Quando Yaçanã recebeu sua carta de Hogwarts, ela não fazia ideia do que realmente aconteceria em sua vida a partir dali, tecnicamente isso era óbvio, sendo apenas uma garota de 11 anos que tinha uma mãe bruxa e um pai trouxa em um relacionamento completamente estranho, não é como se ela tivesse diversos planos pra sua vida. Mas esses eram seus pais, não é como se a garota pudesse fazer muita coisa para mudar isso.
Yaya tinha frequentado uma escola trouxa por muito tempo antes de receber a correspondência, mas de acordo com os registros de sua mãe e tudo o que ela conversava sobre sua época de adolescente, as escolas anteriores não chegavam nem perto da magnitude que era o tal castelo de Hogwarts.
A menina negra se vestiu adequadamente quando a mãe disse que estava pronta, se olhando no espelho pela última vez, sorrindo realmente alegre ao ver a forma que seu cabelo estava em um degradê vermelho e preto. Andou vagarosamente até Joanna, sua mãe, tocando em sua mão quando ela disse que a garota precisava apenas se preparar e ficar tranquila, mesmo que a sensação a deixasse levemente enjoada, e mesmo com dificuldade foi exatamente o que a garota mais nova tentou fazer.Yaçanã sentiu uma sensação forte de enjôo quando chegou com a mãe no grande centro, ela conhecia o famoso beco diagonal, mesmo seu pai não sendo envolvido com magia, Joanna sempre fez questão de criar a filha no meio mágico e nunca a escondeu de absolutamente nada. A garota caminhava alegre ao lado da mãe, observando cada loja que passava por perto, ao mesmo tempo que fazia o mesmo com as pessoas, isso era até uma mania feia que tinha, sabia que poderia deixar alguém desconfortável encarando tanto as pessoas, mas era seu jeito de ser, ela fazia sem nem perceber.
Observou sua mãe parar em frente a uma loja que por fora parecia pequena, com uma pequena placa de madeira com o nome "Olivaras", na verdade yaya não fazia tanta ideia do que realmente era aquilo, mas colocou toda seu choque quando entrou no local junto a mãe e viu como a fachada não fazia jus ao quão grande era o local.
- Senhora Uckermann, como é incrível vê-la por aqui, essa deve ser a mini você ou estou errado? - o senhor perguntou, sorrindo simpático para yaçanã que ainda observava cada centímetro do local.
- Essa é minha filha Yaçanã - respondeu alegre, apertando levemente a mão da garota fazendo-a perder a atenção no que estava fazendo e sorrir para o homem mais velho - Ela recebeu a carta de Hogwarts, acredita? Então estou atrás de todos os materiais que eles solicitam na lista da escola, queria ver uma varinha para minha pequena.
Olivaras murmurou algo inaudível em concordância, passando seus olhos apertados por cada caixa que por ali tinha. Pegou uma de parreira com 27 centímetros, observando-a antes de entregar a garota que olhou com todo estranhamento possível para o objeto, mas que assim que pegou parecia queimar soltando um feitiço estranho que aparentemente havia dado algum prejuízo no local, mas mesmo com o medo que deu no momento, o senhor Olivaras ria, pegando de volta a varinha.
- É, yaçanã, não faço a menor ideia do motivo, mas a varinha escolhe seu dono, não o contrário, ainda acharemos uma adequada pra senhorita, fique tranquila - tentou tranquilizá-la, voltando a observar todo o redor. Mas yaçanã era curiosa e hiperativa demais para ficar parada ao lado da mãe, soltando suas mãos indo até o balcão, observando as coisas que por ali estavam.
O mau de yaya uckermann era ser curiosa demais, isso era um fato, mas ela simplesmente deu de ombros quando viu aquela varinha que parecia ser tão perfeita, nem percebendo quando sutilmente saiu um pequeno lampejo de sua ponta, como se aquilo fosse realmente a coisa certa.
- Uau, yaçanã, madeira de sicômoro com núcleo de corda de coração de dragão, 12 ½ e flexibilidade ligeiramente elástica, realmente faz muito sentido, o dono de uma varinha desse tipo tende a ser bastante curioso e perspicaz sabia? Tem um espírito aventureiro e cheio de vida, tenho certeza que você ainda fará muito bem por aí com ela - o senhor olhava admirado para a garota, que apenas assentia rapidamente alegre por ter a sua varinha, mesmo sem ter entendido quase nada que o homem mais velho havia dito a ela.
