17- Poderíamos ser Normais

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TONI Point of View

(Duas semanas depois)

Nós poderíamos ser normais, mas não, nós tinhamos que estar em busca de sei lá o que as 4 da manhã no meio da praça central da cidade. Era o único ponto do mapa que tanto virado de um lado quanto do outro, dava o mesmo local. Essa seria a chance de sabermos se os Xs significavam uma coisa ou era só imaginação nossa.

Nos espalhamos pela praça, procurando qualquer coisa que pareça estranha. Eu estava focada em procurar algo no chão, quando um barulho alto me assustou. Olhei para trás e vejo que Helen tinha feito alguma coisa para a fonte mexer para o lado. Nos aproximamos e olhamos para a escada circular que levava para baixo. Como ela descobriu isso tão facilmente?

Hope lançou uma bola de fogo para iluminar a escadaria, a chama desce até sumir, em nenhum momento parece atingir o chão. Será uma longa descida.

- Já aviso que na volta, Helen vai me carregar voando.- falou Hope.

- Melhor amiga antes de namorada, eu que vou.- rebate Cheryl.

- Ou eu posso carregar todo mundo. Não briguem, por favor.- já disse que Helen é muito fofa? Então, é muito fofa.

Descemos as escadas em total silêncio e atenção. Todas nós tínhamos uma lanterna para iluminar a escuridão, menos Hope, que usava seu poder de fogo. Betty parecia prpcurar por algo nas paredes em volta da escada,mas as pedras negras eram perfeitamente lisas, sem um arranhão sequer. Foram longos minutos até chegarmos ao fim. Era apenas um corredor, que ia em uma única direção. Assim que passei o último degrau, senti meus poderes sendo bloqueados, pela cara das outras e por Hope ter apagado a chama, isso também aconteceu. Acho que isso já era de se esperar.

Em contraste com a escada, o corredor era bem curto, bastando alguns passos para chegar no final, onde uma grande câmara circular se abria. Quando fui tentar passar de um local para o outro, foi como se um vidro bloqueasse meu caminho. Meu rosto bateu forte contra a barreira, acho que até quebrei o nariz.

- Mas que merda!- falei tampando. Mesmo que eu me cure rápido, isso ainda dói muito. Veronica espalmou a mão na parede invisível, confirmando que estava lá. A ouço murmurar alguns feitiços, mas nada pareceu dar certo. Hope tentou o feitiço de quebra de contrato dos demônios, mas também não funcionou.

- Runas.- falou Helen ao iluminar a parede. Ela toca a barreira e as runas brilham laranja, mostrando que ela também não poderia passar.- Essa língua deve ser milenar, não tenho ideia do que seja.

- Gente, eu consigo passar.- olho para Cheryl e a vejo alguns passos à frente.- Vou ver se tem algo por aqui e já volto.

Tudo que podemos fazer é esperar que ela volte. Eu me sentei no chão ao lado de Hope, enquanto os outras três analisavam as runas. Fiquei olhando para onde Cheryl tinha sumido, preocupada de que ela pudesse se machucar. Hope tentava me distrair, conversando sobre qualquer coisa ou falando besteira atrás de besteira. Ou talvez essa seja a forma de que ela demonstra preocupação.

Depois de uns 15 minutos, a ruiva voltou. Sua expressão de um pouco decepcionada já revelava que não teve grandes descobertas. Pelo menos ela não estava machucada nem nada do tipo.

- Tinha apenas o mapa de Riverdale com os X e a frase encontre a cripta número 1 antes. Tirei fotos.

- Vamos sair daqui antes que alguem veja a fonte fora do lugar, depois vemos essas fotos.- fala Betty.

.....

Nossas vidas realmente eram estranha, nessa madrugada nós estávamos dentro de uma cripta, agora estamos nos arrumando para ir num parque de diversões. Sinceramente é uma doidera essa vida dupla. Embora eu tenha que admitir que estou gostando.

Fate DesireOnde histórias criam vida. Descubra agora