━ 🦇 - ̗̀ AZRIEL
Devagar tirei minhas mãos dos olhos de Serena e ela fez um barulhinho de surpresa quando os abriu, um sorriso apareceu em seus lábios e seus olhos pareciam brilhar mais do que as estrelas no céu.
— Pela mãe! — Exclamou boquiaberta e eu sorri.
— Prometi a você que lhe mostraria Velaris de noite — Falei ainda atrás de seu corpo.
— Fascinante — Ela sussurrou e se virou para mim — Obrigada! Isso é... Céus, eu nem tenho palavras.
Sorri observando ela por completo. Serena vestia uma blusa preta justa que marcava seus seios e cintura, uma calça da mesma cor também justa marcando sua bunda deliciosa. Minha mão coçou para tocá-la, mas é claro que eu não fiz, não queria que ela me achasse um tarado.
— Eu sabia que existiam muitas estrelas, mas não tantas — Sua voz me trouxe de volta à realidade — Na cela eu conseguia ver algumas, às vezes elas nem apareciam.
— Observava elas por muito tempo? — Perguntei já sabendo a resposta, mas eu gostava de ouvi-la falar.
— Sim... Eu as contava — Murmurou se virando para mim — Não tinha muita coisa pra fazer lá e eu não podia dormir, então… Constantemente desejava sair de lá, olhando para elas.
Puxei o ar quando uma imagem sua na cela apareceu em minha mente. Ergui minha mão até Serena querendo que ela não pensasse naquilo, mas recuei ao olhar para minhas cicatrizes, Serena pareceu notar isso e eu engoli em seco quando ela encarou meus olhos.
— Todos nós temos cicatrizes, Az... — Ela murmurou tocando meu pulso — Algumas são mais visíveis que outras — Sua mão segurou a minha — Não sinta vergonha delas, não sei como as ganhou, mas elas demonstram o quão forte você é.
Ergui minha mão outra hesitante e toquei seu rosto, ela fechou os olhos apreciando o toque. Sorri por ela não sentir repulsa e parecer não se importar com elas.
— Quando eu tinha 8 anos... — Comecei e ela abriu os olhos — Meus meio-irmãos decidiram que seria divertido ver o que acontecia quando se misturava os dons de cura rápida de um illyriano com óleo e fogo. Os guerreiros no acampamento do meu pai vieram até mim quando ouviram meus gritos. No entanto, não foram rápidos o bastante para salvar minhas mãos.
Os olhos de Serena brilharam em um vermelho forte e ela abriu a boca várias vezes, uma névoa vermelha começou a rodear seu corpo. Não me afastei, não tinha motivos para ter medo dela.
— O quê aconteceu com seus meio-irmãos? Sua mãe, ela...
— Eu morei com meu pai, minha madrasta e meus meio-irmãos mais velhos durante onze anos — A interrompo — Minha madrasta me manteve em uma cela sem janelas, nem luz. Eu podia sair apenas uma hora por dia e ver minha mãe durante uma hora por semana.
— Eu... Sinto muito que tenha passado por isso, morceguinho — Sua mão tocou meu rosto e eu me aproximei.
— Todos nós temos cicatrizes — Repeti sua frase e ela sorriu. Seu sorriso fez com que toda tensão de minutos atrás desaparecesse. Ficamos em silêncio apenas nos encarando e eu me aproximei mais, precisava sentir o gosto dos lábios dela novamente.
— Você canta? — Serena perguntou de repente e eu quase resmunguei em frustração.
— Por que acha isso?
— Você é um encantador de sombras — Ela falou como se fosse óbvio — Eles te chamam assim porque você canta?
Uma risada escapou de meus lábios e eu a encarei.
— Talvez eu cante — Falei e sua boca se abriu.
— Cante pra mim.
— O que?
— Cante pra mim, Azriel — Pediu baixinho e eu tive que me segurar para não obedecer.
— Não vai ser possível.
— Ah, por que? Quer que eu te acompanhe? — Serena perguntou franzindo o cenho.
— Você canta? — Arqueei a sobrancelha e ela sorriu.
— Não, mas posso fazer isso por você — Meu coração palpitou com sua fala — Não sei se canto bem... Mas se isso te deixar mais confortável.
— Eu... Queria fazer outra coisa — Falei o mais calmo possível tentando não revelar minhas segundas intenções.
— O quê seria? — Ela perguntou como se não notasse o desejo em meus olhos e eu sorri agarrando sua cintura a trazendo para mais perto. Serena ofegou e suas mãos tocaram meu peito, encarei seu rosto tão perto do meu.
— São tantas opções — Murmurei vendo sua atenção voltada à minha boca.
— Azriel... — Senti meu pau empurrar o tecido da calça quando ela disse meu nome soltando um suspiro, rezei para que ela não olhasse para baixo — Nós não podemos...
Encarei seus olhos sem me afastar, apertei sua cintura sentindo seu corpo estremecer.
— Sim, nós podemos — Minha voz saiu mais rouca que o normal.
Ah, eu iria beijá-la está noite.
Minhas sombras rodearam seu corpo, uma delas subiu até seu pescoço o alisando, Serena fechou os olhos e seus lábios se entreabriram, me aproveitei do momento e ataquei sua boca. Serena correspondeu quase que no mesmo instante, suas mãos agarraram minha nuca e as minhas desceram para sua bunda.
Eu gostava de apertar a bunda dela.
Desci minha boca até seu pescoço onde deixei beijos demorados. Mordisquei a pele do seu pescoço e um gemido escapou de seus lábios, Serena passou a mão pela minha barriga e eu rosnei votando a beijar sua boca tentando controlar a vontade de rasgar sua roupa.
Serena se separou de mim ofegante e eu sorri olhando seus lábios inchados.
— Pelo Caldeirão — Ela exclamou tocando minha barriga novamente — Eu acho... Que deveríamos voltar... Já está ficando tarde e... Você sabe.
— Claro — Concordei segurando sua cintura. Atravessei nós dois para o quarto que Serena dormiria.
— Nuala e Cerridwen arrumaram esse quarto pra você — Falei e ela concordou — Meu quarto fica ao lado desse... Se você precisar de algo pode me procurar.
— Obrigada — Ela sorriu e nós dois andamos até a porta, Serena a abriu e encostou a cabeça na mesma — Boa noite, Azriel.
— Boa noite — Falei beijando seus lábios, suas bochechas ficaram vermelhas, mas ela sorriu. Saí do quarto com um sorriso idiota no rosto e agora entendia por que Rhys e Cassian sorriam assim perto de Feyre e Nestha.

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[✓]𝐂𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐨𝐬 𝐞 𝐒𝐨𝐦𝐛𝐫𝐚𝐬| ᵃᶻʳᶦᵉˡ
Fantasy𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥 𝐨𝐟 𝐂𝐡𝐚𝐨𝐬| ❝Antes de você eu estava submersa, me afogando em um mar infinito, e você, você me salvou.❞ Anos se passaram desde a guerra contra Hyrben, mas e se o rei tivesse um herdeiro? E esse herdeiro estivesse planejando uma guerr...