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Passar as férias em Santorini virou tradição da família Vieira em um estalar de dedos, e foi nos diversos passeios de barco que Malu Vieira foi criando amor pela imensidão azul do mar e descobrindo o quanto aquele lugar a atraia e a chamava...
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O entregador já havia ido embora, deixando o buquê em minhas mãos. Olhei confusa para as flores, procurando por algum cartão e logo achando um perdido ali dentro.
Abro ele, segurando com cuidado o buquê e lendo o que estava escrito ali.
"Espero que você goste de flores. Vi essas e lembrei de você. :)
- Theo"
Suspiro fundo e guardo o bilhete no meio das flores outra vez, mordendo o lábio.
— Que flores feias. — Ouço e levanto o olhar, vendo Iago vir da praia e se aproximar de mim.
Rio da afirmação dele.
Eu concordava. Lírios não eram as minhas favoritas, ainda mais laranjas.
— O Theo que me deu. — Conto e vejo ele revirar os olhos.
— Ele tem mau gosto pra flores igual você tem mau gosto pra homens. — Falou e eu o olhei indignada, enquanto ele se inclinava e pegava o bilhete.
O observei ler, vendo uma careta aparecer no rosto dele logo em seguida.
— "Lembrei de você". — Disse, tentando imitar a voz de Theo. — Ele te chamou de feia, você sabe, não é?
— Iago! — O repreendo e pego o bilhete de volta.
— O que? É sério! — Falou e cruzou os braços. — As flores são feias, se ele lembrou de você quando viu elas, então ele te acha feia.
— Não é verdade. Ele deve ter achado elas bonitas, gostos variam de pessoa para pessoa. — Falo, brincando com os lírios.
Eram mesmo feios.
— Sabemos a verdade. — Disse e eu o olhei novamente. — Ele te acha feia.
— Como você é chato. — Bufo.
— Eu te acho linda, por isso te dei florzinhas lindas também. — Falou.
Levantei as sobrancelhas, inclinando a cabeça para o lado e abrindo um sorrisinho.
— Me acha o que? — Pergunto.
Era até estranho ele me elogiando, já que não costumava fazer aquilo com frequência.
— Te acho parecida com a Fiona. — Disse e eu o olhei com tédio, arrancando uma risada dele. — Você ouviu o que eu disse, para de se fazer de surda.
— Queria ouvir de novo. — Faço biquinho e Iago se aproxima, fazendo com que eu desse um passo para trás, encontrando a parede.
— Está fugindo de mim? — Perguntou rindo e eu neguei com a cabeça, olhando com atenção para todo o rosto dele e voltando o olhar para seus olhos, que já encaravam os meus.
— Vai repetir? — Pergunto baixo e ele sorri.
— Você sabe que eu te acho bonita. — Sussurrou, aproximando o rosto do meu e passando o nariz pela minha bochecha.
Me arrepiei sentindo a respiração dele contra minha pele.
— Não sei não, você não fala. — Digo no mesmo tom.
Iago continuou apenas com o carinho que o seu nariz fazia em minha bochecha. Inclinei um pouco a cabeça, sentindo uma vontade enorme de ser beijada por ele.
— Você é linda. — Sussurrou, me olhando. — A mulher mais linda que eu já conheci. — Continuou, roçando nossos lábios.
— E o que mais? — Pergunto baixinho e ele ri.
— Não vou aumentar o seu ego, Malu. — Afirmou e eu fiz beicinho.
— Eu aumento o seu. — Digo, passando meus braços por seu pescoço.
— Não aumenta não.
— Mas você sabe que é o homem mais lindo que eu já conheci. — Sussurro, vendo ele sorrir.
— É mesmo?
— Uhum. — Balanço a cabeça de maneira afirmativa. Levantei um pouquinho os pés, querendo um pouco mais de contato dos lábios dele. — Iago...
— Hm?
— Não vai me beijar?
— Não foi você que proibiu beijos no trabalho? — Perguntou.
— Mas um não vai matar ninguém. — Digo manhosa e ele sorri, colocando as mãos em minha cintura e me apertando contra ele.
Me segurei para não soltar um gemido quando os lábios dele tocaram os meus. Iago se movia tão devagar que eu estava começando a achar que ele estava me torturando, então eu mesma intensifiquei o beijo, indo um pouco mais rápido.
As mãos dele me apertaram outra vez e eu soltei um suspiro, arranhando sua nuca como resposta.
O beijar era tão bom. Iago sabia exatamente o que fazer e já havia aprendido sobre como eu gostava, o que deixava tudo ainda melhor.
Eu poderia o beijar pelo resto da minha vida facilmente.
Franzi o cenho pelo pensamento e me afastei devagar.
— O que foi? — Perguntou baixo, ainda com os olhos fechados.
Deixei alguns selinhos em seus lábios e ele abriu os olhos depois.
— Trabalhar. — Falo.
— Ah, não. — Resmungou e eu ri. — Beijar você poderia ser uma profissão. Eu trabalharia sem reclamar.
Solto uma gargalhada e tiro meus braços do seu pescoço.
— Você seria o funcionário do mês todos os meses. — Sussurro, deixando um selinho demorado em seus lábios e me afastando em seguida.
Entrei para o Instituto, deixando ele para trás.
— Só mais um! — Pediu e eu ri, me virando para ele.
Caminhei de costas, jogando um beijo para o mesmo, que sorriu.
Voltei a me virar para o corredor, sorrindo boba. Desfiz o sorriso assim que olhei para as minhas mãos, vendo o buquê.