Capítulo 36

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Maiara*

Os anos se passaram e hoje sou uma das melhores policiais da delegacia onde eu trabalho, claro que isso é problema pra alguns imbecis que trabalham comigo, pois eles não aceitam que sou melhor que eles, ainda mais sendo mulher.
A um tempo eu fui escolhida para ser transferida pra São Paulo, eu ainda não acredito que isso está acontecendo e confesso que fiquei muito feliz quando soube, quem sabe assim eu não consiga encontrar o Fernando e conversar com ele. Eu quero muito poder me explicar, contar a ele que eu fui ao seu encontro mas ele não estava mais lá, eu preciso encontrá-lo mas sempre que digo isso pra minha mãe ou até mesmo pra Maraisa elas dizem que eu estou louca, que devo esquecer ele pois anos já se passaram e ele deve ter seguido a vida dele.
Chego em casa depois de um dia inteiro de plantão e vou direto pro banho, eu estou exausta, só quero me jogar na minha cama e apagar completamente.
Assim que saio do banho vejo Maraisa sentada na minha cama com o meu jantar na mão, dou um sorriso pra ela e me sento ao seu lado.

Mara: Como foi seu dia hoje?

Eu: Hoje foi puxado, não deu tempo nem de almoçar, tô acabada.

Mara: Então toma, come e depois descansa.

Eu: Obrigada irmã. - Pego o prato da mão dela e começo a comer.

Mara: Tá ansiosa pra viagem?

Eu: Demais, não vejo a hora.

Mara: Toma cuidado lá tá irmã, não quero que nada de ruim de aconteça.

Eu: Pode deixar, aliás, não vejo a hora de me mudar, assim posso tentar encontrar o Fernando.

Mara: Você não resiste mesmo me irmã? Segue sua vida, conheça outras pessoas.

Eu: Eu ainda o amo, não dá pra esquecer.

Mara: Mas digamos que você o encontre, o que vai dizer a ele?

Eu: A verdade, que eu o amo, que fui atrás dele aquele dia, que a nossa história ainda não acabou.

Mara: Pode não ter acabado pra você, mas ele já deve ter seguido em frente.

Eu: Se ele tiver outra pessoa, se eu o ver com outra pessoa, aí entendo que o perdi.

Maraisa ficou ali comigo me fazendo companhia enquanto eu jantava e depois disse que me deixaria descansar, fechei a porta do meu quarto, apaguei a luz e me deitei.
Enquanto o sono não vinha eu fiquei pensando na nossa conversa, eu estava tão feliz com essa mudança, cheia de esperanças em reencontrar o Fernando e me acertar com ele, confesso que o motivo maior de eu ter aceitado essa transferência foi pra ir atrás dele, ir em busca do meu passado, do meu amor, do homem da minha vida.

Finalmente chegou o dia de eu me mudar e deixar essa delegacia idiota pra trás, estou terminando de colocar minhas malas no carro quando Maraisa aparece e me abraça.

Mara: Eu vou sempre te visitar tá, e você também venha sempre nos visitar.

Eu: Pode deixar, eu venho sim.

Mara: Sei que as vezes eu pego no seu pé em relação ao Fernando, mas eu só quero o seu bem.

Eu: Eu sei, mas eu preciso tentar.

Mara: Só toma cuidado pra não se machucar tá.

Eu: Tá bom. - Nos abraçamos e eu me despedi de todos, entrei no carro e meu pai me levou até o aeroporto.

O restante do pessoal vai mais tarde, eu preferi viajar de manhã pois queria ir sozinha, odeio despedidas, odeio o clima chato que fica quando tá todo mundo de abraçando e chorando.
Daqui pra frente é vida nova, trabalho novo, cidade nova, quero conhecer pessoas novas e encontrar o meu amor.

Em Busca Do Meu Passado ( PAUSADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora