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𝕾𝖆𝖓𝖙𝖔𝖗𝖎𝖓𝖎, 𝕲𝖗𝖊𝖈𝖎𝖆
— Vocês sabiam que eu quase me declarei pra ela ontem a noite? — Pergunto, retirando a proteção ao redor do buraco dos ovos de tartaruga.
Malu disse que era essencial que eu conversasse com eles toda vez que fosse fazer as anotações. Não demorou para que eu pegasse a mania.
— Engraçado. Eu me declarar pra alguém. — Murmuro, me sentando na areia. — O que me tornei?
Contei os ovos, pegando o meu caderno e anotando o de sempre nele. Ainda não tinha entendido o porquê daquilo, mas fazia, já que foi me pedido.
— Acho que foi bom o celular dela ter tocado. — Falo. — Imagina só eu me declarando e levando um fora? A Malu é apaixonada por aquele feio, não por mim.
— Achei que eu fosse maluca por falar sozinha. — Ouço e viro para trás, vendo a ruiva parada.
— Está aí desde quando? — Pergunto.
— Acabei de chegar. — Disse e se aproximou mais, se sentando ao meu lado. — Pode ficar tranquilo que eu não escutei a sua conversa particular com os ovos.
— Você que me disse que tinha que conversar com eles. — Falo.
— E tem mesmo. — Disse.
Fico quieto, voltando o olhar para o buraco e os ovos dentro dele.
— Burro... — Malu chamou e se aproximou um pouco mais de mim. — Você está bravo comigo?
— Por que eu estaria? — Pergunto de volta, olhando para ela e vendo a mesma com uma expressão preocupada e confusa.
— Não sei. — Disse. — Você está estranho comigo desde ontem a noite.
— Eu não...
— Fui te desejar boa noite ontem, como sempre fazemos, e você nem abriu a porta pra mim. — Me interrompeu. — Hoje você saiu de casa que eu nem vi a hora. Sempre viemos juntos e você nem me esperou hoje.
— Malu...
— Me desculpa se eu fiz alguma coisa. — Pediu. — Nós estávamos tão bem na praia...
— Estávamos. — Confirmo. — Você não fez nada, eu só estava cansado mesmo.
Ela me olhou desconfiada e eu levantei as sobrancelhas.
— Está tudo bem? — Perguntou. Confirmei com a cabeça e ela se aproximou, deixando um selinho rápido em meus lábios. — Você pode conversar comigo, Iago.
— Sei disso. — Dou um meio sorriso e me afasto. — Vou trabalhar. — Completo e me levanto, saindo dali.
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Desligo o fogo, soltando alguns palavrões ao ver que eu tinha queimado toda a minha panqueca.
— Iago! — Ouço e olho para trás, vendo Malu entrar saltitante na cozinha. — Eu tenho uma ideia do que vamos fazer esse final de semana.
— Hum, é mesmo? — Pergunto, voltando a atenção para a panela.
Retiro a panqueca da mesma e coloco em um prato, começando a tirar a parte queimada. Ou pelo menos tentando.
— Sim, é mesmo. — Respondeu. — Sei que eu não sou lá muito expert nessa coisa de diversão, mas eu planejei um final de semana incrível!
— O que vamos fazer?
— Vamos passear de barco! — Contou animada e eu a olhei, vendo ela com um enorme sorriso no rosto. — E vamos ficar no meio do mar por dois dias. Não é divertido?!
— Parece enjoativo. — Digo e vejo ela abaixar os ombros, fechando o sorriso.
— Ah. — Murmurou. — Então deixa pra lá.
— Estou falando sobre ficar dois dias balançando em um barco, não sobre o passeio em si. — Falo rápido.
— Posso pensar em outra coisa. — Falou e deu um meio sorriso. — Eu nem fiquei o dia inteiro planejando isso mesmo. — Completou e deu de ombros, saindo da cozinha.
Bufo e deixo a panqueca queimada para lá, a seguindo até a sala.
— Você sabe ser bem dramática quando quer. — Digo, vendo Malu se jogar no sofá.
— Não estou sendo dramática, realmente fiquei o dia inteiro planejando. — Falou séria. — Você está de cara fechada pra mim desde ontem, pensei que fazer alguma juntos pudesse mudar isso.
— Que horas nós vamos? — Pergunto, ignorando a fala dela.
— Hora nenhuma, já que a florzinha aí fica enjoada. — Disse e eu ri.
— Malu... — Digo em tom de aviso e ela solta uma risadinha, pulando do sofá.
— Amanhã cedinho. — Falou, voltando com o tom animado. — Você vai gostar, é legal. — Completou, deixando um selinho rápido em meus lábios e indo para o quarto.
Mordo o lábio.
É claro que eu iria gostar. Ultimamente eu gostava de tudo que incluía ela.
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🥺
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Ainda em Santorini
Teen Fiction✿*:・゚ ㅤ Passar as férias em Santorini virou tradição da família Vieira em um estalar de dedos, e foi nos diversos passeios de barco que Malu Vieira foi criando amor pela imensidão azul do mar e descobrindo o quanto aquele lugar a atraia e a chamava...