trinta e oito

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𝕸𝖆𝖉𝖗𝖎𝖉, 𝕰𝖘𝖕𝖆𝖓𝖍𝖆
semanas depois

— Eu amo Paris! — Falo animada, me ajeitando na poltrona do avião e passando o meu cinto de segurança

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— Eu amo Paris! — Falo animada, me ajeitando na poltrona do avião e passando o meu cinto de segurança.

Matheus resmungou alguma coisa como resposta, eu não entendi e nem me importei em pedir para que ele repetisse.

Estávamos no avião para viajarmos até Paris, onde a premiação daquela temporada no futebol europeu aconteceria. O nome do meu irmão estava em algumas das categorias e claro que meus pais e eu fizemos questão de o acompanhar.

Adorava aqueles eventos. Já estava acostumada a ir, já que o meu pai também participava de muitos, mas sempre ficava encantada com toda organização.

Sem contar que seria em Paris. Estava com saudades da capital francesa e adoraria turistar outra vez por lá durante os dias que eu estaria na cidade.

— O Iago mora lá. — Matheus falou e eu o olhei.

— E daí? — Pergunto, fingindo não me importar com aquilo.

A verdade é que eu já havia imaginado diversas situações em que poderíamos nos encontrar e sobre como seria aquele momento.

Em todas eu deixava um tapa na cara dele.

— E daí que vocês podem se reencontrar. — Disse sugestivo.

— E...?

— Não se faz de sonsa não que eu sei que você já pensou sobre isso! — Falou e eu bufei, virando o meu rosto para a janela.

— Te odeio.

— Conta outra. — Disse. — Vou dormir.

— Única coisa que sabe fazer direito. — Digo.

— E você que não sabe nada?!

— Matheus, vou te bater. — Ameaço, olhando para ele.

— Vamos parar, crianças? — Ouvimos e olhamos para os bancos de trás, vendo minha mãe olhar séria para nós dois.

— Desculpa. — Pedimos ao mesmo tempo.

Nos ajeitamos na poltrona e Matheus me cutucou com o cotovelo. Olhei para ele, vendo o mesmo me mostrar a língua.

Retribuo e volto a virar o rosto para a janela.

*

𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

— Tem que parecer que eu tô segurando na ponta dela, mãe. — Aviso e minha mãe ri, posicionando melhor o celular.

Sorrio abertamente e logo ela faz um legal para avisar que havia tirado. Corro até a mesma, venda a foto na tela do meu celular.

— Está linda! — Digo. — Vai, sua vez.

Ela me entregou o aparelho e foi para o mesmo lugar que eu estava, mas fez uma pose diferente. Tiro a foto e logo em seguida a mostro.

— Fico feia nunca. — Disse e eu ri. — Vamos andar mais um pouquinho e parar para comer, estou cheia de fome.

Concordo com ela passo o meu braço pelo da mesma, andando junto a ela pela rua próxima à Torre Eiffel.

— Você pode encontrar o Iago. — Falou de repente e eu a olhei. — Ele deve estar na casa dos pais e o Thiago já intimou o Marcelo para passarmos lá.

— Eu não sei se eu quero encontrar ele. — Murmuro. — Ao mesmo tempo que sim, penso no que pode dar errado e então já não quero mais.

— O que pode dar errado? — Perguntou.

— Ele pode estar com outra pessoa. — Digo. — Ou talvez ele não sinta mais nada por mim e, enquanto eu imagino milhares de cenários onde nos encontramos e tentamos resolver as coisas, ele está passando o rodo em Paris, nem lembrando da minha existência.

— Duvido! — Minha mãe falou. — Impossível esquecer você, minha garotinha. E eu sei que ele ainda é apaixonado, ninguém deixa de amar ninguém de um dia para o outro.

— Não é de um dia para o outro, mãe, já vai fazer cinco meses. — Falo.

— Ainda assim. — Disse. — Sinto que vocês vão se resolver logo, logo.

Não disse nada sobre aquilo, mudando completamente de assunto e perguntando o que ela iria querer comer.

Preferia não criar tantas expectativas no meu provável reencontro com Iago, assim eu evitava de me decepcionar mais.

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o galo já cantou
bom dia

Ainda em SantoriniOnde histórias criam vida. Descubra agora