Capítulo 6

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Fernando*

Cheguei na escola e meu pai conversou com a diretora, ela me deixou entrar mas pediu pro meu pai pedir pra professora se eu poderia entrar, se não teria que esperar até a segunda aula.
Conforme caminhava até minha sala meu coração batia descompassado, a Maiara deve estar irritada demais comigo e eu não suporto a ideia de passar a manhã toda brigado com ela.
Meu pai falou com a professora Erika e ela me liberou, me despedi do meu pai e entrei na sala, olhei pro lugar onde ela sempre senta e lá estava ela, emburrada, balançando uma perna, como sempre faz quando está nervosa.
Me sentei e fiquei olhando pra ela, eu precisava me desculpar, mas ela não me olhou mais, fingiu que prestava atenção na aula só pra não me olhar.
A aula de química acabou então me levantei, tentei falar com ela mas ela não quis, disse que conversaria comigo na hora do intervalo e ainda por cima brigou com a Alana, essas duas ainda vão acabar se pegando.
As duas aulas de matemática acabaram e graças a Deus chegou a hora do intervalo, os alunos saíram correndo da sala, nem parecem gente, eu continuei sentado esperando todo mundo sair da sala pra eu poder falar com ela, o idiota do professor saiu também então me levantei.

Eu: A gente pode conversar agora? - Ela me olha furiosa.

Mai: Minha vontade é encher você de tapas Fernando, onde há se viu sair pra beber e encher a cara em plena segunda feira, ainda mais sabendo que no dia seguinte tem aula.

Eu: Os meninos quiseram ir, achei chato não aceitar.

Mai: Os meninos não precisam estudar, já passaram dessa fase e agora tem o próprio emprego, suas carreiras formadas, não tem comprometimento nenhum com a escola.

Eu: Também não é pra tanto.

Mai: Claro que é Fernando, e se acontesse alguma coisa com você no meio do caminho, se você atropela alguma pessoa?

Eu: Eu não bebi tanto assim.

Mai: Ah não, então por que perdeu hora? Por que não ouviu o despertador? - Quando eu ia responder fomos interrompidos.

André: Aqui não é lugar pra ficarem discutindo a relação, vão pro pátio. - Era o professor de matemática.

Peguei na mão da Maiara sem me importar se ela ainda esta brava comigo e saímos da sala de aula, enquanto passava pelo imbecil na porta ele me olhou e depois olhos pros peitos da Maiara.

Eu: Tá olhando o que? - Ele me olha novamente e sorri, Maiara me coloca pra fora da sala e me puxa pela mão até o pátio.

Mai: Tá maluco? Vai brigar com o professor?

Eu: Ele tava olhando pros seus peitos.

Mai: Para com esse ciúmes.

Eu: Não é ciúmes e sim respeito, ele não é nada seu pra ficar olhando pros seus peitos.

Mai: Eu sei, mas você não pode sair enfrentando ele.

Eu: O que você quer que eu faça?

Mai: Quero que pare de beber tanto assim, pelo menos durante a semana.

Eu: Tá bom.

Mai: Eu quase voei no pescoço daquela vadia da Alana, implicando comigo pro que não cheguei com você.

Eu: Não liga pra ela.

Mai: Pra ela eu não ligo mesmo, mas a escola toda reparou e ficou comentando, como se eu me importasse em vir a pé.

Eu: Eu sei que você não se importa, mas me desculpa mesmo assim.

Mai: Você promete que não vai mais fazer isso?

Em Busca Do Meu Passado ( PAUSADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora