Ao contrário do que Draco planejou, ele e Harry não se falaram mais tarde naquele dia. Na verdade, desde o quase beijo no vestiário Harry fazia de tudo para evitar ficar a sós com o loiro. Não tinha certeza da extensão do poder que o sosnerino tinha sobre ele e estava com medo de descobrir. E se, apesar de todas a palavras ditas por Malfoy, ele estivesse planejando apenas brincar com seus sentimentos? E se isso tudo fosse um plano para faze-lo quem sabe.... se apaixonar para depois descarta-lo?
O moreno não tinha nenhuma experiência com relacionamentos amorosos. Apesar de ter ido com Zabini aquele dia no três vassouras sempre sentiu que a única coisa que possuíam era uma bonita amizade que estava florescendo cada dia mais. Zabini não fazia suas pernas bambearem como Draco. Na verdade, seu corpo não reagia a nada que vinha dele. Harry não pode deixar de estranhar, quando começou a pensar sobre o assunto, que Zabini nunca havia tentado nada e, por mais que estivesse agradecido por isso, o moreno tinha que admitir que tal atitude era, de fato, estranha. Se Zabini estava realmente interessado nele porque nunca havia tentado, pelo menos, beija-lo? Será que havia se arrependido e decidiu que apenas o via como um amigo?
O moreno, em seu intimo mais profundo, gostaria que este fosse o caso. Por mais que gostasse do sonserino já havia refletido o suficiente sobre o assunto para compreender que não poderia corresponde-lo. A única pessoa que queria corresponder as investidas era Draco Malfoy. Harry sentia seu corpo esquentar e seu tesão aumentar só por lembrar da cena que quase acontecera dentro do vestiário no último sábado. Se sentia tão atraído por ele, mais do que por qualquer pessoa naquela escola.
Era quarta feira e Harry havia tentado, de todas as maneiras, reparar em outros meninos e, apesar de ter achado Zacharias Smith da lufa lufa um pouco atraente, o interesse que percebeu sentir por ele não chegou perto da atração que sentia pelo sonserino de cabelos platinados. No final, Malfoy estava certo. Ele era o único ali que deixava Harry em um estado de total tesão e torpor. O moreno havia lutado, desde sábado, contra a vontade que tinha de jogar Malfoy em uma parede qualquer, de um corredor qualquer, e beija-lo. Não poderia se deixar levar pelo tesão, se fosse tudo um jogo sexual era ele quem acabaria machucado. E havia prometido a si mesmo que se colocaria em primeiro lugar, que cuidaria de si.
- Errr... Oi Harry - Uma voz hesitante ecoou pelos ouvidos do moreno. A pessoa que o chamava estava atrás dele.
Harry se virou na direção de onde a voz vinha. Estava sentado novamente no tronco aos pés da árvore ao lado do lago negro, o sol brilhava no céu azul. Para o moreno, desde o dia em que faltou a aula de defesa contra as artes das trevas para refletir, aquele havia se tornado um bom lugar para por as ideias no lugar. O grifinório se levantou, virou-se para a pessoa que havia o chamado e o cumprimentou:
- Oi Roger - Harry olhava desconfiado para o corvino e, no mesmo instante, se lembrou da conversa que tivera com Dumbledore - O que houve?
- Eu vi você aqui sozinho e... não sei... Pareceu um bom momento para sentarmos e conversarmos. Sobre o que eu te falei outro dia.
Definitivamente, não era um bom momento. A ultima coisa que Harry queria era ter que lidar com Roger Davies e seus sentimentos escondidos. Para alguém que, apenas dois messes antes, não tinha perspectiva amorosa nenhuma, Harry não poderia se sentir com menos sorte. Ele suspirou, passando a mão pelos cabelos e disse:
- Entendo. Me fale então, o que ainda falta me dizer?
- Na verdade - começou Roger - Eu disse tudo que eu queria naquele dia. E eu te disse Harry, eu disse que não desistiria e tentaria te conquistar, disse que ia me mexer. E é isto que eu estou fazendo.
Roger esperou que Harry dissesse algo. O moreno, reparando nisso, apenas pontuou:
- Continue.
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Balaço - Drarry
FanfictionSer atingido por um balaço é duplamente ruim quando este acontecimento faz você perceber que está apaixonado. * A história se passa no 5 ano* * Universo sem Voldemort* * Essa história já está sendo publicada desde agosto no Spirit*