Capítulo 7

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Fernando*
 
Eu estava aliviado por ter me acertado com a Maiara mas aí a Alana aparece e começa a provocar ela, desde que começamos a namorar ela fica com essas provocações mas eu sempre pedi pra Maiara não dar bola pra ela, pois ela só queria provocá-la. Estávamos indo pra cantina até que a Alana passa por nós e empurra ela, a baixinha já estava irritada aí a criatura inventou de provocar, acabou apanhando. Ela foi embora sem falar comigo, provavelmente está brava comigo por eu ter gritado com ela na hora da briga, eu não sabia o que fazer a não ser segurar ela e acabei gritando pra ela não começar a briga de novo, ela odeia que as pessoas gritem com ela, e agora está brava comigo.
As aulas acabaram e fiquei esperando meu pai vir me buscar, Maraisa passou por mim e se despediu, ela não quis ir embora quando a mãe dela veio buscar a Maiara então ficou o resto da manhã, vejo meu pai parar o carro e buzinar pra mim.

Eu: Boa tarde pai.

Sérgio: Cadê a Maiara?

Eu: Foi embora mais cedo.

Sérgio: Por que? Não tava se sentindo bem?

Eu: Ela brigou com uma menina da nossa sala e a mãe dela veio buscá-la.

Sergio: Brigou? Por que?

Contei toda a história pra ele e no fim ele disse que estou errado por ter gritado com ela na frente de todos, disse também que não foi certo a Maiara ter batido na menina mas que entendia os motivos dela. Chegamos em casa e eu fui tomar um banho, depois liguei diversas vezes pra Maiara mas ela não me atendeu. Minha mãe me chamou pra ir almoçar e eu desci com o celular, enquanto comia mandei várias mensagens pra ela mas ela não me respondeu, nem estava online na verdade.

Filomena: O que foi filho?

Eu: Tô tentando falar com a Maiara.

Sérgio: Ela brigou com uma menina na escola e o Fernando gritou com ela.

Filomena: Maiara brigou? Mas ela sempre foi tão tranquila.

Eu: Pois é mas a menina fica no nosso pé desde o primeiro ano.

Filomena: Da um tempo pra ela filho, quando estamos bravas não queremos ninguém enchendo o nosso saco.

Sérgio: Isso é verdade, deixa que ela venha falar com você quando a raiva passar, se ficar insistindo vai ser pior.

Terminei de almoçar e lavei meu prato, fui pro quarto escovar os dentes e fazer a lição de casa, eu não conseguia me concentrar, preciso falar com ela mas ela não me atende e nem responde minhas mensagens.

Maiara*
 
Cheguei em casa e fui pro meu quarto, minha mãe veio atrás e fechou a porta assim que entrou, eu ainda sentia a raiva dentro de mim então comecei a chorar.
 
Almira: O que deu em você pra sair no tapa com a menina Maiara, eu não te criei assim.

Eu: Eu não tive culpa mãe, ela vem me provocando desde o primeiro ano.

Almira: Ignorasse.

Eu: Você acha que é fácil, aguentar tudo calada.

Almira: Sei que não é, mas não pode resolver as coisas brigando. – Fiquei em silêncio. - Me dá seu celular.

Eu: Ah não.

Almira: Prefere que eu peça pro seu pai vir pegar?

Eu: Por favor mãe. – Continuo chorando com mais raiva ainda.

Almira: Me dá o celular, na sexta quando voltar pra escola eu te devolvo.

Entrego o celular pra ela e vou pro banheiro, bato a porta com força e tomo um banho, quando saio do banheiro ela não estava mais lá e nem meu celular, me troco de roupa e saio do quarto, passo pela sala na intenção de ir dar uma volta mas ela me impede.

Almira: Vai aonde?

Eu: Aqui na rua, ou nem isso eu posso.

Almira: Podia, mas pela forma que falou comigo não pode mais, pro seu quarto.

Eu: Mas mãe.

