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𝕾𝖆𝖓𝖙𝖔𝖗𝖎𝖓𝖎, 𝕲𝖗𝖊𝖈𝖎𝖆

Espalho o protetor solar pelo meu rosto, abusando do creme, ou então eu voltaria para casa parecendo um tomate

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Espalho o protetor solar pelo meu rosto, abusando do creme, ou então eu voltaria para casa parecendo um tomate.

O Sol de Santorini poderia não ser tão forte quanto em alguns outros lugares que eu havia visitado, como o Brasil, mas ele poderia facilmente fazer com que você pegasse um belo bronzeado.

Aquele não era o meu caso. Branca como papel, eu conseguia apenas marcas vermelhas no rosto e no resto do corpo.

Ainda assim, aquilo não foi motivo suficiente para que eu desistisse da minha vontade de trabalhar naquela ilha.

Sorria como boba todos os dias, olhando o meu reflexo no espelho e passando a mão pelo uniforme verde em meu corpo. A cor não me favorecia muito, mas eu ignorava aquela parte e focava no meu nome bordado logo abaixo ao nome da instituição.

Era a realização de um sonho.

Bióloga marinha e trabalhando no meu lugar favorito desde criança.

Tinha que agradecer muito aos meus pais por terem feito de Santorini o destino de quase todas as nossas férias em família. Estar naquele lugar me trazia uma paz inexplicável, e foi por isso que eu decidi que queria morar ali.

Iria completar dois anos desde que saí da casa dos meus pais e de Madrid, vindo para Santorini e começando a construir a minha história na ilha.

Estava me saindo bem.

Coloco o boné verde em minha cabeça e ajeito o mesmo. Sorrio para o meu reflexo e pego a minha bolsa, saindo de casa em seguida.

[...]

— Bom dia, meus amores. — Digo animada e me ajoelho na areia, agradecendo por ela ainda não estar tão quente.

Retiro com cuidado a cerca de proteção do buraco onde estava os ovos de tartaruga e me inclino um pouco para frente, os olhando com cuidado.

— Como vocês estão hoje? — Pergunto, contando os mesmos.

Tiro o caderninho do meu bolso e anoto a hora que eu estava escrevendo aquilo. Descrevi o local, que estava como nos outros dias, e anotei quantos graus estava fazendo.

— Estou ansiosa para ver vocês nascerem. — Digo e toco com cuidado em um dos ovos. — Não podem fazer isso sem que eu esteja por perto, ok?

Ainda em SantoriniOnde histórias criam vida. Descubra agora