Justiça - Parte 1

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- Zacharias Smith? - Rony perguntou, incrédulo - Zacharias Smith? Tem certeza que esse é o nome que você viu na ficha dentro do livro Hermione? Certeza mesmo?

- Obvio que eu tenho Ronald - Hermione disse, revirando os olhos - Por isso fiquei tão abalada. Estava esperando ver o nome do Roger. Achei tudo muito estranho.

- Não faz sentido - Harry disse, franzindo o cenho - Zacharias não mexe com esse tipo de magia tenho certeza. Ele é um lufano.

- Não é porque alguém é um lufano - Cedrico respondeu, lembrando do dia em que estava conversando com os amigos no salão comunal da lufa lufa e Zacharias passou por eles dizendo que iria encontrar uns amigos da corvinal. Deveria estar indo se encontrar ( ou procurar) Roger. Cedrico continuou - Que não possa fazer coisas erradas. Todos erramos Harry. Todos somos mais complexos do que parecemos a primeira vista.

- Eu sei - Harry disse, passando as mãos no próprio rosto - Eu sei, desculpa. Foi besteira o que eu disse.

- Imagina - Cedrico disse, abrindo um sorriso e apertando a mão de Neville - Imagina, não foi nada Harry.

- Mas alguma coisa ainda não se encaixa nessa história - Hermione disse, pensativa - O nome dele na lista. É um rastro. Não acredito que ele deixaria algo que o condenaria para trás. Não é possível que ele seja tão burro e descuidado assim.

- Acho que precisamos perguntar pra ele então - Rony disse, suspirando - Quando o encontrarmos. Quero saber direitinho que história foi essa dele encantando balaços para atingir meu melhor amigo.

Harry sorriu para ele.

Crabbe estava lendo, sentado em um dos sofás de couro preto no salão comunal da sonserina quando Nott entrou conversando alegremente com um menino do quarto ano. A cena, aparentemente, não tinha nada demais. Nott já havia conversado com muitos meninos nos últimos anos, antes de se aproximar de Neville por causa da troca de duplas, a atitude era tão corriqueira que já havia virado banal.

Dessa vez, porém, a história era diferente. Assim que olhou para o amigo conversando com o outro menino, Crabbe franziu o cenho. Todos sabiam que Nott tinha preferencia por um tipo específico de pessoa, dentro de um padrão especifico de beleza, e que havia sido exatamente isso que o afastara do grifinório adorável.

O estranho naquele momento era o fato de que, contrariando todas as possibilidades, o garoto com quem Nott estava conversando desviava um pouco do padrão de pessoas com quem ele se relacionava. Não era um desvio abrupto, mas era um começo. Pareceu a Crabbe que, finalmente, seu amigo estava mesmo disposto a mudar. O garoto com quem conversava parecia uma versão um pouco mais magra do próprio Neville e Theodore pareceu estar gostando conversar com ele.

Após uns dois minutos olhando sorrateiramente para os dois, o sonserino notou todos os traços de flerte nos movimentos de seu amigo. Conhecia bem as táticas de Nott para se aproximar dos meninos e sabia que ele não as usou com Neville porque o grifinório se derreteu muito fácil por ele e o próprio Nott lutou contra o sentimento o máximo que pode.

Após uns dez minutos, os dois se despediram e Theodore foi se sentar ao lado de Crabbe no sofá. Depois de se acomodar, olhou de rabo de olho para o amigo e disse:

- Então.... Você não vai falar nada?

- Tem algo para ser dito Nott? - Crabbe perguntou, virando o corpo na direção do amigo - O que quer que eu diga?

- Não sei.... - O outro se virou também. Agora estavam se olhando de frente - Só.... Olha eu estou tentando tudo bem?

- Eu vi que está - Crabbe disse - Mas não tem que tentar se relacionar com pessoas diferentes das quais você esta acostumado pelos outros. Tem que ser por você.

Balaço - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora