encarando.

— Tá. — Murmuro e respiro fundo, secando as mãos em minha calça.

Viro a minha bebida alcoólica. Talvez um pouco de álcool me ajudasse a tomar coragem para ir falar com ela.

Pego o copo de Isago e também tomo, recebendo o olhar indignado dele.

— Está bem. — Falo e me levanto.

— Boa sorte. — Desejaram e eu saí.

Já havia perdido Malu de visto outra vez, então fui obrigado a olhar ao redor, até encontrar ela no bar, encostada no balcão.

Bom que eu já poderia pedir outra bebida.

Caminho até lá. Durante o trajeto pensei em diversas coisas para falar e no fim eu decidi que diria o que viesse na minha mente no momento que eu me aproximasse.

Aquela deveria ser a primeira vez que eu suava de tão nervoso para chegar em uma mulher.

Me aproximo de Malu, ficando atrás dela.

— Sabe quem você está parecendo? — Pergunto, colocando a mão em sua cintura e sorrindo de leve ao ver ela arrepiar. — A Fiona. — Sussurro próximo ao seu ouvido.

A ruiva ficou parada por alguns segundos, o que fez com que eu ficasse ainda mais nervoso.

Ela se virou devagar e eu olhei para todo o rosto dela com cuidado, analisando cada pedaço do mesmo e em seguida voltando ao seus olhos.

Estava prestes a abrir a boca para falar o quanto ela estava linda e o quanto eu havia sentido saudades, mesmo eu tentando esconder isso de todos, especialmente dela, mas Malu franziu o cenho e inclinou a cabeça para o lado, parecendo confusa.

A mão dela tocou a minha em sua cintura, a afastando.

— Desculpa, conheço você? — Perguntou.

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KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
aiai

Ainda em SantoriniOnde histórias criam vida. Descubra agora