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𝕾𝖆𝖓𝖙𝖔𝖗𝖎𝖓𝖎, 𝕲𝖗𝖊𝖈𝖎𝖆

A televisão da sala passava um programa sobre animais selvagens, no volume baixo, e a sala era iluminada apenas com a luz das imagens que passava na mesma

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A televisão da sala passava um programa sobre animais selvagens, no volume baixo, e a sala era iluminada apenas com a luz das imagens que passava na mesma.

Eu estava encolhida no sofá, abraçando minhas pernas e olhando para a TV, mas não estava prestando atenção.

Não conseguia dormir e levantei para tomar um copo de água. O meu sofá pareceu bem mais convidativo que a minha cama, então me sentei ali e liguei a televisão para não me sentir tão sozinha no cômodo.

Ouvi o barulho de uma porta abrindo e revirei os olhos, sabendo que era Iago. Escutei os passos dele se aproximarem e ignorei.

— Acordada ainda? — Perguntou com a voz rouca de sono.

Não o respondi e vi pelo canto do olho ele passar para a cozinha.

— Meu beijo tirou o seu sono? — Brincou e eu tive que segurar o riso.

Aquela autoestima super elevada dele era engraçada.

— Sim, tive pesadelo de tão ruim que foi. — Falo baixo e ouço a risada dele.

— Você é bem mentirosa. — Disse e seu ouvi ele andar novamente.

A luz da cozinha foi apagada e eu logo senti Iago próximo a mim. Ele se sentou ao meu lado no sofá e eu me encolhi mais.

— Não vem me encher o saco não. — Resmungo, mantendo a atenção na TV.

— Só vou te fazer companhia. — Falou e eu fiquei quieta. — Você está brava comigo ainda? — Perguntou quase em um sussurro.

— Você me irrita, Iago.

— Eu sei, mas foi você que começou lá no bar. — Disse. — Só te chamei para virmos embora, porque pensei que você não iria gostar de ficar no mesmo lugar que o seu namoradinho.

— O Theo não é meu namoradinho.

— Isso por causa dele, porque se dependesse de você acho que já estariam casados e com filhos. — Falou e eu ri baixo. — É por isso que você está assim?

— Assim como?

— Pra baixo. — Disse e eu virei o rosto para ele, deitando a cabeça em meus joelhos e pressionando os lábios.

— Eu não sou do tipo que chega chegando em alguém, mas me senti a vontade para o convidar para sair. — Digo. — Eu morri de vergonha logo depois, porém não deixei que isso atrapalhasse tudo e aí ele aceitou. Pensei que fosse dar em alguma coisa.

— Ah, mas você pode tentar de novo. — Falou.

— Como uma idiota? — Pergunto. — Não, obrigada.

Um silêncio tomou conta da sala e eu voltei o olhar para a TV, vendo um leão correr atrás das zebras.

— Você pode esperar ele vir atrás de você, então. — Iago falou depois de um tempo.

— Ele não vai fazer isso, tem várias outras mulheres no pé dele. — Murmuro.

— Vai que ele goste da mais chata. Logo ele bate aqui na sua porta. — Disse e eu dei um soco no braço dele, que riu.

— Palhaço. — Resmungo.

— Falando sério, ele pareceu ficar meio incomodado depois que viu você me beijando. — Falou e eu o olhei novamente. — Talvez ele estivesse com ciúmes.

— Você acha? — Pergunto.

— Talvez. — Repetiu.

Fiquei o olhando, pensando naquilo.

— É isso! — Digo de repente, dando um pulo do sofá e vendo Iago se assustar. — Me ver com outro vai machucar o ego dele, porque eu tenho certeza que ele sabe da quedinha que tenho por ele.

— Tá mais pra um penhasco. — Iago murmurou e eu o ignorei.

— Então ele vai cair na real que tá me perdendo para outro cara e aí vai tentar se aproximar novamente, querendo algo mais do que só amizade! — Continuo.

— Eu não sei se é assim que funciona. — Falou.

Ignorei Iago outra vez e me sentei no sofá, virada para ele.

— Quer namorar comigo? — Pergunto, vendo ele arregalar os olhos e se afastar.

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o sexto de hoje, meu pai amado
feliz dia dos namorados
😗

Ainda em SantoriniOnde histórias criam vida. Descubra agora