- Que tal você esperar a mamãe lá fora enquanto eu acerto tudo aqui com o senhor Olivaras? - Joanna perguntou simpática, sorrindo sempre para a garota que apenas concordou com a cabeça, saindo saltitante do estabelecimento com a sua varinha empunhada. Ansiosa para poder fazer feitiços e coisas interessantes com ela.
Resolveu se sentar em um banco do lado de fora enquanto esperava a mãe, se perguntou por um tempo se iriam encontrar os Potter já que sabia por conta do pergaminho que recebeu de James, até que uma garota um pouco mais alta que ela se sentou ao seu lado, parecendo realmente entendiada com algo, sentando um pouco distante com os braços cruzados, percebendo que ela bufava nervosa a cada instante, se perguntando o motivo da garota estar daquele jeito.
- Hmm... Tá tudo bem com você? - uckermann perguntou com um sorriso contido, virando-se para ela.
- E isso realmente te interessa? - respondeu com grosseria mas nada que tenha assustado yaçanã, ela na verdade não era uma garota que desistia fácil.
- Se eu perguntei, é porque sim - alargou ainda mais o sorriso, arqueando seu cenho esperando pela resposta.
- Só estava alegre pela minha varinha, mas um chato entrou no Olivaras para tirar toda minha alegria e parece que a cada lugar eu ando aqui, ele parece me perseguir, deve ser porque eu sou muito bonita, não tem explicação - respondeu levemente mais simpática, não vendo motivo para afastar a garota agora que iria para um novo local como Hogwarts - Stephani laufeyson, e você é?
- Yaçanã Uckermann, bonito nome o seu. Mas você não deveria se preocupar com esse garoto, com certeza é porque você é muito bonita - disparou alegre, vendo sua mãe sair do estabelecimento e caminhar até ela.
- Vejo que já fez até amizade, yaçanã - sorriu simpática para as duas mais novas, tocando novamente a mão da garota.
- Essa é a ste, mãe - apresentou as duas usando um apelido que até então a outra garota não tinha dito, mas não entrou nesse mérito, mesmo muito serelepe e alegre demais, stephani havia gostado da menina.
- E cadê seus pais, ste, tá tudo bem? - Joanna perguntou pois não queria deixar uma garota sozinha pelo beco diagonal.
- A minha mãe estava acertando o pagamento do caldeirão para irmos até a livraria comprar os livros - respondeu simplesmente, sorrindo fraco para a mãe da nova amiga.
- Vem com a gente então, preciso comprar meu caldeirão também, não é mãe? - olhara empolgada para Joanna, estendendo sua outra mão para Stephani que prontamente pegou inciando a caminhada junto as duas novas pessoas.
Foram tranquilamente até a mãe de stephani que agradeceu a Joanna por ter trazido a filha de volta, decidindo agora deixar as meninas juntas, se juntando as compras, o que visivelmente havia deixado Yaçanã alegre e Stephani não pareceu reclamar.
- Sabe ste, será que nós vamos cair na mesma casa? Nós seremos ótimas melhores amigas - yaya soltou para a garota que era um pouco mais tímida quando estavam se despedindo para irem embora.
- É... Se a premissa para isso acontecer era aturar esse seu jeito alegre demais, realmente nós seremos - revirou os olhos, respondendo a mais nova amiga.
- Eu disse. Vamos sentar juntas no trem, por favor! - Yaçanã era o suco da empolgação, e Stephani só conseguiu rir seguindo sua mãe depois de deixar um abraço de despedida na garota.
Yaçanã uckermann talvez fosse a nova bruxinha mais empolgada que existia por ali, ela morava com os pais em um bairro que a maioria das pessoas também eram mestiças, então era bem tranquilo por ali pois além dela, outras 4 crianças de 11 anos iriam para Hogwarts também, inclusive sua vizinha Mary, então aquilo realmente era ótimo. Ela tinha uma nova amiga, e uma nova vida a vir pela frente.
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Scripted AU! Remus Lupin
General FictionAinda estamos no mundo bruxo, mas felizmente um mundo bruxo sem Voldemort. Mas o poder e a inteligência sempre foram capaz de corromper a todos. De um lado uma melhor amiga tranquila demais, do outro uma que faria de tudo por ela. Até mesmo quando...