nobody is listening to me

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"SIRIUS ORION BLACK...

ESPERO QUE VOCÊ RECEBA ESSA MERDA, NADA MAIS JUSTO EM MEIO A TANTA DESGRAÇA QUE VOCÊ NOS FEZ PASSAR. JÁ NÃO BASTOU SER DA ESCÓRIA DA GRIFINORIA, PRECISOU SE RELACIONAR COM SANGUE RUIM? VOCÊ É MAIS O QUE, AMIGO DE LOBISOMEM? VOCÊ NÃO É MAIS BEM VINDO NA MINHA FAMÍLIA, SIRIUS, ESPERO QUE VOCÊ SEJA AMALDIÇOADO PELO RESTO DA VIDA"

Quando sirius abriu o berrador de sua mãe, ele não imaginava que ouviria palavras de carinho ou uma felicitação de feliz natal, mas também não esperava ofensas ligadas ao seus amigos, ele não se importava com as ofensas, na verdade ele estava acostumado, mas odiava quando elas envolviam outra pessoa.

— Ai gente... Desculpa, de verdade, desculpa por essa merda toda — disse com a cabeça baixa, puxando o ar para conter o choro que queria cair.

— Sirius, que culpa você tem disso? — Yaçanã perguntou indignada, não querendo ver ele se sentindo culpado pela pessoa que a mãe dele era.

— Pois é, bro, você acabou de receber um ótimo presente de natal se você parar pra pensar nisso — moony falava despreocupado, recebendo um tapa de sua namorada.

— Mas ele tá certo, Yaçanã, na verdade ele tá muito certo. Se o sirius for ficar vendo pelo pior lado a vida toda, ele vai definhar, se a progenitora dele não o quer mais por perto, quem tá perdendo é ela.

Sirius riu do jeito dos amigos, soltando um longo suspiro ao jogar o berrador de Walburga na lareira, vendo a voz de sua mãe se desfazer a cada parte queimada — Eu tecnicamente nem preciso deles de verdade, tenho meu próprio cofre em gringotes, vou terminar a escola, comprar uma moto, e ser o cara mais descolado que vocês vão ter conhecido nesse mundo todinho.

— É assim que se fala, padfoot — Stephani comemorou ao seu lado, abraçando ainda mais o rapaz.

— Você nunca me chamou assim sabia? — o garoto olhou para Ste, vendo a cara de confusão que ela havia feito.

— Não? — Olhou em dúvida, dando de ombros logo após — É que te chamar de arrogante é sempre melhor.

— Vocês vão ficar, namorar, casar, ter filhos, e vão se provocar pelo resto da vida?? — Yaçanã perguntou, rindo ao se levantar.

— É o nosso charme de casal, Yaya — sirius respondeu em tom de obviedade, vendo a amiga trazer os presentes pra perto — não era mais fácil você levitar tudo isso?

— Vocês depois que descobriram que dá pra fazer tudo com magia, tem preguiça até de arrastar alguma coisa é? Pelo amor de deus — a garota revirou os olhos, separando por nome o que estava endereçado para cara pessoa.
O que mais estranhou Yaçanã, foi quando ela viu um pergaminho para ela, mas que não sabia de quem era o remetente.

— yaya, tudo bem? — Remus perguntou a namorada que olhava estranho para um pedaço de pergaminho.

— Tem uma carta para mim, mas que não faço ideia de quem é... — olhou estranho, lendo o nome quando abriu a carta e subitamente seus olhos foram para o final da página "John Uckermann". Quem caralhos era aquele cara?

— Yaya, respira, senta, e se você se sentir bem pra isso, lê, caso não, vamos abrir os presentes e depois você se preocupa com isso — Remus falava calmamente, tentando confortar sua namorada que estranhamente acatou cada palavra vinda dele.

— É, vamos abrir logo, quero saber o que a Stephani me deu esse ano — mudou seu semblante, deixando o pergaminho desconhecido de lado.

— Você só precisa gostar mais do que o Potter e o sirius te deu, ok? — explicou gentilmente a garota, com um sorriso beirando falsidade no rosto — É quase que um contrato de amizade, Yaçanã Uckermann.

— Tá tanto faz, podemos abrir finalmente?

