dezenove

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𝕾𝖆𝖓𝖙𝖔𝖗𝖎𝖓𝖎, 𝕲𝖗𝖊𝖈𝖎𝖆
dias depois

Olhava para o mar, vendo as ondas se quebrarem não tão longe de mim

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Olhava para o mar, vendo as ondas se quebrarem não tão longe de mim.

Ficar ali, observando as mesmas, fazia eu me acalmar. Era mesmo de calma que eu estava precisando, já que a ansiedade de Iago para a entrevista de emprego, que ele estava fazendo naquele exato momento no Instituto, me deixou ansiosa também.

Eu havia o indicado e falado muito bem, então não demoraram para o chamar para uma entrevista.

Provavelmente ele seria treinado por um de nós que já estávamos a mais tempo, se fosse contratado, e eu torcia para que fosse eu.

— Quer dar mais um mergulho? — Ouço atrás de mim e pulo de susto, ouvindo a risada dele em seguida.

— Talvez depois. — Falo, me virando para ele. — E então? Como foi? Você conseguiu?

— Parece mais nervosa do que eu estava. — Riu.

— Isso é culpa sua! — Digo e dou um tapa no braço dele, que aproveitou para segurar em meu pulso e me puxar para mais perto.

— Obrigado por ter me ajudado. — Disse baixo.

— Você conseguiu então?! — Pergunto alto e ele ri, confirmando com a cabeça.

Solto um gritinho de animação e passo meus braços pelo seu pescoço, o abraçando.

— Parabéns! — Digo ao nos afastar e olho para ele. — Eu sabia que você ia conseguir. Agora tem um emprego, que chiq...

Iago me interrompeu, segurando firme em meu rosto e juntando nossos lábios. Fiquei surpresa com o movimento repentino, mas não demorei nem um segundo para retribuir o beijo e apertar mais os meus braços em seu pescoço.

As mãos dele desceram para minha cintura, me apertando e me puxando para mais perto. Soltei um suspiro no meio do beijo quando senti nossos corpos colarem mais um no outro.

Xinguei mentalmente quando o ar começou a faltar e Iago nos separou. Ele deixou alguns selinhos em meus lábios, distribuindo vários beijos pelo meu rosto em seguida.

Rio e o abraço outra vez.

— Estou muito feliz por você. — Sussurro em seu ouvido, vendo ele arrepiar.

— Obrigado de novo. — Falou baixo e eu sorri, nos separando um pouco e deixando mais um selinho em seus lábios. — Preciso contar pro meu pai!

— Ele vai ficar orgulhoso. — Afirmo e Iago sorri. — Onde vamos comemorar? — Pergunto animada.

— Qual o melhor motel da cidade? — Perguntou em um tom brincalhão.

— O meu quarto. — Respondo e ele levanta as sobrancelhas em surpresa, o que me fez rir. — Claro que não vamos comemorar assim, Iago. Eu sei de um quiosque novo.

— Me surpreende você saber de algum lugar novo nessa cidade onde dê para se divertir. — Falou.

— Estou ficando mais atualizada nessas coisas. — Afirmo e ele me encara. — Ok, ouvi um pessoal do trabalho falando. — Resmungo, escutando a risada de Iago.

— Está bem, podemos ir conhecer o novo quiosque. — Disse.

— Ok. — Sorrio. — Eu ainda tenho que trabalhar, vou indo nessa. — Falo e me afasto, sendo puxada de volta pelo braço.

— Que isso, não vai me dar nem um beijinho de despedida? — Perguntou.

— Eu vou te ver daqui a pouco, Iago.

— E...? — Perguntou e eu sorri.

Seguro em seu rosto e deixo alguns selinhos em seus lábios, iniciando um beijo logo em seguida.

*

— Você convidou ele para a nossa comemoração?! — Iago perguntou e eu respirei fundo.

Já estávamos no quiosque a algum tempo. Havíamos brindado pelo novo trabalho dele e estava tudo muito bem, até Theo chegar.

Eu não o convidei em momento algum, mas ele deve ter entendido como um convite quando perguntou o que eu faria hoje a noite e eu respondi que estaria no quiosque novo com um amigo.

— Não, eu não convidei. — Repito pela terceira vez. — Iago, eu não iria chamar o Theo para algo que era pra ser só nós dois!

— Ah, tá. Então ele adivinhou, em um passe de mágica, que estaríamos aqui. — Falou ironicamente, apontando para o quiosque.

— Também não. — Murmuro. — Ok, eu acabei comentando que iria vir no quiosque hoje, mas deixei claro que estaria acompanhada e não disse, em nenhum momento, que ele estava convidado!

Iago ficou me encarando e eu esperei ele falar alguma coisa, mas o mesmo apenas virou as costas para mim e saiu andando.

O segui, segurando no braço do mesmo e fazendo ele voltar para o canto em que estávamos.

— Me desculpa, eu juro que não...

— Já entendi, Malu. — Me interrompeu e tirou a minha mão do braço dele com certa brutalidade. — Por que você não vai dar atenção pra ele? É o seu crushzinho, deve estar feliz que ele veio atrás de você.

— Não vou dar atenção para ele. — Falo. — Eu vim com você, comemorar com você.

— Eu posso comemorar sozinho. — Disse e se afastou.

Assisti ele saindo de perto de mim e não tentei o impedir como anteriormente. Abaixei os meus ombros e suspirei.

Olhei para o balcão do bar, encontrando o meu olhar com o de Theo, que sorriu e acenou.

Revirei os olhos, virando as costas e saindo do quiosque.

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Ainda em SantoriniOnde histórias criam vida. Descubra agora