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Passar as férias em Santorini virou tradição da família Vieira em um estalar de dedos, e foi nos diversos passeios de barco que Malu Vieira foi criando amor pela imensidão azul do mar e descobrindo o quanto aquele lugar a atraia e a chamava...
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Ajeito incomodada o boné em minha cabeça e volto a atenção para o meu quadro de tarefas, organizando mentalmente o que faria primeiro.
— Oi. — Ouço baixo e olho para o lado, vendo Theo.
— Bom dia, Theo. — O cumprimento e volto a atenção para o quadro. — Como você está?
— Bem. — Respondeu e limpou a garganta. — Sobre ontem a noite...
— Ah, está tudo bem. Imprevistos acontecem. — O interrompo, me virando para ele novamente e colocando um leve sorriso no rosto.
— Não, é que... eu vi você no bar ontem a noite. — Falou. — Acompanhada.
— Você estava no bar? — Pergunto, fingindo não saber e não ter visto ele lá. — Mas e o seu imprevisto? — Completo confusa.
Theo piscou algumas vezes e eu manti o olhar sobre ele, que abriu a boca várias vezes, mas não falou nada.
— Desculpa por não ter ido no nosso encontro. — Pediu depois de algum tempo em silêncio. — Se você quiser e estiver livre, podemos marcar um outro. Irei sem falta.
Ele sorriu, esperando por uma resposta.
Odiava quando ele sorria, já que aquilo me desconcentrava completamente, mas também adorava ver ele sorrir.
Ele ficava mais bonito ainda sorrindo.
— É, a gente marca alguma coisa. — Digo, fingindo desinteresse.
Volto a atenção para o quadro e sinto o olhar de Theo sobre mim.
— Ahn... então tá bom. — Murmurou.
Theo se afastou em seguida, quando percebeu que eu não iria falar mais nada, e só então eu pude soltar o ar que nem havia percebido que estava segurando naquele momento.
Se aquele plano desse errado eu iria pegar um barco e viajar sem rumo pelo imenso oceano que rodeava a ilha.
*
Coloco a minha bolsa no ombro e saio do Instituto, tirando o boné e soltando o meu cabelo. Passo os dedos pelo mesmo, o penteando.
— Ei! — Ouço e levanto a cabeça, olhando ao redor e vendo um cara acenar da praia.
