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𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆
dias depoisIsago falava alguma coisa sobre a empresa que ele estava trabalhando, algo sobre uma promoção que ele havia ganhado.
Ele aceitou me deixar morar na casa dele por algum tempo, mas não queria saber de me ver fazendo as mesmas besteiras que fazia enquanto estava na casa dos nossos pais.
Tive que prometer de pés juntos que não aprontaria nada, e só então ele permitiu que eu ficasse, deixando claro que era por um curto período de tempo.
— Se você quiser, eu posso tentar arrumar alguma coisa pra você lá. — Falou.
— Ficar dentro de uma sala, sentado na frente de um computador o dia inteiro, não faz muito o meu tipo. — Digo e ele ri.
— Iago, nenhum trabalho faz o seu tipo, se formos parar para pensar. — Afirmou e deu uma mordida na torrada. — Você nunca quer nada.
— Não é verdade. — Falo ofendido. — Eu quis trabalhar no Instituto lá em Santorini.
— Você já reparou que qualquer assunto você insere Santorini no meio? — Perguntou e eu franzi o cenho. — Se está com saudades, deveria voltar lá e procurar por ela.
— Em nenhum momento eu citei o nome dela. — Digo. — Só falei de Santorini, porque foi onde eu trabalhei sério pela primeira vez na minha vida.
— Por causa dela. — Falou e deu outra mordida na torrada.
Reviro os olhos e o ignoro, prestando atenção ao meu café da manhã.
Mesmo querendo muito esquecer Malu e tudo o que tivemos, eu não vinha obtendo sucesso.
Qualquer coisa que eu fazia me trazia alguma lembrança aleatória dela, e a minha família insistindo para que eu a procurasse e tentasse resolver tudo não me ajudava em nada.
*
— Oi, cunhadinho! — Michelle falou e eu ri, recebendo um beijo dela em minha bochecha.
Ela se afastou logo em seguida, se aproximando de Isago e o cumprimentando com um selinho demorado.
— Já estava com saudades. — Meu irmão falou com a voz melosa e eu revirei os olhos, desviando o olhar dos dois.
— Também estava morrendo de saudades do meu baby.
Fiz barulho de vômito e senti o olhar dos dois sobre mim.
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Ainda em Santorini
Teen Fiction✿*:・゚ ㅤ Passar as férias em Santorini virou tradição da família Vieira em um estalar de dedos, e foi nos diversos passeios de barco que Malu Vieira foi criando amor pela imensidão azul do mar e descobrindo o quanto aquele lugar a atraia e a chamava...