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Passar as férias em Santorini virou tradição da família Vieira em um estalar de dedos, e foi nos diversos passeios de barco que Malu Vieira foi criando amor pela imensidão azul do mar e descobrindo o quanto aquele lugar a atraia e a chamava...
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— Você viu o meu boné? — Iago perguntou alto, do quarto dele.
Eu estava jogada no sofá, esperando ele terminar de se arrumar para que pudéssemos ir para o trabalho juntos.
— Não. — Respondo.
A casa voltou a ficar em silêncio e eu tombei a cabeça para trás, mordendo o lábio.
Conseguia ouvir Iago bagunçar todo o quarto, ainda procurando o acessório.
— Eu perdi o meu boné. — Ouço e me ajeito no sofá, sentando de lado e olhando para ele, que estava parado na entrada do corredor e fazia um biquinho com os lábios.
— Dá uma olhada no banheiro. — Digo. — Posso ver no meu quarto, pra você.
Ele concordou com a cabeça e se virou, indo até o banheiro.
Me levantei do sofá, caminhando até o meu quarto e começando a procurar pelo boné dele por ali, mas não o encontrei.
— Achei! — Iago gritou e eu saí do quarto, fechando a porta.
— Onde estava? — Pergunto, vendo ele já parado próximo a porta.
— Na cozinha.
— Já falei pra você parar de deixar cada coisa em um lugar diferente. — Digo e pego a minha bolsa e as chaves do carro e de casa. — Depois fica aí procurando como um doido.
— Já acabou, mamãe? — Perguntou e eu deixei um tapa em seu braço ao passar por ele. — Cadê o meu beijo?
Deixo um selinho em seus lábios e volto a atenção para o carro.
— Mas isso não é beijo! — Resmungou.
— Iago, estamos quase atrasados, não começa, por fav...
Ele não me deixou terminar, juntando os lábios nos meus. Levei minhas mãos para o seu rosto, nos separando pouco tempo depois.
— É sério, amor. — Murmuro.
— Vou ficar o dia inteiro sem beijar você, assim não dá. — Falou manhoso e eu ri.
— Te deixei mal acostumado com um final de semana? — Pergunto e ele concorda com a cabeça. — Eu posso te dar todos os beijos do mundo depois. — Sussurro.