Almira: Não discute comigo Maiara.

Dou meia volta e vou pro meu quarto e tranco a porta,  me deito na cama e choro de raiva, raiva da Alana, raiva do Fernando e da minha mãe, ela sempre nos coloca de castigo mas dessa vez eu não tive culpa, a vadia que me provocou.
Continuei no meu quarto até Maraisa chegar da escola, ela bateu no meu quarto mas eu não abri, minha mãe também veio me chamar pra almoçar mas eu fingi que não ouvi, passei a tarde toda no quarto até meu pai chegar e vir falar comigo, provavelmente minha mãe contou pra ele pois agora ele está batendo na porta do meu quarto. Não abri pra ele também, fiz de conta que estou dormindo, já ouvi o bastante da minha mãe e não estou afim de ouvir sermão do meu pai também.
As batidas na porta pararam e eu pensei que ele tivesse desistido de tentar falar comigo mas logo ouvi alguém destrancar a porta pelo lado de fora e vi a porta ser aberta, senti uma raiva imensa por meus pais terem cópias de todas as chaves de casa.

César: Podemos conversar?

Eu: Não quero conversar pai.

César: Sua mãe me contou que brigou na escola.

Eu: A menina me irritou, bateria de novo se fosse preciso. – Vejo meu pai rir.

César: Bateu pra valer? – Olhei pra ele tentando entender se tinha ouvido direito e vejo ele sorrindo. – Minha filha não apanhou não né?

Eu: Não kkkk.

César: Ufa, mas que isso não se repita tá bom mocinha.

Eu: Tá bom pai.

César: Agora vou precisar gritar com você, pra sua mãe achar que eu tô chamando sua atenção. – começo a rir dele.

Eu: Tá bom.

César: EU NÃO QUERO MAIS SABER DE RECLAMAÇÕES DA ESCOLA OUVIU MAIARA, E TAMBÉM NÃO QUERO FILHA MINHA SE ENVOLVENDO EM BRIGAS, NEM NA ESCOLA E NEM EM OUTROS LUGARES, ONDE JÁ SE VIU. – Ele termina sua atuação e pisca pra mim.

Eu: A Globo tá te perdendo pai.

César: Fui bem? – Ele sussurra pra mim.

Eu: Perfeito.

César: Ótimo, vou descer.

Eu: Pede pra mãe devolver meu celular.

César: Hoje não vai dar, amanhã eu falo com ela.

Eu: Tá bom, obrigado pai.
 
Ele me dá um beijo na testa e sai do quarto, começo a rir dele e volto a me deitar na cama até que começo a sentir fome e ser obrigada a sair do quarto, fui pra cozinha e Maraisa estava lá bebendo água.

Mara: Quer que eu faça alguma coisa pra você comer?

Eu: Quero.

Ela faz um macarrão ao molho branco que eu amo e suco de laranja, me servi e depois me sentei na mesa, enquanto comia ela disse.

Mara: Eu vi a Alana te empurrando, falei pra mãe.

Eu: Aquela menina é uma idiota, que raiva dela.

Mara: Falou com o Fernando?

Eu: Como? A mãe tá com o meu celular. E também nem quero falar com ele.

Mara: Vi ele gritando com você.

Eu: Nem me lembre, outro idiota.

Mara: Ele só ficou nervoso por ver você brigando.

Eu: Ele sabe que eu odeio que gritem comigo.

Mara: Ouvi o pai gritar com você, ele faz o mesmo comigo pra enganar a mãe. – Nós duas rimos.

Eu: Ele me perguntou se eu bati pra valer nela kkkk.

Mara: O pai é doido.

Terminei de comer e lavei o que sujei depois voltei pro meu quarto e me tranquei lá novamente, anoiteceu e eu tomei outro banho, não quis jantar e fiquei assistindo TV até começar a sentir sono então desliguei a TV e fui dormir.

Em Busca Do Meu Passado ( PAUSADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora