quarenta e três

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𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

Meus braços, automaticamente, foram parar em volta do pescoço de Iago, que apertou a minha cintura e fez com que ficássemos mais próximos

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Meus braços, automaticamente, foram parar em volta do pescoço de Iago, que apertou a minha cintura e fez com que ficássemos mais próximos. Não demorei para ceder a passagem para a língua dele, que me fez arrepiar da cabeça aos pés quando tocou a minha.

O beijar era uma das minhas coisas favoritas no mundo.

Nunca me cansaria de sentir os lábios dele nos meus e da sensação de paz que ele me trazia com um simples beijo.

Iago ia devagar, fazendo um carinho gostoso em minha língua.

Arranho sua nuca levemente, afastando a minha mão dali em seguida e a levando até o seu rosto, fazendo carinho em sua bochecha.

Mesmo querendo ficar ali pra sempre, nos afastei com cuidado.

— Vamos conversar, por favor. — Pediu em um sussurro e abriu os olhos, encontrando os meus.

— Iago, eu não acho que...

— Não quero perder você de novo. — Me interrompeu e segurou em meu rosto com as duas mãos, analisando o mesmo. — Por favor, meu amor.

Me senti um pouco fraca assim que o apelido carinhoso saiu da boca dele.

— Está bem. — Murmuro e ele sorri, juntando nossos lábios novamente.

Retribui o beijo outra vez, mas logo nos separei.

— O que foi? — Perguntou.

— Não é assim que se conversa. — Sussurro e deixo um selinho demorado em seus lábios. — Vamos fazer direito, tá?

— Está bem. Desculpa. — Pediu e se afastou, entrelaçando a mão à minha e me puxando para um banco ali perto.

Nos sentamos, virados um para o outro. Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas nos olhando.

— Você quer começar? — Pergunto baixo e ele parece pensar um pouco, confirmando com a cabeça em seguida.

Mordo o lábio e espero ele falar, o que não demorou muito.

Iago começou contando de quando ele descobriu que estava apaixonado por mim e como ficava chateado por saber que eu não sentia o mesmo na época, já que era apaixonada pelo Theo.

Falou sobre como eu inspirava ele a mudar e ser uma pessoa melhor e contou como se sentiu quando me viu com Theo.

Eu o observava, absorvendo todas as palavras que ele soltava com certa rapidez, como estivesse segurando tudo aquilo a muito tempo. E ele estava.

— É isso. — Falou, puxando o ar e encolhendo os ombros em seguida. — Ah, eu não queria ter te chamado de vadia.

— Que bom que me lembrou disso. — Falo, deixando um tapa no rosto dele, que me olhou chocado em seguida.

— Malu!

— Vadio é você, apesar da palavra não ter o mesmo peso. — Resmungo e observo ele massagear a bochecha. — Foi muito forte?

— Claro! Desde quando você bate fraco?!

— Bem feito. — Digo. — Tomara que tenha sentido ao menos um terço da dor que eu senti quando você falou aquilo pra mim.

— Acabei de te pedir desculpas, amor. — Falou manhoso.

— Precisava dar o tapa primeiro para depois desculpar. — Falo e ele bufa, ainda com a mão no rosto. — Eu posso falar agora?

— Se eu disser que não você vai me dar um soco, então pode. — Disse.

— Idiota. — Murmuro e ele joga um beijinho.

Respiro fundo e também começo a falar como me senti com tudo o que rolou entre nós dois. Desde quando percebi que gostava dele, até o dia em que ele foi embora da minha casa.

Expliquei novamente o que aconteceu naquele dia. O que o Theo tinha falado para mim, eu para ele e de como ele me pegou totalmente de surpresa com aquele beijo.

— Não tenho nada para provar que foi ele quem tomou a iniciativa e nem para mostrar que eu não retribui em momento algum. — Digo. — Eu queria que a minha palavra fosse o suficiente pra você. — Murmuro.

— É o suficiente! — Falou rápido. — Desculpa por ter desacreditado de você meses atrás, mas eu estava de cabeça quente e coração partido, então eu não estava conseguindo pensar direito.

— E depois você não pensou? — Pergunto.

— Coloquei na minha cabeça que você estava errada e não quis tirar mais. — Disse. — Pensei que assim eu poderia esquecer você e esquecer o quanto eu gosto e quero ficar com você, mas óbvio que não funcionou.

— Por que não me procurou depois? — Questiono. — Eu estava morrendo de saudades de você e achava que já tinha esquecido de mim.

— Não tem como esquecer você, meu amor. — Falou baixinho e eu dei um meio sorriso. — Desculpa, eu sei que fui um idiota por não ter acreditado em você e assumo o erro em não ter aceitado ter tido uma conversa decente como essa para resolvermos tudo.

— Está bem. — Digo baixo. — Me desculpa também, se eu fiz você se sentir mal algumas vezes com todo aquele plano maluco. Não imaginava que você gostava de mim naquele tempo.

— Ah, eu gostava. — Afirmou e eu ri de leve, me aproximando mais dele. — Está tudo bem.

Ficamos em silêncio outra vez.

— Eu estava com saudades, meu amor. — Falamos ao mesmo tempo, o que me fez sorrir boba.

Iago se inclinou em minha direção e segurou em meu rosto, juntando nossos lábios mais uma vez.

— Você quer tentar? — Pergunto baixo, afastando um pouco minha boca da dele.

— Quero muito tentar. — Sussurrou. — Podemos tentar?

— Podemos. — Respondo no mesmo tom, iniciando mais um beijo.

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bora tentar então

Ainda em SantoriniOnde histórias criam vida. Descubra agora