Yaçanã só ouviu a permissão, decidindo abrir o presente de James primeiro, já sentindo uma lágrima escorrer sobre sua pele. James a conhecia tão bem, que as vezes nem ela acreditava nisso. Havia ganhado uma grande coleção de livros de fantasia que estava ansiosa para poder comprar, de James, sirius a presentou com uma linda corrente dourada, que depois descobriu que fazia par com um dos presentes que ele havia dado ao seu namorado, de Stephani ganhou uma coleção de quadrinhos animados e uma linda pintura delas duas, de Peter havia recebido uma pulseira muito linda e até Lily havia mandado um livro muito interessante. O presente de Remus, ele pediu para que ela abrisse sozinha, que depois de muita chateação ela aceitou.

Stephani estava andando empolgada com o gato que sua amiga havia adotado pra ela, mesmo com sirius a olhando atravessado toda vez que ela fala que a gata era o novo amor de sua vida. Sapatos de sua mãe, jóias de James e Peter, e um livro extremamente interessante de Remus.
As garotas estavam realmente felizes não só pelos presentes, mas por ter passado aquele dia entre pessoas que realmente amava.

E foi assim que o dia se passou, almoçaram juntos, brincaram juntos, jantaram juntos, até inventaram de cozinhar uma sobremesa juntos. Quando o dia estava quase finalizando, decidiram fazer o mesmo do dia anterior, só que dessa vez Ste no dormitório de Sirius, e Remus iria para o das garotas.

Quando se despediram, Stephani estava subindo as escadas com um sirius visivelmente cabisbaixo. Era estranho para a garota vê-lo tão desanimado depois do dia de hoje, mas imaginava que o silêncio da noite, trazia ainda mais melancolia para a cabeça bagunçada do rapaz.

— Six... Vai querer me falar o que tanto te preocupa? — sentou na cama do garoto, o abraçando pela cintura quando ele fez o mesmo.

— Eu me pergunto, Ste, se eu mereço ser destratado tanto assim... O que eu fiz de tão ruim? Cair numa casa diferente? Não namorar as pessoas que eles queriam? Odiar a alta cúpula? Nunca ter sido uma criança convencional que gostava de usar o cabelo como os pais gostavam? Eu nunca fiz nada de verdadeiramente ruim, Stephani — o garoto desabafou de um vez vou a garota, sentindo seu choro cair sobre seu rosto. Um choro verdadeiro, um choro desesperado também.

— Você não fez nada, babe... Nada. Você não tem culpa de ABSOLUTAMENTE NADA também.

— Ninguém nunca me escutou, eu nunca pedi pra que fizessem minhas vontades, eu só queria ter uma mãe que fizesse um carinho na minha cabeça as vezes sabe? Só isso. — falou com um curto sorriso em seus lábios, mas era muito mais pela contemplação do que por estar realmente sorrindo, as vezes sua mente montava cenários onde ele não era tão infeliz com sua família.

— Mas você tem, sirius, pode não ser sua mãe de sangue, mas a senhora Potter considera você filho dela. Pode também não ser de sangue, mas pra yaya você é como um irmão mais velho, o Remus? Ele é quase seu pai de tanto que ele cuida de você, o James é outro irmão pra você, todos eles são sua família, todos. — a garota acariciava os cabelos macios de sirius, enquanto falava tão suavemente, que era difícil reconhecer que aquilo era Stephani.

— E você, Ste... O que você é na minha vida?

— Seu amor, Sirius, a pessoa que não vai deixar ninguém te maltratar, até porque só quem pode fazer isso sou eu, nem deixar com que ninguém fale mal de você, pra isso você também já tem eu, nem que batam em você, esse cargo é meu também — explicou risonha ao garoto, arrancando um verdadeiro sorriso vindo dele.

— Será que algum dia você vai querer ter algo sério comigo? — Sirius perguntou em seus devaneios, nunca mais querendo sair dos braços da garota.

— Você quebrou tantas barreiras em mim, six... Não duvide da capacidade de ter quebrado essa também.

Ele ouviu aquilo de Stephani e se sentiu preenchido por um instante, esperançoso de passar uma vida ao lado da garota, pronto para fazer tudo o que ela desejasse.

Scripted AU! Remus LupinOnde histórias criam vida. Descubra agora