Pré Jogo

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A carta de Sirius causou exatamente o efeito que Harry desejava em seu corpo e em sua mente. O acalmou. O padrinho estava certo, ele não precisava se pressionar a nada, apenas aproveitar a companhia de Draco e todas as coisas boas que sentia quando estava com ele. Não tinha necessidade de se apressarem as coisas e isso não significava que ele não estava sendo perfeito. O moreno sentia que precisava trabalhar, de forma intensa, a mania que tinha de querer ser perfeito para os outros. Draco não seria tirado de si como seus pais, estava tudo certo. Ele precisava fazer sua mente entender.

Entretanto, assim que o mês de dezembro chegou e todos os terrenos de Hogwarts foram cobertos pela grossa camada de neve, o moreno não teve tempo de concentrar sua mente na tarefa. O jogo contra corvinal estava chegando, seria dia 10, e Angelina estava cada vez mais empenhada em fazer a grifinória ganhar. Na primeira semana de dezembro os treinos duravam o dobro do tempo e todos saiam do campo se sentindo cansados e sem vontade alguma de pensar ou fazer qualquer coisa.

Na noite anterior ao dia jogo Harry estava deitado em sua cama no dormitório, já de pijama, relendo a carta do padrinho e refletindo sobre seu conteúdo. Por quem Sirius estaria apaixonado? Será que essa pessoa realmente amava seu padrinho ou estava junto dele apenas pelo dinheiro da família Black? Será que essa pessoa gostaria dele? O quanto seu padrinho já havia falado dele para tal pessoa?

Se sentindo mentalmente cansado, o grifinório levantou da cama e guardou a carta de volta em seu malão. Rony, que havia acabado de sair do banheiro e estava se sentando na própria cama disse:

- Por Merlim Harry! Você está péssimo.

- Só estou cansado - O moreno respondeu - Angelina não nos deu descanso nesses últimos dias.

- Quer que eu chame o Malfoy para ele fazer uma massagem em você? - O ruivo disse, em tom de brincadeira - Isso vai te fazer relaxar tenho certeza. Podemos colocar ele aqui dentro usando sua capa da invisibilidade.

- Com quem você aprendeu a ser tão engraçadinho assim? Fred e George? - Harry disse, revirando os olhos. A idéia do amigo, entretanto, não o desagradou. Um Draco Malfoy de pijama deitado na sua cama e fazendo uma massagem em si era uma imagem que ele não dispensaria.

- Apenas dando sugestões amigo - Rony disse, dando os ombros - Mas se não quer.... Melhor irmos dormir. Precisamos estar descansados para o jogo.

- Tem razão - Harry disse se deitando, puxou a coberta e se cobriu - Boa noite Rony

- Boa noite Harry. - O ruivo respondeu, imitando o amigo - Bons sonhos com o Malfoy.

O moreno ignorou a ultima parte da fala do ruivo. Logo ambos os grifinórios, assim como seus colegas de dormitório, caíram em um sono profundo.

No dia seguinte toda Hogwarts estava agitada. Os alunos das quatro casas estavam divididos em suas torcidas para o jogo que ocorreria dali a pouco tempo. Os lufanos estavam torcendo para a grifinória junto, obviamente, dos próprios grifinórios. A sonserina, apesar da relação mais amigável que vinham construindo com os membros da casa dos leões desde o início do ano, optou por torcer pela corvinal. Seria mais fácil vencer a corvinal no jogo final do que a grifinória agora que a capitã do time vermelho e dourado havia intensificado os treinos.

Os sonserinos, porém, não estavam muito preocupados com o próprio time. Draco estava jogando cada vez melhor e sempre que podia os incentivava agora que todos sabiam da sua habilidade aprimorada durante das ultimas férias. O loiro nunca deixou que seu relacionamento com Harry Potter atrapalhasse seu desempenho no campo e seus companheiros de casa estavam agradecidos por isso.

Balaço - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora