■CAPÍTULO 3■

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Se você tem disposição para correr o risco, a vista do outro lado é espetacular.

Lennon

Essa mina é linda, papo reto, sem caô nenhum. Aqui estava eu assistindo o vídeo dela de ensaio e algumas fotos, ela é tão linda.

— Cuidado para a baba não cair — Tainá diz e eu reviro os olhos — Mas ela é linda mesmo.

— Sem caô — digo elogiando ela.

— Muito obrigado — ela diz atrás de mim, me viro — Onde vamos gravar?

— Primeira cena vai ser em uma favela perto daqui — diz Aurora explicando a Ayla o que ela ia fazer. Era tipo um filme e um vídeo Clipe ao mesmo tempo — Vai exigir muito de você, conexão com o L7, toques e atenção — minha irmã tenta colocar um medo nela.

— Não há nada impossível — a mina nem tremeu de medo.

— Partiu então — digo saindo na frente dela que revira os olhos.

...

Ela ficava mais bonita e mais gostosa ainda com uma arma de brinquedo na mão, irônico isso, mas ficava, estava com um vestido alaranjada que por sinal caí muito bem no corpo dela. O que tá acontecendo comigo? Ou, ou, bora pensando em outra coisa.

— Isso mesmo, Ayla — Aurora diz enquanto a mulher pega a arma direito, sem nem mesmo errar, ela era uma sereia com uma arma na mão. Eu estava hipnotizado com ela. — Agora tu só vai fingir que está atirando porque o som é nosso.

— Tá bom — ela disse e passou a mão pelo cabelo.

Era como um filme que a mulher era mandante do crime e o homem apenas um cantor e um morador que queria dá o papo pra ela e tirar ela dessa vida.

— Qual foi tu vai aonde moleque? — diz um dos meus amigos que eu chamei pra gravar.

— Aí — ela chama atenção do meu amigo Marquin fazendo a personagem — Pode liberar — subi mais as escadas.

— Manda o papo pra tu? — digo e ela se levanta.

— Manda — ela diz autoritária.

— Trocamo a ideia ontem e parece que não adiantou nada pelo visto — digo com os braços cruzados.

— Pô L7, até tentei.

— Tentou como? — pergunto fingindo estar bolado.

— Minha vida é essa mema — ela diz.

— Não tem mais o que fazer também...

— Isso, não tem...

— O que eu tinha pra te dar, já te dei.

— É, é isso...

— É isso, fé — saio de lá.

...

Agora a gente tava em um dos restaurante daqui da Rocinha, o celular dela começou a toca, como eu sei? Ela estava do meu lado.

— eu vou atender — ela diz se levantando e saindo do restaurante do outro lado da rua.

— Eu te passo o número dela de boa — diz a irmã dela que estava do meu lado direito.

— E porque eu iria querer o número dela? — digo.

— Amigo, você não consegue tirar os olhos dela, então faz assim — ela pega um guardanapo e começa a anotar um bagulho lá — Toma o número dela, não diga que eu te dei, senão eu não passo desse ano — peguei o guardanapo mas eu nem sei o que eu vou fazer com isso, não sei se vou ligar pra ela e tal.

Do Teu Lado - L7NNON (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora