Maiara*
Assim que entramos no quarto da Isabela eu a abracei e conversei bastante com ela, mas nós tínhamos que interrogar ela então o Fernando deixou a sala e eu e o Henrique começamos.
Depois de conversar com a Isabela eu disse que quando ela recebesse alta ela iria pra minha casa novamente, ela ficou meio desconfiada por causa do Henrique, pois achava que ele não sabia de nada, mas ele concordou em não contar nada pra ninguém e ela por fim aceitou.Eu: Bom, nós precisamos ir agora, e como eu saio tarde do trabalho não tem como eu vir te visitar, mas amanhã eu venho sem falta tá.
Isa: Tudo bem.
Eu: Fica bem, eu vou deixar meu número na recepção e qualquer coisa pede pra me ligarem.
Isa: Tá bom, obrigada.
Eu: Não precisa agradecer, tchau.
Isa: Tchau, tchau Henrique.
Henrique: Tchau isa, fica bem.
Eu e o Henrique deixamos a sala e encontramos com o Fernando no meio do caminho, Henrique disse que me esperaria na viatura e eu concordei, ele se despediu do Fernando com um aperto de mão e foi em direção a saída do hospital.
Fer: Tá mais calma agora?
Eu: Sim, obrigado por cuidar dela.
Fer: Só fiz o meu trabalho.
Eu: Eu sei, e sei que é muito bom nisso.
Fer: Nossa conversa ainda tá de pé?
Eu: Sim, por favor.
Fer: Tudo bem, assim que eu sair daqui eu vou em casa tomar um banho e depois vou pra lá.
Eu: Tá bom, tchau.
Quando eu ia sair de perto dele, ele segurou meu braço de leve e me deu um selinho demorado, me pegando de surpresa, pra quem disse que eu não tava merecendo.
Fer: Bom trabalho, até mais tarde.
Eu: Até.
Me afasto dele e no caminho pro estacionamento do hospital Eu parei na recepção pra deixar meu número como contato da Isabela, espero que ela receba alta logo.
Eu: Obrigado por ter vindo comigo e esperado. - Agradeço o Henrique assim que entro na viatura.
Henrique: Por nada, só não deixa ninguém saber dessa sua proximidade com ela, é arriscado.
Eu: Eu sei, mas agora que pegamos mais um depoimento dela, talvez as coisas se resolvam mais rápido.
Henrique: E com quem ela vai ficar quando tudo isso passar? Tá pensando em adotar ela?
Eu: Não sei, essas coisas são complicadas, ainda mais quando se trata de uma pessoa com quase 18 anos, e se ela não quiser?
Henrique: É complicado mesmo, mas ela te adora. - Deixo um sorriso escapar e ele ri. - Conversa com ela, com o Fernando e decidam o que for melhor pros três.
Eu: Você tá certo.
Continuamos nosso trabalho normalmente e quando nosso turno se encerrou nós voltamos pra base e quando eu estava saindo da viatura vi um carro parecido ao que estava me seguindo mais cedo, memorizei a placa e entrei pra trocar de roupa e pegar minhas coisas.
Quando estava saindo pra ir até meu carro vi o mesmo carro passar mais uma vez, parei e fiquei olhando pra onde ele iria, vejo ele parar por alguns minutos e depois sair novamente.Henrique: Por que tá aí parada? - Me assusto ao ver o Henrique chegar.
Eu: Nada.
Henrique: Também percebeu aquele carro aqui pela segunda vez? - Então eu não fui a única a reparar.
Eu: Eu acho que é o mesmo carro que me seguiu mais cedo.
Henrique: Como assim?
Contei toda a história pra ele e ele me disse pra tomar cuidado, eu disse que tomaria e que chegando em casa puxaria a placa com um aplicativo que tenho no celular.
Entrei no meu carro e segui pra minha casa, peguei um trânsito gigante e demorei quase uma hora pra sair dele, agora estou mais perto de casa e percebo que o mesmo carro me segue, era só o que me faltava.
Peguei meu celular e liguei pro Fernando mas ele não me atendeu, acelerei mais o meu carro ao ver que já estava chegando perto do meu condomínio, mas vi o outro carro me ultrapassar e parar na minha frente.
Eu peguei minha arma e quando ia abrir a porta do meu carro vejo o carro do Henrique encostar perto do meu, ele sai do carro as pressas e vai até o carro que me seguia, desço do meu com certa pressa e saco a minha arma, mas em nenhum momento a pessoa desce do carro, ela simplesmente acelera e sai cantando pneu.Henrique: Você tá bem?
Eu: Sim, o que você tá fazendo aqui?
Henrique: O carro não saiu da frente da base até voce sair, achei que não tivesse percebido então vim atrás de você.
Eu: Obrigada.
Henrique: Vou mandar uma mensagem pra alguém do turno da noite e passar a placa do carro.
Eu: Tá bom.
Henrique ligou pra um amigo que estava trabalhando a noite e contou o que aconteceu, ele disse a placa e a marca do carro e pediu pra mandar uma viatura atrás.
Henrique: Bom, vou indo nessa, vai ficar bem? Por que não pede pra uma viatura fazer ronda aqui durante a noite.
Eu: Não precisa, o Fernando vem pra cá.
Henrique: Tudo bem então, eu vou indo nessa, vai que ele chega aqui e encontra a gente conversando.
Eu: Mais uma vez obrigada, posso te dar um abraço?
Henrique: Melhor não, se o seu namorado chega aqui e pega a gente se abraçando é capaz dele brigar comigo, ou com você.
Eu: Deixa disso, você me ajudou. - Puxo ele pra um abraço rápido e agradeço mais uma vez por ele ter vindo atrás de mim, sabe se lá o que a pessoa teria feito, isso se fosse só um né.
Quando me afasto dele vejo o Fernando estacionando o carro, ele desce com uma cara de poucos amigos e vem até nós.
Fer: Tô atrapalhando?
Eu: Não, o Henrique já estava de saida.
Henrique: Vou indo nessa então, boa noite pra vocês.
Fer: Boa noite. - Eu quis rir da cara dele de bravo kkk.
Henrique entrou no carro e foi embora, eu voltei a olhar pro Fernando e ele ainda estava emburrado, melhor a gente entrar e conversar logo.
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Em Busca Do Meu Passado ( PAUSADA )
Hayran KurguMaiara e Fernando são dois jovens apaixonados, ambos no último ano do ensino médio e são o casal mais popular da escola. Eles estão juntos desde o primeiro ano do ensino médio e se amam muito, apesar do jeito difícil de lidar que os dois tem eles se...