Balaço - Drarry

Decepção

Um mês se passou desde que Harry havia declarado seus sentimentos por Draco e o loiro havia o dispensado. Segundo o sonserino, eles não poderiam ter mais nada porque assim era melhor para Harry. O loiro não deu muitos detalhes e o grifinório se sentiu frustrado. Quatro semanas depois ainda não entendia o que havia levado o outro a terminar tudo com ele. Estava profundamente decepcionado com Draco. Então... Tudo o que haviam conversado... Sobre tudo que falaram... A paciência de Draco sobre sexo... Era tudo mentira? Será que o loiro havia cansado de o esperar e resolver achar alguém mais fácil de levar para a cama?

Rony e Hermione, assim como Zabini e Pansy, ficaram irados com Draco e só estavam falando o mínimo com o sonserino, nas aulas de poções e transfiguração. Zabini ficou chocado quando Harry sentou ao lado dele e de Rony na mesa da grifinória naquela fatídica manhã e contou a eles o que havia acontecido. Segundo o amigo, era impossível que Draco estivesse sendo sincero. Zabini tinha a mais absoluta certeza de que seu melhor amigo era apaixonado por Harry e prometeu faze-lo voltar a razão.

Segundo os rumores, Pansy fez um escândalo no salão comunal da sonserina naquela noite quando lhe contou o que Draco havia feito. Pelo que Harry ouviu nos corredores o loiro nem rebateu a amiga, apenas levantou e foi para o dormitório. Pelo que Zabini havia dito, quando entrou no dormitório mais tarde naquela noite Draco já estava dormindo ou apenas fingindo que estava. Harry, mesmo machucado, tentou manter uma relação cordial com o loiro mas simplesmente não conseguia mais vê-lo apenas como um amigo comum. Depois de uma semana tentando, o moreno finalmente desistiu e começou a se afastar de Draco. Nem os treinos de quadribol, que Angelina tão arduamente marcava, pareciam o animar mais.

A cada dia que passava todos percebiam que Draco e Harry pareciam cada vez mais miseráveis e as tardes ensolaradas em que ambos passavam se beijando de baixo das árvores nos jardins de Hogwarts se tornaram uma mera lembrança na mente de todos.

- Você precisa comer Harry - A voz de Hermione de repente soou na cabeça do moreno enquanto estavam sentados na mesa da grifinória. O moreno estava se sentindo especialmente mal naquela manhã. Naquele dia, fazia justamente um mês em que Draco terminou, o que quer que tivessem, com ele.

- Não estou com fome - o moreno rebateu - Estou apenas pensativo.

- Você não pode se deixar levar pelas merdas do Malfoy cara - Rony, que estava sentado a direita de Harry, disse - Você é a sensação dessa escola. Cinco meninos me pararam no caminho até aqui pedindo para que eu te convencesse a sair com eles.

- Esses garotos parecem um urubus em cima da carniça - Hermione disse, abrindo o livro de história da magia - Patéticos.

- São uns desesperados, eu concordo - Rony disse - Teve um que me ofereceu mil galeões só para marcar um encontro para que ele pudesse conversar dois minutos com o Harry.

- Eles devem achar que meu cu está num leilão - Harry disse, ainda olhando sem expressão para o prato vazio a sua frente - Quem dar o maior lance, come.

- Isso é totalmente nojento - Hermione disse, ainda focada no livro aberto a sua frente.

- Sabe o que é nojento de verdade Hermione - Rony disse, olhando em direção as portas do grande salão - Aquele sonserino agarrado no pescoço do Malfoy.

Harry levantou rapidamente o rosto e se deparou com a cena que o melhor amigo havia acabado de descrever. Draco estava entrando no grande salão, de forma altiva e pomposa como sempre, com um sonserino do quarto ano agarrado em seu pescoço. O aluno mais novo, que Harry não conhecia, distribuia sorrisos para todos, certamente pensando que era muito invejado e que tinha muita sorte por estar saindo com Draco Malfoy. Harry, sentindo o coração fundar, lançou um olhar rápido para a mesa da sonserina.