Balaço - Drarry

Natal na toca

Assim que entrou na toca, no dia 24 de dezembro, Harry se sentiu imediatamente acolhido pelo ambiente e pelo cheiro familiar da comida feita pela senhora Wesley. Havia passado todo o dia anterior conhecendo o novo namorado de seu padrinho. Descobriu que eles estudaram juntos em Hogwarts e que Remo Lupin também era um grifinório. Além disso, descobriu também que o mesmo havia servido como consultor para os livros de defesa contra as artes das trevas utilizados por ele e seus amigos nas aulas. Aparentemente Lupin dominava, e muito, o assunto.

Harry não poderia ter gostado mais dele. Passaram toda a tarde sentados na sala do Largo Grimmauld número 12, conversando sobre a matéria preferida de Harry e Lupin até se impressionou por descobrir que o sobrinho de seu companheiro conseguia produzir, em uma idade tão jovem, um patrono corpóreo e muito poderoso. Quando Harry contou que seu patrono assumia a forma de um veado os olhos de Lupin, por um momento, se encheram de lágrimas. O moreno não entendeu o porque e o homem logo se recompôs. Sirius, Harry percebeu, havia conversado com o senhor e a senhora Wesley sobre convidar Lupin para passar o natal com eles pois a primeira coisa que seu padrinho fez quando chegaram em casa depois da viagem foi perguntar ao namorado se ele tinha onde passar o natal. O moreno achou que o convite havia vindo muito em cima da hora porém deu os ombros deixando que o casal se acertasse. Essa era a personalidade de seu padrinho afinal.

O moreno correu os olhos pela pequena sala dos Wesley reparando em todos que estavam lá para comemorar o natal. Carlinhos, que havia voltado da Romênia onde trabalhava com dragões apenas para passar o natal com a família, estava sentado no sofá discutindo animadamente com o pai sobre algum assunto. Além dele, dos gêmeos, de Gina e de Rony, Gui também estava lá vestido da forma rebelde de sempre, com o cabelo ruivo preso e o rosto bonito iluminado por um largo sorriso. Estava abraçado com uma jovem que Harry não conhecia. Ela era pálida, loira e muito bonita. Parecia ter uma elegância invejável e seus olhos brilhavam quando olhava para o irmão de seu melhor amigo.

- Patético, não acha? - Gina perguntou a ele quando se sentou ao lado dela na mesa da cozinha - O Gui e a Fleuma.

- Fleuma?

- É o apelido que eu dei para essa nova namorada dele - A ruiva explicou - O nome dela é Fleur. Gui a conheceu no trabalho. Nós não conhecíamos ela porque ela estudou em Beauxbatons. De alguma forma enlaçou meu irmão enfim.....Eu sempre soube que os homens não eram muito inteligentes mas nesse nível.... Ele me surpreendeu.

- Eles parecem se gostar de verdade Gina - Harry disse, enquanto observava o casal trocar carícias num canto - Ela parece ser... Simpática.

- É uma nojenta - Gina disse, alisando o cabelo ruivo - Mamãe também não gosta dela, apenas a suporta por causa do Gui.

- Vocês tem que dar uma chance para ela, ela não é daqui, pode estar se sentindo deslocada - Harry respondeu enquanto Gina dava os ombros e Rony se aproximava. O ruivo disse:

- Nossa... Se o Harry não estivesse doido para dar pro Malfoy eu sentiria um ciúme fudido de vocês dois juntos.

Três horas depois Harry, Rony, Gina, Fred e George estavam sentados em volta da mesa. Harry e os gêmeos observavam Gina e Rony em uma partida de xadrez de bruxo. A ruiva havia desafiado o irmão, passara dias e dias treinando para que o pudesse derrotar no jogo. Além disso, a mais nova dos Wesley ainda estava treinando quadribol escondido para que tivesse chance de entrar no time da grifinória no ano seguinte. Não admitiria em voz alta mas devia a Draco a ideia. Treinar escondido para ser uma surpresa para o time da grifinória, no meio de num jogo, havia sido genial.

A ruiva suspirou observando a peça que havia acabado de mover destruindo uma das de Rony no tabuleiro. O ruivo disse:

- Nem parece que você é a mesma jogadora de antes. Andou treinando escondido?