trinta e cinco

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𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

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Fiona
Oi, Burro.

Sei que ainda deve estar bravo comigo e tudo mais, e eu também estou com você, já que não acredita em mim e ainda me chamou de vadia.

Queria deixar isso um pouco de lado e conversar com calma. Tenho certeza que podemos resolver tudo.

Por favor.

Iago
Quem é?

*
três meses depois

Respiro fundo, passando as mãos no rosto e ouvindo mais um sermão do meu pai.

Eu parecia estar na mesma noite de uns dias antes dele me mandar para Santorini.

Era a mesma cena: eu sentado no sofá da sala e ele em pé na minha frente, enquanto falava o quão irresponsável eu estava sendo agindo daquele jeito e várias outras coisas.

Já sabia todo o sermão dele de cor, ainda mais que eu estava os escutando com bastante frequência nos últimos meses.

— Vai arrumar suas malas!

Retirei as mãos do rosto no mesmo segundo, olhando confuso para o meu pai.

— Que? — Pergunto. — Pra que?!

Por um breve momento pensei que ele iria me mandar para Santorini outra vez.

— Para ir embora da minha casa. — Falou. — Vou te dar 24 horas para sumir daqui. — Completou e saiu da sala.

Pisquei algumas vezes, sem entender. O álcool de repente saiu do meu corpo.

— Está me expulsando de casa, pai? — Pergunto e me levanto rápido, o que me fez ficar tonto.

Talvez o álcool não tivesse saído tanto assim.

— É isso mesmo! — Disse sem se virar para mim e terminou de subir as escadas.

Fiquei olhando para lá, até ele sumir das minhas vistas. Minha boca estava entreaberta, enquanto o meu cérebro era tomado por uma tela azul.

— E eu vou pra onde? — Pergunto sozinho.

*

Segui o meu pai até a cozinha, vendo ele ir até a geladeira e pegar um pouco de água.

— Pai, por favor. — Peço. — Me desculpa por ontem, eu...

Ainda em SantoriniOnde histórias criam vida. Descubra agora