Harry não perdeu tempo. Assim que Draco disse que seu pai estava indo visita-lo, o moreno já planejou escrever e enviar uma carta para Sirius contando sobre a aparição de Lucius Malfoy em Hogwarts. O grifinório acreditava que seria o momento perfeito para captura-lo e leva-lo a julgamento. A única parte disso tudo que o entristecia era ver a decepção nos olhos de Draco. O pai que ele imaginara a vida toda, simplesmente não existia e era responsável pela morte dos pais da pessoa que ele amava... Merlim! O sentimento deveria ser insuportável.
É claro, contou a Draco sobre o plano que concebera e o loiro, por mais triste que estivesse, concordou em cooperar. Era o certo a se fazer. Ponto. Não dava para voltar atras e ele não queria voltar atras. Iria ajudar a colocar seu próprio pai em Azkaban.
Alheio a tudo isso, no dia marcado, Lucius Malfoy adentrava a sala de Dumbledore, exigindo ver seu filho. Vestia tradicional capa com as vestes pretas, a varinha presa na cintura. Os cabelos loiros platinados lambidos para baixo e o olhar arrogante sobre todos aqueles que ele julgava inferiores.
- Creio que deva compreender Dumbledore - A voz de Lucius estava carregada de nojo - Que estou muito preocupado com meu filho. Ele simplesmente não responde mais nossas cartas, minhas e da Narcisa. Estou aqui para vê-lo.
- É claro que compreendo - Dumbledore disse, nesse dia suas vestes eram azul turquesa com desenhos de constelações em dourado - Vou mandar chama-lo, se puder esperar.
- É claro... - Lucius disse e correu os olhos pelo escritório do bruxo mais poderoso do mundo.
Quinze minutos depois, Draco adentrava a sala de Dumbledore com olhar de raiva no rosto bonito. Ele e Harry estavam vivendo uma semana incrível desde que a sonserina vencera o ultimo jogo e que a culpa de Smith fora descoberta. O lufano foi expulso e Roger estava se recuperando o que significava que os dois estavam livres de provocações imbecis e ele trouxera mais uma vitória para sua amada casa. Infelizmente, obviamente, seu pai precisava aparecer para estragar tudo. Respirou fundo e permaneceu calado, olhando para o homem que um dia admirou tanto. Dumbledore deixou os dois a sós.
- Você, meu filho, por acaso.... - Lucius começou dizendo - Tem noção do que está fazendo a sua mãe? Desde que você voltou do natal...Ela anda muito preocupada com seu silêncio.
- Acho que, levando em conta o que eu descobri no natal, meu silêncio é justificável - O loiro disse, estreitando os olhos na direção de seu pai - Não acredito que tenha muito o que falar com vocês.
- Ora.... - Lucius respondeu, se irritando - Garoto insolente. Mimadinho.
- Pode tentar me ofender o quanto quiser papai - O sonserino tornou a dizer - Não vai mudar o que eu penso sobre o que vocês me contaram no natal.
- Está se doendo? Pelo que eu contei? - Lucius disse, de forma debochada e riu. Sua risada de louco. Histérica - Aceite que o mundo não é um lugar bom de se viver Draco. As vezes coisas precisam ser feitas. E temos que faze-las. Ponto final.
- Coisas? - Draco perguntou, incrédulo, já se exaltando - Você chama assassinar duas pessoas de.... "coisas" a serem feitas? Nem sei porque ainda estou surpreso em ouvir isso. De verdade.
- Nem sei porque estou surpreso de ver meu próprio filho ficar contra mim - Lucius disse, sério - Mas não deveria me surpreender. Você sempre foi um fraco Draco, um covarde. Não me admiraria se descobrisse que você contou o que eu fiz a alguém.
- Não - Draco mentiu. Por mais que doesse, ele não podia dizer a verdade ao pai. Lucius poderia fugir - Não disse pra ninguém. Você ainda é meu pai.
- Ótimo - Lucius respondeu e ergueu o queixo na hora de falar com o filho - Estou aqui mais pela sua mãe do que por mim mesmo. Ela está absurdamente preocupada com você. Com o seu silêncio, como eu já disse.
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Balaço - Drarry
FanfictionSer atingido por um balaço é duplamente ruim quando este acontecimento faz você perceber que está apaixonado. * A história se passa no 5 ano* * Universo sem Voldemort* * Essa história já está sendo publicada desde agosto no Spirit*