38- Tô Fora

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TONI Point of View

Sete anos pode passar muito rápido ou muito devagar, depende do que você faz com esse tempo. Para mim o primeiro ano passou bem devagar, eu sentia falta de Riverdale, dos Serpente e das minhas amigas, eu ainda me recusava a acreditar que tínhamos perdido para os Goulies e que a Helen havia nos traído. Além disso, procurei salvar meu relacionamento com Cheryl a todo custo, mesmo que a distância ferrasse tudo. Foi um ano bem desgastante.

Com o término do nosso namoro e com os laços de amizade desfeitos, eu foquei nos meus estudos na faculdade e em analisar a profecia. Também comecei a ir nas festas da universidade e a fazer novas amizades, além do início do estágio, que me ajudaram a passar o tempo.

O contrato tinha terminado há três meses, mas nenhuma de nós sequer entrou em contato para tentar nos reunir. Agora Jughead tinha nos juntado novamente ou pelo menos tentava. Eu e Betty estamos em Washington indo para a empresa da Cheryl, enquanto Veronica e Jug seguiam para achar Hope. A ruiva não tinha se escondido como o resto de nós, seu nome frequentemente aparecia em revistas e ela sempre estava em eventos sociais importantes. Ela era a dona de todas as empresas Blossoms, que englobava ações em negócio envolvendo Xarope de Bordo, tecnologia e energia.

Olho para o bonito prédio de 50 andares, parece que mostra em forma concreta tudo que Cheryl é: confiante, orgulhosa e poderosa, e talvez um pouco exagerada. Entramos no saguão do térreo e fomos até o balcão, onde tinha três secretárias para atender as pessoas. Perguntamos que andar era o escritório da ruiva, todas responderam que ela não aceita visitas e que não deveria ser incomodada. Obviamente nós não ligamos, corremos até o elevador e clicamos para o último andar antes mesmo que elas pudessem chamar os seguranças.

O elevador abre e nos deparamoscom uma antessala, onde tinha quatro guardas, dois em frente a sala de Cheryl, dois mais perto do elevador, e uma secretária. Para não termos encheção de saco, Betty já foi logo mostrando seu distintivo do FBI e mandando os guardas saírem da frente. Eles se entreolharam e negaram, pareciam com medo do que a ruiva poderia fazer. Os coitados mal viram quando algo os segurou pelo tornezelo e levantaram no ar de ponta-cabeça.

Então entramos na sala. Cheryl estava andando de um lado para o outro, falava irritada com alguém no telefone, dando ordens e xingando. Não só a atitude dela não mudou, mas sua cor de assinatura, vermelho, ainda estava presente em suas roupas e batom. Betty força uma tosse e a ruiva nos olha. Seus olhos se arregalam e seu queixo cai. Sem se despedir da pessoa no outro lado da linha, ela desliga o telefone, e logo em seguida se recompõe.

- O que estão fazendo aqui?

- Bom te ver também, Cherry.- falei e ela revirou os olhos.

- Não me venha com Cherry, sanguessuga. Não temos esse tipo de intimidade.- ela vai até sua mesa e senta em sua poltrona.- O que querem?

- Que você venha com a gente de volta para Riverdale.- disse Betty.- Para pararmos os Goulies de uma vez por todas e acabar com a profecia.- a ruiva solta uma risada como se ouvisse uma piada.

- Vocês só podem estar de brincadeira. O que vocês querem fazer? Ein? Reunir nós seis novamente e dar uma de heróis? Primeiro, nós não somos heroínas, não somos especiais porque uma droga de destino decidiu que deveríamos salvar o mundo. Escolhidas? Eu diria fodidas! Além disso, vocês acham mesmo que eu iria ficar perto daquela traidora? Daquela duas caras salafrária que nos traiu sem remorso e nos afastou? E vocês acham que Hope vai estar bem com isso? Não quero nada com essa profecia, com vocês, muito menos com a Helen! Tô fora disso!

- Tem pessoas morrendo, Cheryl. Tem pessoas sendo transformadas no que não são contra a vontade. Se os Goulies tomarem Riverdale, nem Deus sabe o que pode acontecer!

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