45- A Batalha Final

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NARRADOR Point of View

(Dois dias depois)

Era exatamente nove da noite quando o plano começou. Betty e Veronica foram para o meio da cidade, em cima de um prédio do governo e iniciaram o feitiço de criar vários tornados pela cidade, causando um perigo imenso que todos os habitantes tenham que ser levados para outras cidades. Depois que a maioria fosse retirada, as bruxas selecionadas pela Sacerdotisa iriam fazer a finalização teleportando alguém que ficasse para trás. As duas teriam que manter os tornados durante nove horas seguidas, para não levantar suspeitas dos Goulies. Não é um trabalho fácil, mas teriam que garantir o pouco tempo de vantagem até Hiram entender o que estava acontecendo e reagir.

A maga e a bruxa daram as mãos e se concentraram. Elas iriam usar a força extra do unitium e dos seus cristais para dar ainda mais impulso para o feitiço. Seus cristais estavam com Hope, mas mesmo a distância conseguiam canalizar o poder. O vento perto delas começou a se agitar, uma brisa começou a se tornar um vento mais forte até que virou uma ventania. Nesse momento, nas televisões de toda a cidade, os Seis Líderes deram o anúncio de evacuar a cidade e soaram o alarme de calamidade.

Em mais cinco minutos, a ventania tomou forma e virou dez tornados e passavam pela cidade. Betty tinha que se concentrar muito para controlar todos e evitar machucar as pessoas. Veronica a ajudava da forma que podia, mesmo sendo apenas um suporte de magia.

As primeiras horas foram barulhentas. Elas conseguiam ouvir tanto o barulho do vento quanto o falatório das pessoas apressadas. Pessoas correndo, bruxas se teleportando, carros dirigindo rápido e, principalmente, muitos gritos. Então quando deu uma da manhã, um silêncio pertubador se instaurou. O barulho dos tornados ainda eram escutados, mas os sons de uma cidade viva, cheia de pessoas, haviam sumido completamente. Faltavam ainda mais cinco horas, elas precisavam manter o feitiço, mas já sabiam que seria um trabalho difícil, pois o cansaço começou a atingí-las.

- Nós conseguimos.- disse Veronica.- Não há nada que não podemos fazer se fizermos juntas.

- Sim. Juntas.- respondeu sorrindo e apertando mais as mãos da bruxa.

As bruxas começaram a vasculhar a cidade, retirando qualquer pessoa que se encontrasse dentro do perímetro da cidade, assim como tirando todos os bens das pessoas, transformando aos poucos Riverdale em uma cidade fantasma. As quatro da manhã, quando já não havia nenhum habitante que fizesse parte do plano, os agentes do governo começaram a se posicionar e preparar para o combate. Coordenados por Gale, uma equipe foi até onde a maga e a bruxa estavam, para garantir a segurança das duas. Alguns ficaram vasculhando os limites da cidade para evitar que alguém voltasse. As demais unidades se dividiram em dois grupos, cada um se dirigindo para as duas entradas dos túneis, uma do lado norte e uma do lado sul da cidade.

O lado sul tinha um acesso mais rápido até o centro, embora o labirinto de túneis atrase qualquer apressado. Por sorte, Melissa Topaz já havia passado por aqueles túneis e sabia guiar todos por um caminho mais rápido. Naquele lado, as quatro garotas e suas famílias estavam juntas, se preparando mentalmente para o que estava por vir. Hope estava com sua mãe e Gale, Cheryl e Helen estavam num canto se abraçando, e Toni estava com sua mãe. Os Serpentes que permaneceram para ajudar também se juntavam em um último momento de silêncio. Ninguém conversava, só contavam os segundos para as portas se abrirem.

Mais um tempo de passou, o cansaço estava vencendo Betty, que havia perdido a força e desfeito três dos dez tornados, sendo que os demais perdiam força a cada minuto. Veronica também se sentia drenada e mal tinha forças para falar, porém continuava incentivando a maga a prossegui e a permanecer acordada, mesmo que fosse em sussurros.

A maga praguejou quando mais um tornado de desfez. Ela fechou os olhos com força e deixou o corpo cair para frente, apoiando o rosto no ombro de Veronica. Ela estava ofegante, sua respiração estava pesada e suava como se tivesse corrido uma maratona no dia mais quente de verão. A bruxa soltou uma das mãos e abraçou Betty, fazendo carinho em suas costas. Precisavam aguentar só mais um pouco e essa parte do plano estaria completa.

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