thats NOT your fault

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Eu estou pensando em diversas forma de começar essa carta, mas acho que por enquanto será apenas um, querido Regulus.
Espero que você esteja bem aí em durmstrang, recebi notícias suas através do pai da Yaya.
Eu sei que a gente não se fala há muito tempo, e eu gostaria de confessar que sinto sua falta, mas eu realmente não quero ter nenhuma ligação com o seus pais, mas se você não se incomodar, eu gostaria de sermos amigos.
Espero que a gente possa se falar, irmão. Amo você, não esqueça isso!

SOB.

Sirius enrolou o pergaminho com um enorme sorriso em seu rosto, deixando um beijo no rosto da namorada que dormia antes de sair rapidamente do quarto que estavam dormindo. Era cedo, mas o rapaz estava completamente ansioso para poder enviar uma carta seu irmão, não sabia se Regulus iria responder, tudo era meio incerto na cabeça de Black, que encontrou Yaya, em uma sala que ele passou pela porta, fungando de uma forma que parecia chorar.

— Yaya? — Sirius se aproximou da garota, limpando as lágrimas que escorriam por seus olhos.

— Hmm? — Yaçanã sorriu de forma falsa, levantando a cabeça para o rapaz.

— Porque você estava chorando, yaya, conversa comigo por favor — tentou consolá-la, tocando em seus cabelos — Você quer que eu chame o remus? — a garota apenas negou veementemente com a cabeça, olhando para Sirius levemente desesperada.

— Não, por favor, não chama o Remus, eu não quero preocupar ele, eu só... — Yaçanã soltou um longo suspiro, mordendo o inferior em sinal de segurança — Hoje faz um ano que a minha mãe...

— Nossa Yaya, eu sinto muito, a gente tava tão absorto em tantas coisas que acho que ninguém se ligou muito que essa data estaria perto — sorriu em consolo, sentando ao lado da garota.

— E eu prefiro que seja assim, six. Eu não quero olhares de pena, nem de preocupação, eu agora só queria chorar mesmo e sei lá... Não pensar que parte do motivo dela ter se matado foi culpa minha sim — desabafou com tanta facilidade ao amigo que não tinha percebido que havia guardado aquilo por tanto tempo, que se sentiu leve depois de falar o que sentia.

— Claro que não, yaya, você não tem culpa de absolutamente nada, não se martirize dessa forma, você não merece — tocou no rosto da amiga, limpando as lagrimas que insistiram em escapar de seus olhos — Hoje é um dia triste, e ta tudo bem você viver com seu luto, só não aceito você colocar a culpa em você, ok? Eu vou até seu pai, entregar a carta do Regulus, e depois eu venho aqui e a gente pode ir voar um pouquinho, o que acha?

Yaya apenas concordou com o rapaz, sorrindo fraco quando ele saiu pela mesma porta que havia entrado. Ela não esperava que fosse encontrar Sirius ali tão cedo, mas ao mesmo tempo se sentia feliz de ter sido ele, Six realmente era um bom amigo.

Como o rapaz havia dito, ele tinha entregado a carta ao pai de Yaçanã, e junto com John os dois animaram a garota voando sobre o campo que o homem tinha na área externa.

Um pouco mais tarde, todos já estavam acordados, e envolta da grande mesa, comeram juntos, deram um mergulho, até piquenique inventaram de fazer para aproveitar o clima ensolarado que fazia.

Yaya não tinha conversado nem com Stephani, muito menos com Remus, mas na realidade ela não via necessidade, durante todo aquele dia ela não pensou besteira em momento algum, talvez até poderia dizer que sequer pensou na morte de sua mãe, mas ao se deitar, tudo aquilo pareceu inevitável e quando Remus estava no banho, uma lembrança da última vez que esteve com sua mãe consumiu sua mente e não conseguiu mais segurar as lágrimas em seus olhos marejados.

Se permitiu a deixar seu pranto rolar, tentou não se culpar, mas era tão impossível depois de se lembrar das palavras tá vívidas de Caesar, o ex marido de sua mãe, era impossível não se sentir uma péssima pessoa, tudo parecia um grande inferno em sua vida ao se lembrar disso, Uckermann só queria esquecer de tudo.

Quando Remus saiu do banheiro, ouviu algo que parecia como um resmungo ou alguém fungando, percebendo que sua namorada estava com a cabeça quase que totalmente enterrada no travesseiro. Deixou a toalha estendida, correndo até a cama totalmente preocupado com sua garota.

— Sun, o que tá acontecendo? — Remus perguntou a namorada que não respondia de forma alguma, naquele momento ela só conseguia chorar, se sentir fraca, impotente, a pior pessoa do mundo — Yaya, eu vou deitar do seu lado apenas ok? E vou te abraçar, tudo bem? — Remus foi descrevendo cada coisa que ele fez, sabendo como a namorada poderia ter dissociado, ou apenas estar tão fora de si a ponto de se assustar quando estivesse melhor. Ela pareceu se acalmar aos poucos enquanto ele continuava a acariciar os cabelos da garota, sentindo que a respiração dela estava se normalizando aos poucos.

— Remus porque eu você ainda tá com alguém tão fraco quanto eu? — Yaçanã virou seu rosto para olhar o namorado, onde ele pôde ver o quão quebrada ela parecia estar.

— Sun, nunca diga isso, você é uma das pessoas mais fortes que eu conheço, não seja injusta com você — Remus olhava profundamente para a namorada, limpando as lágrimas dela.

— Eu só não aguento mais, Remus, não aguento mais sentir que deveria eu ter morrido no lugar da minha mãe, eu fui a aberração que fez o relacionamento dela terminar e ela desistir de tudo — O tom de Yaya era baixinho, sentindo como se estivesse contando o seu segredo mais profundo, vendo o licantropo arregalar os olhos com suas palavras.

— Yaya, pelo amor de deus, talvez eu seja bem cruel, mas nem tudo é sobre você, e se infelizmente a sua mãe não conseguiu se segurar aqui, pode ter certeza que a culpa não é e nunca foi sua — falava compreensivo para a namorada, se aproximando ainda mais dela — Seu padrasto era um merda, afastou vocês ainda mais de seu pai a ponto de infelizmente você só ter conhecido ele depois da sua mãe morrer, mas você é a última culpada disso tudo, Sun, você é muito mais a vítima do que a causadora de tudo isso.

Yaçanã apenas abraçou o namorado ao ouvir cada palavra que saiu dele e chorou, yaya chorou muito, o sentimento ruim não tinha ido embora, ela não sentia que era menos culpada, mas ela se permitiu a chorar nos braços do homem que amava e naquele momento aquilo já era o suficiente.

Scripted AU! Remus LupinOnde histórias criam vida. Descubra agora