dezoito

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𝕾𝖆𝖓𝖙𝖔𝖗𝖎𝖓𝖎, 𝕲𝖗𝖊𝖈𝖎𝖆

Theo falava sobre uma das vezes que ele pegou uma tempestade enquanto estava no meio do mar

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Theo falava sobre uma das vezes que ele pegou uma tempestade enquanto estava no meio do mar.

Parecia até ser uma história interessante, mas eu não estava conseguindo focar um minuto se quer na conversa, já que minha mente voltava para Iago a todo momento.

— Eu pensei até que você não iria aceitar. — Ouço e pisco algumas vezes, despertando dos pensamentos outra vez. — Vir me encontrar hoje.

— Por que não? — Pergunto.

— Achei que estivesse namorando. — Falou. — O Igor.

— Iago. — Corrijo. — Não estamos namorando.

— Vi no Instagram algo relacionado a vocês dois. — Comentou e eu levantei uma sobrancelha. — Por isso pensei que estivesse comprometida.

— Beijar uma pessoa não significa que estou namorando com ela. — Digo. — Significa que estou solteira.

Theo riu de leve e concordou com a cabeça.

— Está certa. — Falou. — Me desculpa pelo nosso outro encontro. Vacilei com você.

— Vacilou. — Confirmo e ele dá um meio sorriso.

— Não farei novamente. — Garantiu. — Estou gostando desse nosso encontro e, se possível, vou querer repetir isso. — Completou e esticou a mão, segurando na minha sobre a mesa.

Dei um meio sorriso como resposta e afastei a minha mão da dele, pegando a minha taça de vinho e dando um longo gole no mesmo.

Era estranho eu estar em um encontro com o cara por quem eu era apaixonada a um bom tempo e só sentir vontade de ir embora.

Theo puxou outro assunto e eu mordi o lábio, me segurando para não soltar um suspiro cansado.

*

Tiro os saltos, os deixando ao lado da porta. Fiz careta ao sentir o gelado do chão em meus pés, mas logo acostumei.

Joguei a minha bolsa sobre o sofá e coloquei as chaves de casa e do carro sobre a mesa de centro.

A casa estava silenciosa e com as luzes todas apagadas.

Caminhei até a cozinha, acendendo a luz do cômodo e indo até a geladeira. Coloquei um pouco de água em um copo e me sentei na mesa, tomando a bebida devagar.

Inclinei a cabeça para o lado, vendo um bilhete colado no micro-ondas. Me levantei e me aproximei do mesmo, lendo o que estava escrito no papel.

"Guardei pra você, caso quisesse experimentar. Minha primeira lasanha! :)"

Sorrio e mordo o lábio em seguida, abrindo o micro-ondas e pegando o prato de dentro do mesmo, sentindo ele ainda quente.

Peguei dois garfos e saí da cozinha, apagando a luz e caminhando até a porta do quarto de Iago.

Bati de leve na mesma e esperei por alguma resposta, que não veio.

— Iago. — Chamo e bato outra vez. — Eu sei que não está dormindo, você não dorme essa hora. Abre aqui, vai.

Me encosto na porta, continuando a bater.

— Por favor, Burro. — Peço e quase caio quando a porta foi aberta de repente.

— Posso dormir em paz? — Ele resmungou, me olhando sério.

— Me desculpa por ter estragado a surpresa do jantar e o jantar. — Digo baixo, ignorando a pergunta dele. — Sou uma idiota.

— Eu sempre achei isso. — Disse e eu me segurei para não retrucar, já que eu estava mesmo errada naquela situação.

— Desculpa. — Peço e faço biquinho. — Quero experimentar a sua primeira lasanha com você. — Completo e mostro o prato com os dois garfos e o pedaço de lasanha.

— Eu já comi, Malu. — Falou e cruzou os braços.

— Você não quer nem um pedacinho? — Pergunto, aproximando ainda mais o prato do rosto dele.

Iago bufou e me deu espaço para entrar. Eu sorri abertamente, entrando no cômodo e caminhando até a cama dele, me sentando na mesma e me encostando na cabeceira.

Ele fechou a porta e acendeu a luz, se aproximando da cama e sentando ao meu lado.

Entreguei um garfo para ele, que logo aceitou.

— Você me desculpa, não é? — Pergunto.

— Vou pensar no seu caso. — Falou, dando uma garfada na lasanha e levando até a boca.

Faço o mesmo, experimentando a mesma e sentindo o olhar de Iago sobre mim.

— É a sua primeira lasanha? — Pergunto surpresa e ele sorri, confirmando com a cabeça. — Uau. Está uma delícia.

— Igual ao cozinheiro. — Disse e eu soltei uma risada.

— Tenho que concordar. — Falo e volto a atenção para a lasanha, dando outra garfada na mesma.

— Como foi o seu encontro? — Perguntou baixo, parecendo bastante curioso.

— Uma merda. — Respondo. — Ficar com você é mil vezes melhor. — Sussurro, deitando a minha cabeça em seu ombro, continuando a comer.

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o ego de iago vai às alturas

Ainda em SantoriniOnde histórias criam vida. Descubra agora