Balaço - Drarry

No salão comunal da Grifinória

- Ei Potter - uma voz o chamou, ecoando no corredor vazio - Ei Potter, espera!

Harry se virou levando um susto e arregalou os olhos. Era Draco. Mas o que o loiro queria com ele? Eles não eram amigos nem dupla de nada. O moreno se criticou mentalmente por notar que, mesmo andando apresado, o sonserino se movia com elegância em direção a si.

- Finalmente Potter, achei que ia ter que correr uma maratona para te alcançar - Disse Draco, abrindo um sorriso.

- O que você quer Malfoy? Não estou com paciência para aturar suas gracinhas - Harry disse sério, a última coisa que precisava era de mais uma provocação de Draco Malfoy naquela manhã.

- Nossa Potter - Respondeu o loiro, colocando a mão sobre o peito acima do coração, em um gesto de deboche teatral - Assim você magoa meu pobre coraçãozinho.

Harry fechou os olhos e respirou fundo diante do deboche explicito do loiro. Porém não deixou de notar que, apenas a idéia de ter algum poder sobre o coração de Draco, fazia seu próprio coração bater mais rápido.

- Olha Potter - Draco disse, começando a olhar para Harry da mesma forma intensa de mais cedo - você realmente foi a causa de muito estresse meu a manhã inteira, sabia?

- O que? Ficou maluco Malfoy? - Harry perguntou, confuso e desacreditado- Já disse que não estou com paciência para te aturar.

- É verdade - Draco afirmou com veemência - preferiria muito mais você como minha dupla do que o pobretão ruivo e a sangue ruim sabe tudo.

Ao ouvir Draco ofendendo seus amigos Harry revirou os olhos e virou o corpo na outra direção, pronto para continuar o caminho que estava fazendo antes, quando a mão forte de Draco segurou seu braço.

- Mas sabe Potter - o outro continuou, como se Harry não tivesse feito menção de ir embora - até que fiquei feliz por um lado, por você não ser minha dupla nessa aula de transfiguração.

- Ah é Malfoy? - disse Harry debochado, o sonserino realmente tinha conseguido o irritar - Porque? Será que vossa majestade pode me dizer ou não sou digno o suficiente de ouvir seus motivos tão nobres?

Draco virou o grifinório para si, os olhos intensos brilhando de ansiedade, lambeu os lábios umedecendo-os, reparando que o moreno mordeu os próprios lábios em expectativa e disse:

- Porque Harry... se estivéssemos em uma situação em que transfigurar uma fogueira fosse uma opção não seria com ela que eu escolheria te esquentar - o loiro terminou, olhando serio para Potter que corou na hora com a fala do sonserino.

Percebendo que seu objetivo foi alcançado, Draco se permitiu sorrir de forma presunçosa pela terceira vez aquele dia, acariciou a bochecha de Potter e saiu andando como se nada tivesse feito. As mãos nos bolsos, assobiando e se afastando cada vez mais do grifinório envergonhado, que estava acariciando a bochecha onde ele fez o carinho. Harry, por outro lado, demorou uns cinco segundos para se recuperar do choque causado pela fala abusada do loiro. Quando se virou para confronta-lo se deparou apenas com o corredor vazio. Ouviu som de passos se aproximando cada vez mais por trás de si e logo Rony e Hermione estavam do seu lado, perguntando o porque de ele ter saído sem os esperar.

O salão comunal da grifinória estava um caos aquela noite. Alguns alunos terceiranistas venderam para os secundaristas vários pacotes de chumbinhos fedorentos comprados na Zonko's quando visitaram Hogsmeade pela primeira vez no final de semana anterior. Os alunos soltaram várias por todo o salão comunal fazendo os outros alunos, principalmente as meninas, persegui-los por todo salão.