quarenta e nove

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𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

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"Jasmin Dantas
Oi, Malu.

Não sei se o seu pai te falou que também estou por Paris. Mandei mensagem para ele uns dias atrás, falando que quero ver você, mas como já é adulta, ele disse que você quem decide se quer ou não.

Topa um café?"

Encaro a mensagem na tela do meu celular, sem acreditar na tamanha cara de pau que ela tinha para me mandar aquilo.

— Malu, sua mãe disse que o pão de alho está uma delícia. — Ouço a voz de Iago, junto com batidas na porta do banheiro.

Abro a porta para ele, que sorriu.

— Melhor você descer logo, antes que comam tudo. — Falou.

— Posso fazer uma pergunta? — Murmuro e ele confirma com a cabeça, fechando o sorriso e me olhando atento. — O que é que a gente faz quando a nossa "mãe" volta mais de 20 anos depois querendo tomar um café?

Iago franziu o cenho e inclinou a cabeça para o lado.

— A... — Começou e eu confirmei com um aceno. — A gente manda ela ir pra casa do caralho. — Respondeu e eu ri de leve.

Ele entrou para o banheiro e fechou a porta atrás dele.

Me aproximo mais logo em seguida, abraçando a sua cintura e apoiando minha cabeça em seu peito, recebendo um carinho no mesmo instante.

— Ela mandou mensagem pra você? — Perguntou baixo e eu confirmei com a cabeça. — E você quer ver ela?

— Eu não sei. — Murmuro. — Acho que não.

— Nem um pouquinho? — Insistiu e eu respirei fundo.

— Já sei tudo o que aconteceu, o meu pai e a minha mãe me contaram, eu não preciso ouvir a versão dela. — Digo e me afasto um pouco de Iago. — Mas eu... não sei.

— Meu amor, tudo bem você querer. — Falou cuidadoso e fez carinho em meu rosto. — É normal sentir vontade de conversar com ela, de querer enfrentar e ouvir as coisas pelo lado dela.

— Não é como se eu estivesse a desculpando? — Pergunto.

— Claro que não. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. — Disse.

— Acha que eu deveria ir, então?

— Isso é você quem sabe. — Respondeu e eu fiz bico.

Eu não sabia. Não conseguia pensar direito no que eu realmente queria em relação aquilo.

— Você pode pensar mais um pouco. — Iago falou, segurando em meu queixo e fazendo com que eu o olhasse outra vez. — Vamos aproveitar o dia e depois você resolve isso, que tal?

— Está bem. — Murmuro e ele me dá um sorriso acolhedor, juntando nossos lábios em um selinho breve. — Vamos, estão comendo todo o meu pão de alho!

Iago ri e eu saio do banheiro, o puxando junto comigo.

*

— Assim não vale! — Falo brava, cruzando os braços e olhando para Matheus, Michelle e meu pai.

Algum deles sugeriu jogarmos futebol. A ideia foi aceita por todos e agora formâvamos os times, três para cada lado.

Mas os três ladrões queriam ficar no mesmo time, como se isso fosse justo.

Iago, Isago e eu contra três jogadores profissionais de futebol. Ia ser a maior goleada do mundo e eu não estava nem um pouco afim de ser o time goleado.

— A Michelle e o Matheus vem para o meu time. — Digo e puxo os dois pelo pulso. — E o Iago e o Isago vão para o time do meu pai. — Falo e os empurro para o outro lado.

— Até parece que eu vou jogar com esses dois pernas de pau! — Seu Marcelo falou e cruzou os braços, olhando para os dois irmãos.

— O Iago joga bem, pai. — Minto e ouço a risada de tio Thiago, que estava sentado enquanto esperava nós tomarmos uma decisão.

Certo foi ele, que escolheu ser o juiz da partida.

— Melhor piada do dia. — Falou.

— Tio! — Falo. — Poxa, me ajuda. — Peço.

— Não é tio mais, é sogro. — Iago falou e eu senti meu rosto esquentar um pouco.

— Enfim... — Digo para disfarçar.

— Ficou com vergonha! — Matheus falou rindo e eu fiquei mais vermelha, dando uma cotovelada nele e colocando as mãos em minhas bochechas em seguida.

— O Iago é horrível jogando bola, Malu, não posso mentir. — Thiago falou.

— Iago só é bom pra pegar a filha dos outros. — Meu pai disse e todos riram. — Vamos família contra família.

— Que?! — Michelle perguntou, enquanto o meu pai puxava Matheus e eu para o lado dele. — E eu fico com os dois pernas de pau?

— Nossa, amor, eu achei que você me amava. — Isago falou fazendo bico.

— Você é péssimo! — Ela retrucou e então começou uma outra discussão.

Cruzo os braços, desistindo de argumentar sobre aquilo e apenas esperando que eles se resolvessem.

Olho para Iago, que já me encarava.

Sorrio e ele joga um beijinho, me fazendo derreter.

**
essa família é muito unida

Ainda em SantoriniOnde histórias criam vida. Descubra agora